A melhor maneira de fazer um bebê parar de chorar, segundo a ciência

Fazer uma criança chorona dormir ou ao menos se acalmar pode ser uma tarefa árdua. Um estudo publicado hoje no periódico Current Biology destacou o método mais eficaz para fazer a criança parar de chorar.

O método vale para os casos em que a criança tem as necessidades básicas atendidas – não está com fome ou suja, por exemplo. De acordo com a pesquisa, apenas sentar com o bebê nos braços provavelmente não vai acalmá-lo. Isso pode aumentar a frequência cardíaca da criança e deixá-la ainda mais agitada.

Segundo os pesquisadores, a melhor alternativa seria levá-la para passear. Essa estratégia geralmente diminui a frequência cardíaca dos bebês e os ajuda a adormecer.

O estudo envolveu 21 crianças, que foram submetidas a diferentes métodos para se acalmarem. Depois de apenas 5 minutos andando com bebês chorões, quase metade das mães incluídas no estudo conseguiram fazer os filhos dormirem, mesmo durante o dia

Tem dificuldade em fazer seu filho parar de chorar e colocá-lo para dormir? Confira esses dois passos que podem ajudar na missão.

A melhor maneira de fazer um bebê parar de chorar, segundo a ciência

publicado em superinteressante

Estudo avalia aprendizado de bebês que ficaram isolados na pandemia

Por Fabiana Schiavon

Crianças em todo o mundo tiveram de ficar longe de creches e escolas por períodos diferentes durante o isolamento devido à pandemia de coronavírus. Elas também deixaram de passear e conviver com amigos e parentes. Pois pesquisadores de 13 países se uniram para descobrir como essas medidas impactaram no aprendizado de bebês de 8 até 36 meses.

O estudo começou em março de 2020, quando pais forneceram dados básicos sobre seus filhos, como idade, número de irmãos, exposição a diferentes línguas e desenvolvimento de vocabulário. Novas perguntas foram feitas após o fim do lockdown, dessa vez sobre as atividades realizadas no isolamento, tempo de tela e quantidade de palavras aprendidas nessa fase.

Os países participantes foram Canadá, França, Alemanha, Israel, Noruega, Polônia, Arábia Saudita, Suíça, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e Bulgária. Não houve comparações em relação à duração ou severidade do isolamento, que foram diferentes em cada país.

[abril-whatsapp][/abril-whatsapp]

Como esperado, pais que leram mais para seus filhos relataram o aprendizado de mais palavras do que aqueles que não se dedicaram tanto a esse hábito. E crianças com maior exposição às telas aprenderam menos palavras em relação àquelas que passavam menos tempo diante de televisão, tablets e afins.

O que surpreendeu é que os pequenos que não tinham tanto o hábito de ficarem conectados e aumentaram esse consumo durante a pandemia também tiveram ganhos de linguagem.

“Embora isso sugira que o isolamento relativamente curto não afetou negativamente o desenvolvimento da linguagem de crianças pequenas, devemos ser cautelosos ao assumir que isso se aplicaria a tempos normais ou a bloqueios mais longos, dadas as circunstâncias extraordinárias que as crianças e seus pais enfrentaram durante esse período”, avaliou Natalia Kartushina, professora da Universidade de Oslo, na Noruega, que liderou essa parte da pesquisa, publicada na revista Language Development Research.

Um segundo braço do trabalho se dedicou a avaliar exclusivamente o aumento no tempo de exposição às telas durante o lockdown e a aquisição da linguagem. A iniciativa foi liderada pela Universidade de Göttingen, na Alemanha, com o Instituto Max Planck de Psicolinguística, na Holanda, e a Universidade de Ciências Aplicadas e Artes da Suíça Ocidental.

Pesquisadores de 13 países investigaram o impacto da quarentena na aquisição de linguagem. Bebês que tiveram contato com livros se deram melhor

Estudo avalia aprendizado de bebês que ficaram isolados na pandemia

publicado originalmente em Veja saúde

Usar tom mais alto e exagerado com bebês ajudaria na produção da fala

Por Fabiana Schiavon

Usar um tom de voz mais alto, em uma velocidade mais lenta e exagerando na pronúncia das palavras pode estimular a produção motora e a percepção da fala em bebês de 6 a 8 meses, segundo estudo.

A pesquisa, conduzida pela Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, consistiu em mudar a frequência de sons emitidos por aparelhos para imitar a voz infantil ou a adulta.

Em seguida, os pesquisadores testaram as reações de 65 crianças divididas em dois experimentos: entre 6 a 7 meses e entre 5 a 7 meses. Os resultados, publicados no periódico científico Journal of Speech, Language and Hearing Research, se diferenciaram de acordo com a idade.

Diferentemente dos bebês de até 6 meses, aqueles entre 6 e 8 meses de idade se sentiram mais atraídos pelos sons infantis, o que indicaria que eles preferem controlar suas vozes e fazer palavras com o balbucio, segundo os autores.

Os padrões associados a esse estilo de falar, que os pesquisadores chamam de “fala dirigida às crianças”, poderiam ser um componente-chave para ajudar os bebês a formular as palavras, no futuro.

+ Leia também: Bebê deve ser incentivado a segurar objetos desde o nascimento, sugere estudo

Não se trata de “infantilizar”

A fala avaliada pelos pesquisadores não se trata de trocar palavras, como “mimir” ao invés de dormir, segundo Lúcia Arantes, professora do programa de pós-graduação de Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP).

“Não é infantilizar, mas pensar que essa fala constrói um laço afetivo”, explica.

De acordo com Arantes, que também é fonoaudióloga do Serviço de Patologia da Linguagem da Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (DERDIC/PUC-SP), há realmente benefícios no “manhês” — que é a forma melodiosa e ritmada como a mãe se dirige ao bebê — conhecida também como baby talk. Confira a entrevista com a especialista:

Mas especialista alerta que o lado afetivo da abordagem é mais importante do que a geração de capacidade linguística

Usar tom mais alto e exagerado com bebês ajudaria na produção da fala

publicado originalmente em Veja saúde

Terapia voltada a bebês reduz chance de diagnóstico de autismo, sugere estudo

Um novo estudo mostrou, pela primeira vez, que uma intervenção preventiva para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) pode reduzir comportamentos relacionados ao transtorno e a probabilidade de crianças serem diagnosticadas com TEA antes de atingirem a idade escolar.

A equipe internacional de cientistas realizou um tratamento especial com bebês que apresentavam sinais precoces de autismo em seu primeiro ano de vida (quando o transtorno ainda era apenas uma suspeita). O tratamento consistiu em sessões de terapia específicas acompanhadas pelos cuidados de rotina normalmente oferecidos a crianças com TEA.

autismo é um espectro, ou seja, se manifesta de várias formas e em vários graus de intensidade. Quem tem TEA apresenta algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação ou na linguagem. Estima-se que existam cerca de dois milhões de indivíduos com TEA no Brasil. O autismo não tem cura, e a intervenção durante a primeira infância é importante para promover o desenvolvimento e bem-estar das pessoas com o transtorno. 

Tratamento pode reduzir sintomas do Transtorno do Espectro do Autismo em crianças. Estudos futuros poderão indicar se o tratamento atrasa o diagnóstico ou impede o desenvolvimento do transtorno.

Terapia voltada a bebês reduz chance de diagnóstico de autismo, sugere estudo

publicado originalmente em superinteressante

Bebê deve ser estimulado a segurar objetos desde o nascimento, diz estudo

Recém-nascidos e bebês de até três meses de idade já devem receber estímulos para manusear objetos e observar adultos desenvolvendo tarefas do dia a dia. Esse incentivo ajuda no desenvolvimento social, motor e cognitivo. É o que sugerem pesquisadores em artigo publicado na revista científica Infant Behavior & Development.

O estudo propõe que, desde o nascimento, os bebês assistam cotidianamente os adultos em suas atividades diárias, como, por exemplo, na manipulação de utensílios domésticos. Além disso, também devem ter contato frequente com objetos para que desenvolvam as habilidades de segurá-los e de estender os braços para alcançá-los.

Nos primeiros meses de vida, eles são capazes de aprender muito mais do que os pais imaginam. Pesquisadora ensina exercícios que ajudam no desenvolvimento

Bebê deve ser estimulado a segurar objetos desde o nascimento, diz estudo

publicado originalmente em Veja saúde

Observar adultos em tarefas cotidianas pode estimular o desenvolvimento de bebês, sugere estudo

Desde o início da vida, bebês podem desenvolver incríveis habilidades e, a partir da observação e da imitação, são capazes de realizar ações complexas que envolvem diferentes comportamentos motores. É o que defende um recente estudo brasileiro, publicado na revista científica Infant Behavior and Development.

Segundo os autores, bebês com até três meses de idade deveriam ser estimulados a manipular objetos e observar os adultos realizando tarefas cotidianas – mexer na máquina de lavar ou organizar a pilha de roupas no quarto, por exemplo. Isso porque, ao observá-los, os recém-nascidos perceberiam mais facilmente como os movimentos corporais estão ligados com o ambiente ao redor. 

Uma nova pesquisa brasileira defende que bebês de até três meses de idade podem aprender ao presenciarem simples afazeres domésticos – e sugere algumas atividades para colocar isso em prática.

Observar adultos em tarefas cotidianas pode estimular o desenvolvimento de bebês, sugere estudo

publicado originalmente em superinteressante