Atenção à insatisfação mesmo após a plástica

Ter uma visão irreal do próprio corpo, padecendo com isso, é o que define o transtorno dismórfico corporal (TDC). E uma pesquisa conduzida pelo médico Alexandre Kataoka, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), com 38 mulheres submetidas a plásticas, constatou que 44% delas ainda apresentam sintomas do distúrbio após a intervenção. “Se a insatisfação persiste depois das mudanças, significa que é preciso avaliar melhor a indicação do procedimento”, afirma o cirurgião. Segundo ele, o ideal é ter um psicólogo envolvido no processo antes da operação, porque, se o paciente tiver TDC, a cirurgia deve ser postergada até o tratamento efetivo do transtorno. “Nunca o corpo da pessoa vai ficar igual ao que ela vê na mídia. E não podemos realizar mudanças em alguém que não consegue enxergar sua própria realidade”, esclarece o especialista. 

+Leia também: Transtorno dismórfico corporal: o desencontro entre o que se vê e se sente 

+Leia Também: Depressão, o transtorno de várias faces

Cérebro afetado?

Cientistas franceses descobriram que pessoas com narcisismo patológico — outra condição que altera a autoimagem — apresentam uma redução na região da massa cinzenta responsável pela compaixão. Com base nessas pistas, pesquisadores começam a investigar agora se pessoas com TDC também teriam mudanças cerebrais. 

Muitas mulheres que já fizeram cirurgias estéticas ainda sofrem em frente ao espelho, conclui estudo

Atenção à insatisfação mesmo após a plástica

publicado em Veja saúde

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: