
Se o cérebro é capaz de gerar dor mesmo sem lesões aparentes, ou após a cicatrização, seria possível ele “desaprender” a senti-la? Com essa pergunta, pesquisadores norte-americanos avaliaram o uso de um tratamento psicológico no alívio da dor crônica nas costas, e tiveram resultados positivos.
A partir da Terapia de Reprocessamento da Dor (PRT, sigla em inglês), os participantes do estudo clínico eram orientados a entender o papel do cérebro na geração da dor crônica, a reavaliar as próprias dores enquanto faziam movimentos que, antes, tinham medo e a lidar com as emoções que pudessem exacerbar o incômodo.
Caso alguém sentisse dores toda vez que se sentasse, por exemplo, a orientação seria para que fizesse o movimento lentamente, prestando atenção às sensações e tentando pensar nelas como seguras. O mesmo valeria para outros gatilhos, como conflitos no trabalho ou na família.
Resultados do estudo
Ao todo, 151 voluntários — com relatos de dor crônica nas costas com duração de, pelo menos, metade dos dias dos últimos seis meses e uma semana de dores com intensidade média igual ou maior a quatro (em uma escala de 0 a 10) — foram divididos em três grupos, de forma randomizada:
• 50 receberam o tratamento psicológico;
• 50 receberam o cuidado padrão;
• 51 serviram de comparativo, via grupo placebo.
Antes e depois da terapia, todos realizaram exames de ressonância magnética para medir como o cérebro reagia a um estímulo de dor leve.
Terapia é vista como benéfica por especialistas, mas não deve ser usada de forma exclusiva
Com psicologia, pessoas podem desaprender a sentir dor crônica, diz estudo
publicado originalmente em Veja saúde
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