Teste genético: quando fazer?

Por Diogo Sponchiato

Há alguns anos distantes do dia a dia dos brasileiros, agora os testes genéticos não só estão mais viáveis de se fazer como alguns deles podem ser realizados dentro de casa e enviados ao laboratório pelo correio.

Esses exames, em evolução e expansão, ajudam a prevenir doenças, personalizar tratamentos, entender como o corpo reage a determinados hábitos e desbravar nossas origens.

Porém, com tanta versão e opção no mercado, como saber quais trazem informações confiáveis e úteis à saúde? Nossa equipe apurou quando e com que finalidade vale a pena sondar o DNA e tira as principais dúvidas sobre os testes disponíveis no país.

Os principais tipos de teste genético

O que muda é a forma de extrair o DNA do paciente:

  • Em casa: kits com testes para descobrir a ancestralidade ou a propensão a doenças são enviados à sua residência. Você esfrega um swab (tipo de cotonete longo) dentro da bochecha para recolher o material. Armazena num frasco ou saquinho especial e envia pelo correio para análise.
  • Em laboratório: amostras de saliva ou sangue são coletadas diariamente em centros de exame para a realização de testes genéticos que apuram o risco de uma ou várias patologias. Estudos sugerem que o sangue é o meio mais adequado a um sequenciamento genômico mais completo.
  • Em biópsias: são testes mais específicos (e caros) com o objetivo de conhecer melhor o perfil do tumor do qual foi retirada a amostra. Em alguns tipos de câncer, é possível avaliar se a quimioterapia é o tratamento mais indicado ou se o problema pode ser tratado de outras maneiras.

+ Leia também: Quando fazer teste para sair do isolamento por Covid-19?

Para prever e prevenir doenças sérias

A sopa de letrinhas do nosso DNA reúne pistas importantes sobre problemas de saúde que provavelmente vamos desenvolver no futuro. Às vezes a história da família deixa a situação evidente: alterações genéticas ligadas a enfermidades atravessam gerações e os membros do clã são claramente afetados por elas.

Mas há casos em que os genes — ou mutações neles — indicam maior propensão a doenças das quais nem desconfiamos. Ilustram esses dois contextos os famosos genes BRCA1 e BRAC2, marcadores de alto risco para câncer de mama, ovário e próstata, o CDH1, associado a tumores de estômago, e aqueles que fazem parte do grupo HLA, por trás de disfunções imunológicas.

Foi graças a um teste genético que delatou uma mutação nos genes BRCA que a atriz americana Angelina Jolie descobriu a predisposição ao câncer de mama e decidiu se submeter a uma mastectomia preventiva.

Esse tipo de exame que apura trechos específicos do DNA é recomendado sobretudo quando há histórico familiar de uma doença. Mas é preciso esclarecer que nem toda culpa recai sobre os genes: fatores ambientais e comportamentais (como o tabagismo) aumentam as chances de desencadear o problema.

Os exames de DNA estão cada vez mais acessíveis e podem ser feitos até em casa. Mas em que situações eles realmente trazem dados importantes à saúde?

Teste genético: quando fazer?

publicado em Veja saúde

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