Implante cerebral permite que mulher cega veja formas simples

Pesquisadores criaram e testaram com sucesso uma forma de visão artificial. Após receber um implante cerebral, Bernardeta Gómez, de 57 anos, pôde identificar letras, linhas e formas simples – e conseguiu até jogar uma versão simplificada do jogo Pac-Man.

Gómez perdeu a visão há 16 anos por uma lesão do nervo óptico chamada neuropatia óptica tóxica. Em uso inédito da tecnologia, a equipe de pesquisadores implantou um arranjo de 96 microeletrodos, com 4 mm por 4 mm, no córtex visual da ex-professora de biologia, para fazê-la enxergar.

Durante os experimentos, Gómez usou óculos especiais, equipados com uma câmera. Os dados visuais coletados pelos óculos eram codificados e enviados para os eletrodos. Eles estimulavam diretamente o cérebro da voluntária, que transformava os sinais elétricos em imagens. 

Os pesquisadores ativaram os eletrodos gradualmente nos testes, para aumentar a complexidade da estimulação à medida que o cérebro de Gómez aprendia a distinguir as imagens. Ela começou visualizando pontos, avançou para a identificação de barras (exemplificada neste vídeo) e, posteriormente, pôde perceber um rosto humano.

Os experimentos aconteceram durante um período de seis meses e foram relatados em um estudo publicado recentemente na revista Journal of Clinical Investigation. Segundo os pesquisadores, não houve complicações para a implantação e posterior retirada dos eletrodos. Também não se percebeu influência do implante para além do córtex visual, e os eletrodos não prejudicaram a função de neurônios próximos.

Pesquisadores inseriram um conjunto de eletrodos no córtex visual da voluntária; dispositivo estimulou diretamente os neurônios, enviando sinais elétricos que o cérebro interpretou como imagens

Implante cerebral permite que mulher cega veja formas simples

publicado originalmente em superinteressante

Teste de Covid-19 criado no Brasil detecta vírus na saliva e carga viral

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) registraram um novo teste para detecção do SARS-CoV-2 na saliva. Além de identificar a presença do vírus, o dispositivo também indica a carga viral da pessoa infectada por meio de um marcador com propriedade eletroquimioluminescente, que emite luz a partir de reações eletroquímicas. Assim, na presença do material genético do vírus, uma reação emite luz vermelha e aponta o resultado positivo para a infecção. A carga viral é detectada pela intensidade da luz vermelha. Caso o aparelho não acenda, é sinal de que o vírus não foi detectado e, portanto, a pessoa não está contaminada. “O teste tem as vantagens de ser portátil, conseguir analisar 20 amostras ao mesmo tempo e poder se conectar a um smartphone. Tudo com a mesma sensibilidade e precisão dos testes de RT-PCR”, disse Ronaldo Censi Faria, pesquisador do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia da UFSCar e coordenador do projeto, fruto do trabalho de doutorado de Taise Helena Oliveira Leite, sob orientação do cientista.

O dispositivo de baixo custo é portátil, pode ser ligado a um smartphone e tem a mesma sensibilidade do RT-PCR

Teste de Covid-19 criado no Brasil detecta vírus na saliva e carga viral

publicado originalmente em Veja

Excesso de urbanização nos deixa mais doentes e ansiosos, diz médico

“O excesso de urbanização contribuiu para que ficássemos mais gordos, mais ansiosos e mais doentes”, afirma Paulo Saldiva, médico patologista, pesquisador e professor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Com mais de 500 pesquisas científicas publicadas, a maioria delas sobre o impacto das interferências humanas no meio ambiente e na saúde, o cientista é um dos palestrantes do I Simpósio Internacional de Natureza & Saúde, promovido pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e que ocorre nos dias 8 e 9 de outubro no formato online.

No evento, que está com as inscrições abertas, ele detalhará como a degradação do ambiente afeta a saúde humana.

Em entrevista à Agência Einstein, pesquisador da USP fala dos benefícios da relação com a natureza para a saúde

Excesso de urbanização nos deixa mais doentes e ansiosos, diz médico

publicado originalmente em Veja saúde

O Brasil no mapa das startups de saúde mais promissoras

Bio Digital aconteceu em junho e reuniu mais de 7 mil participantes, entre pesquisadores, empreendedores e representantes de indústrias e órgãos governamentais. O evento virtual expõe e reconhece as principais promessas tecnológicas para o combate de doenças e a melhoria da qualidade de vida.

Este ano, pela primeira vez, cinco healthtechs nacionais foram selecionadas pela Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para mostrar suas inovações.

“As startups são uma via promissora no desenvolvimento de medicamentos e outras soluções imprescindíveis no enfrentamento dos novos desafios da população”, avalia Norberto Prestes, presidente-executivo da Abiquifi. Confira as cinco iniciativas de destaque.

Elas representaram o país na maior feira de biotecnologia do planeta e miram o tratamento de doenças como câncer e diabetes

O Brasil no mapa das startups de saúde mais promissoras

publicado originalmente em Veja saúde

Tem melhor horário para comer chocolate?

Um experimento feito por cientistas do Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos, e da Universidade de Murcia, na Espanha, demonstrou que comer chocolate pela manhã ou à noite não fez diferença no peso das participantes. Mas, e aí vem o pulo do gato, os benefícios foram pronunciados naquelas que consumiram 100 gramas pela manhã.

No estudo com 19 mulheres, a ingestão por duas semanas esteve atrelada à redução da cintura e a menores níveis de açúcar no sangue. “Só que a amostra é pequena, com uma população específica e avaliada por pouco tempo, o que ainda não permite extrapolações de causa e efeito”, pondera a nutricionista Mônica Beyruti, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

A resposta seria “sim”, pelo menos para mulheres que passaram pela menopausa

Tem melhor horário para comer chocolate?

publicado originalmente em Veja saúde

Metabolismo só começa a desacelerar após os 60 anos, diz estudo

Aquela dificuldade em perder gordura abdominal ou emagrecer não é culpa da chegada aos 30 anos, como se diz por aí. Segundo um estudo publicado pela revista Science, o funcionamento do metabolismo se mantém quase o mesmo entre os 20 e 60 anos.

“Acreditava-se que, por volta da meia-idade, as pessoas tinham a tendência de ganhar peso devido a uma redução do gasto energético basal, aquele que usamos para nos manter vivos. Esse estudo aponta que estávamos errados”, explica William Festuccia, professor do departamento de fisiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP).

Para chegar a esse resultado, pesquisadores do Pennington Biomedical Research Center (PB), nos Estados Unidos, analisaram a queima média de calorias durante o dia a dia de cerca de 6 mil pessoas, entre nascidos há uma semana até indivíduos com 95 anos, de 29 países diferentes.

A taxa de gasto calórico não pode ser culpada pelo ganho de peso na meia-idade, segundo pesquisa

Metabolismo só começa a desacelerar após os 60 anos, diz estudo

publicado originalmente em Veja saúde

Cientistas percebem maior “renovação” do cérebro durante o sono REM

O sono é um momento de descanso e recuperação. Mas o que ainda não está claro para os cientistas é como o fluxo sanguíneo cerebral, importante para remover resíduos e fornecer oxigênio e nutrientes, muda enquanto estamos dormindo. Uma equipe liderada por pesquisadores da Universidade de Tsukuba, no Japão, se dedicou a investigar isso. Em seu estudo, eles encontraram novas evidências de aumento do fluxo sanguíneo e renovação cerebral durante o sono REM: a fase em que acontecem os sonhos.

A equipe estudou camundongos durante os estados de vigília e sono, visualizando o movimento dos glóbulos vermelhos do sangue nos capilares cerebrais – vasos sanguíneos muito finos responsáveis pela distribuição e recolhimento do sangue nas células.

Em estudo com camundongos, o fluxo sanguíneo cerebral, importante para fornecer oxigênio e nutrientes, aumentou durante essa fase do sono, em que acontecem os sonhos.

Cientistas percebem maior “renovação” do cérebro durante o sono REM

publicado originalmente em superinteressante

USP participará de rede global para encontrar a cura do HIV

Faculdade de Medicina e o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) irão participar de uma rede global de pesquisa que pretende encontrar a cura definitiva para a infecção HIV, o vírus causador da aids, por meio de engenharia genética. A nova abordagem de combate ao vírus buscará o bloqueio completo do HIV dentro das células e sua posterior eliminação. 

“As últimas décadas representaram avanços muito importantes no tratamento e controle do HIV e AIDS. Mas o paciente segue precisando se tratar continuamente e o risco de agravamento em caso de interrupção permanece. Esta nova abordagem significará um passo fundamental. Poderá ser, finalmente, a cura do HIV”, destacou o professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, Esper Kallás, que coordenará o grupo brasileiro.

Estudo usará engenharia genética para bloquear o vírus na célula

USP participará de rede global para encontrar a cura do HIV

publicado originalmente em Veja

Assista a “Seja generoso! Prof. Lúcia Helena de Nova Acrópole” no YouTube

Um conselho sábio e bem na hora certa,como de costume…

Professora Lúcia Helena Galvão,uma companhia sempre bem vinda!

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Sinais de depressão e ansiedade dobraram em jovens na pandemia, diz estudo

Uma revisão recente de 29 pesquisas concluiu que os sintomas de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes dobraram após o início da pandemia de coronavírus. O trabalho, que reuniu dados de 80 879 jovens com 18 anos ou menos de diversos países, foi publicado no respeitado periódico científico JAMA Pediatrics.

Antes da pandemia, levantamentos sugeriam que sintomas depressivos eram comuns a 12,9% desse grupo. Já durante a crise do coronavírus, essa taxa subiu para 25,2%. Os sinais ansiosos por sua vez, aumentaram de 11,6% para 20,5%. E o índice tendia a ser maior conforme o avanço da pandemia.

Uma revisão de pesquisas estimou o impacto da crise do coronavírus na infância e adolescência

Sinais de depressão e ansiedade dobraram em jovens na pandemia, diz estudo

publicado originalmente em Veja saúde