
Ela é um dos tormentos da saúde pública brasileira, se agravou na última década e, apesar de ter aparecido muito menos no noticiário por causa do coronavírus, continuou aprontando pelo país. Segundo o Ministério da Saúde, os dois anos com mais casos de dengue registrados por aqui foram, respectivamente, 2015 e 2019, com mais de 1,5 milhão de episódios estimados cada um.
Mesmo sendo alvo de campanhas de conscientização todo verão, ainda que a doença dê as caras nos 12 meses, o combate ao Aedes aegypti, mosquito que transmite o vírus entre nós, sofreu um duro baque na pandemia.
Com os esforços destinados à Covid-19, o antigo inimigo ficou em segundo plano, seguiu fazendo vítimas e, agora, com a vacinação freando o coronavírus e as pessoas ensaiando um retorno à normalidade, especialistas temem que a dengue volte com tudo em 2022.
“Os picos epidêmicos acontecem de três a cinco anos, então era esperada uma redução em 2020 e 2021. Só que houve subnotificação dos casos devido à atenção dos médicos estar direcionada à Covid-19”, nota a infectologista Melissa Falcão, da Comissão de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). A consequência é uma espécie de apagão nos dados concretos e projeções mais turvas para o curto prazo.
Vacinas, mosquitos transgênicos, bactérias que ajudam a combater o vírus… Conheça estratégias inovadoras para conter a dengue no Brasil
O novo cerco à dengue
publicado originalmente em Veja saúde


We can’t just focus on Covid-19. All other problems are still there!
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Sem dúvida…muitos outros problemas😐
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