
Tomar dois litros de água, comer cinco porções de frutas, dar 10 mil passos por dia. Você provavelmente já ouviu essas recomendações – mas dificilmente consegue seguir alguma delas. Mas saiba que você não precisa cumprí-las à risca. A recomendação dos 10.000 passos diários, por exemplo, provavelmente nasceu como uma estratégia de marketing do primeiro pedômetro disponível comercialmente.
Não que caminhar seja ruim, claro – a atividade só traz benefícios para a saúde. A questão aqui é o número “10.000”. Um estudo de 2019 mostrou que mulheres que davam 4.400 passos por dia apresentavam menores taxas de mortalidade em comparação com aquelas que andavam menos de 3.000. A taxa continuou caindo até atingir 7.500 passos. A partir daí, a pesquisa não constatou nenhuma queda significativa de mortalidade.
Mas não fazemos caminhada apenas para viver mais. Há também as melhores no bem-estar que acompanham a atividade física, que não foram avaliadas neste estudo. Talvez, a recomendação pudesse ser “quanto mais, melhor”, ao invés de cravar um número específico.
Então de onde vieram os 10 mil passos? Do Japão. Em 1965, a empresa Yamax lançou o “manpo-kei”, o primeiro dispositivo comercial que calcula o número de passos do usuário. A palavra “manpo” virou sinônimo de pedômetro no Japão, mas ela também pode ser usada para representar o número 10 mil. O ideograma (kanji) para o número 10.000, inclusive, se assemelha a uma pessoa andando: 万
É claro que caminhar faz bem, mas você não precisa se desdobrar para atingir essa meta diária. O número surgiu como propaganda do primeiro pedômetro vendido comercialmente.
A recomendação dos “10 mil passos por dia” nasceu como uma estratégia de marketing
publicado originalmente em superinteressante
Muito interessante! Não somos todos iguais. Devemos ouvir o nosso corpo e respeitá-lo.
Sim, cada qual é único!