Estudo confirma: mais gente leva tiro onde a lei facilita porte de arma

A Segunda Emenda à Constituição dos Estados Unidos dá à população o direito de portar armas, em prol de sua legítima defesa. Quem lê isso pode lembrar que essa liberdade para se defender é justamente o argumento do presidente Jair Bolsonaro em suas tentativas de aprovar no Congresso leis que facilitem o acesso de brasileiros civis a armas de fogo. Remonta à frase de Juracy Magalhães, embaixador no período da Ditadura Militar: “se é bom para os EUA, é bom para o Brasil”. Só que há duas questões importantes a se considerar aqui.

1 – A Segunda Emenda foi elaborada no século 18, mais especificamente em 1791, e nasceu num contexto de luta por independência das antigas colônias britânicas e espanholas no país. Ter grupos de cidadãos armados era uma forma de proteger o território, já que não havia Forças Armadas capazes de abranger toda a vastidão americana.

2 – Se teve sua função séculos atrás, hoje estudos confirmam que facilitar o acesso às armas não é bom para os Estados Unidos. Nem seria para o Brasil.

A prevalência da vontade de políticos conservadores manteve até hoje, ainda que com alterações, a lei de séculos atrás. E o resultado é que os EUA são, de longe, o país com mais tiroteios em massa entre os países desenvolvidos. Mas de longe mesmo: entre 1998 e 2019, houve 101 desses massacres no país. Na França, o segundo lugar desse ranking, houve 8. 

No Texas, onde um atirador matou 19 crianças de 7 a 10 anos, a legislação permite que adultos carreguem armas sem autorização especial nem treinamento.

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publicado em superinteressante

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