
Como era de se esperar, o início da vacinação infantil contra a Covid-19 gerou um aumento repentino de interesse (e uma porção de dúvidas) sobre o tema. De acordo com o Google, as buscas relacionadas ao termo “vacina e crianças” dobraram durante a semana de 9 a 15 de janeiro.
Os resultados dão pistas ainda da disposição dos pais para vacinar os filhos, a despeito das campanhas de desinformação em curso. As buscas por “pré-cadastro vacina infantil” cresceram dez vezes desde o anúncio da chegada do primeiro lote.
Além disso, no período, o Brasil se tornou um dos dez países que mais realizou pesquisas sobre doses para crianças em todo o mundo. A seguir, respondemos às cinco perguntas mais digitadas na ferramenta:
Como fazer o cadastro para vacinar as crianças?
Grande parte das prefeituras e governos estaduais disponibilizam sites para o pré-cadastro, como aconteceu com os adultos. Em São Paulo, é o Vacina Já. Basta inserir os dados dos pais ou responsáveis e as informações de contato.
No dia da picada, é necessária a presença de um responsável pela criança e a apresentação do documento de identidade. Também é recomendado levar a carteira de vacinação.
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O que os pediatras falam sobre a vacina da Covid-19?
Todas as autoridades de saúde e os grupos de médicos envolvidos no combate à Covid apoiam a vacinação infantil. A Sociedade Brasileira de Pediatria enviou uma nota técnica à Anvisa recomendando a liberação, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a de Infectologia (SBI).
A principal razão é a proteção da própria criança. Os mais novos também podem ter quadros graves e morrer de Covid-19 – lembrando que há risco de a doença causar sequelas –, embora isso não seja tão comum.
Além disso, os mais novos estão, neste momento, entre os mais suscetíveis à super transmissível variante Ômicron, justamente por não estarem imunizados ainda. Quanto maior o número de infectados, maior o risco desses “casos raros” de quadros severos e óbitos acontecerem no público infantil.
Por fim, espera-se que, com mais pessoas vacinadas, seja mais fácil controlar a circulação do vírus.
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O que se sabe sobre a vacina em crianças?
Nos estudos, tanto a Comirnaty (Pfizer) quanto a Coronavac demonstraram ser seguras para crianças. Também são eficazes, garantindo uma proteção superior a 90% contra hospitalizações e óbitos. Os efeitos colaterais, em sua maioria, são os já esperados para vacinas, como febre e dor no local da aplicação.
A Coronavac é uma vacina de vírus inativado, uma tecnologia antiga, similar à do imunizante da gripe, onde o vírus é apresentado “morto” ao organismo – portanto, incapaz de causar doença.
A dose da Pfizer é mais moderna, feita com RNA mensageiro, uma molécula sintética, que se degrada rapidamente e é considerada uma revolução na medicina.
Os dados de vida real confirmam o que aconteceu nos ensaios. Mais de 8 milhões de crianças nos Estados Unidos tomaram as vacinas de RNA mensageiro, como as da Pfizer. E, só no Chile, 3 milhões de crianças maiores de três anos receberam a Coronavac. Na China, 150 milhões de meninos e meninas foram vacinados.
Nos Estados Unidos, todos os casos de síndrome inflamatória multissistêmica (MIS-C) ocorridos entre julho e dezembro de 2021 acometeram crianças não vacinadas. Trata-se da pior complicação da Covid-19 nos mais novos.
Por outro lado, nenhum óbito foi relacionado à vacina e houveram poucos casos de miocardite, a reação adversa rara e controlável das doses de RNA. Mais de 30 países no mundo já estão imunizando as crianças.
Com a chegada dos primeiros lotes, as buscas na internet por informações referentes à vacinação dos pequenos dobraram em uma semana
As principais perguntas dos pais sobre as vacinas da Covid para crianças
publicado originalmente em Veja saúde
Visto lo visto, si yo tuviese un crío no lo vacunaría. Sin saber o entender exactamente que mixtura nos están inoculando y viendo cómo lo cogen los niños, con qué ligereza y más la variante omicron…yo no les pondría vacuna…todo debe poder ser dicho…
De qualquer forma, eu me pergunto quem eram aqueles pais para oferecer seus filhos como cobaias.
Por uma boa causa, claro. Ainda…
Então…cada cabeça uma sentença…
Se for seguro em crianças, será usado. Mas ainda me pergunto sobre a ética dos testes em crianças.
Sem dúvida, a ética em testes em qualquer ser vivo…
Sabe, tenho pena de uma batata viva, mas muito mais de uma criança humana. 🙂
Verdade, não dá nem para comparar.