Teorias de Freud deram impulso à indústria do cigarro nos EUA

Pioneiro da propaganda nos Estados Unidos e considerado “pai das relações públicas”, Edward Bernays (1891–1995) era filho de imigrantes austríacos. Numa viagem a Paris, em 1919, aproveitou a estada na Europa para se conectar com a família que tinha ficado no continente. E mandou um presente para um tio querido, irmão de sua mãe: uma caixa de charutos cubanos. Em retribuição, recebeu do tio uma cópia de um livro escrito por ele: Conferências Introdutórias à Psicanálise.

Bernays ficou fascinado pela obra. Especialmente pela ideia desse seu tio, Sigmund Freud, de que o ser humano é dominado por desejos irracionais – que permanecem numa parte obscura da mente e respondem pelos nossos comportamentos e, mais importante ainda, por nossas escolhas.

Foi aí que Bernays teve a grande ideia de sua vida: fazer dinheiro explorando as descobertas do seu parente amante de charutos, influenciando operações mentais que a maioria das pessoas nem tinha noção de que existem. 

Um sobrinho do pai da psicanálise aproveitou suas ideias para acabar com o tabu de que mulher não devia fumar – organizando uma encenação histórica.

Teorias de Freud deram impulso à indústria do cigarro nos EUA

publicado em superinteressante

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