Quando se fala em colágeno, é natural vir à cabeça aquela imagem de uma pele firme e lisinha. Ou, vá lá, a ideia de articulações conservadas. Mas o fato é que as fibras de colágeno aparecem e atuam numa porção de lugares no corpo humano, incluindo músculos, ossos e nervos. Isso mesmo: até no sistema nervoso periférico encontramos essas proteínas, como mostra a imagem ao lado. O colágeno é material básico do tecido conjuntivo, cujas malhas conectam e dão suporte às tramas do organismo. 25%das proteínas que compõem o corpo são representadas pelo colágeno — esse número pode chegar a 35%. 28 tipo de colágeno já foram identificados no corpo humano. O tipo 1 é a forma preponderante.
Em quatro anos morreram, no Brasil, mais de 3 300 pessoas abaixo de 40 anos com anemia falciforme, marcada por alterações dos glóbulos vermelhos que gera sintomas como dores, cansaço e feridas. A doença, decorrente de uma mutação genética, vitimiza mais as mulheres (52%) e a população negra (80%). Esses dados vêm dos estudos que tentaram mapear esse problema por aqui. Mas uma pesquisa da farmacêutica Global Blood Therapeutics, Inc. (GBT) verificou o impacto da anemia falciforme no cotidiano, a partir de informações de 1 300 indivíduos em dez países (Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, França, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Canadá, Bahrein, Omã e Alemanha). Segundo ela, adultos e crianças com a doença faltam, em média, mais de uma semana por mês na escola ou no trabalho. O mesmo levantamento indica que 53% dos médicos não têm ferramentas eficazes para ajudar seus pacientes a lidarem principalmente com as dores e o cansaço, sinais que mais prejudicam a qualidade de vida de que tem anemia falciforme. Esses mesmos profissionais carecem de uma rede de apoio, seja do governo ou de associações, que mantenha o paciente informado a evolução da doença ao longo de sua vida.
Pesquisa aponta desinformação geral sobre essa doença de origem genética, e mostra como ela afeta o cotidiano dos pacientes. Avaliamos o cenário
Alprazolam é um medicamento da classe dos benzodiazepínicos que serve para tratar crises graves de ansiedadee pânico (um ansiolítico). Ele tem efeitos colateraisleves, desde que seja utilizado seguindo a indicação de um profissional de saúde. Já o uso abusivo e prolongado do fármaco pode provocar reações sérias, como perda de memória e dependência química. Esse remédio é comercializado por diversas farmacêuticas por nomes como Frontal, Xanax e Aprax, mas também é vendido como genérico sob o nome de alprazolam.
O que é e para que serve?
Como outros membros da família dos benzodiazepínicos, o alprazolam age em diversas partes do sistema nervoso central, provocando um efeito de sedação. Por começar a surtir efeito rapidamente, ele costumas ser mais utilizado na ansiedade grave. “Ela pode ser incapacitante gerar angústia intolerável no paciente”, esclarece a farmacêutica Pamela Alejandra Saavedra, do Conselho Federal de Farmácia. Às vezes, o alprazolam é indicado no início do tratamento de doenças psiquiátricas, como a depressão ou fobias em geral – desde que possuam um componente ansioso. Não é fácil compreender o momento certo de prescrever o fármaco, daí a necessidade de conversar com médicos gabaritados no tema. “O alprazolam támbém é usado para tratar o transtorno do pânico”, completa Pamela. A principal característica desse problema é o aparecimento de crises de ansiedade não esperadas, como um ataque súbito de apreensão intensa, medo ou terror. O remédio é indicado ainda para casos específicos em que a ansiedade é relacionada à abstinência ao álcool. Importante dizer que esse medicamento pode aumentar o efeito provocado pelas bebidas alcoólicas. A ação veloz da droga tem a ver com sua absorção, que via de regra ocorre em questão de duas ou três horas. “Após 11 horas, ele começa a deixar o organismo”, esclarece a psiquiatra Márcia Surdo, do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre.+Leia também:Aciclovir: o que é, para que serve e como tomar esse medicamento
Alprazolam pode ser ministrado com outros remédios?
Antes de chegar a uma terapia combinada, deve-se verificar a interação medicamentosa. No caso do alprazolam, pode haver sintomas indesejáveis se ele for utilizado com a fluoxetina, que trata alguns tipos de depressão e, mais especificamente, o transtorno obsessivo compulsivo (TOC). + Leia também:Ciprofloxacino: o que é, para que serve e os efeitos adversos “O uso concomitante é contraindicado, porque aumenta a toxicidade de alprazolam, o que gera ataxia [prejuízo das funções motoras] e letargia”, completa Pamela.
Esse remédio tem efeito rápido no tratamento de crises de pânico e ansiedade, mas pode causar dependência. Veja o potencial do alprazolam e reações adversas
A proteínaalfa-sinucleína é uma velha conhecida de doenças degenerativas: seu acúmulo no cérebro causa lesões que culminam em Parkinson e Alzheimer. Agora a ciência suspeita que ela também tem culpa no cartório quanto à perda da sensibilidade da pele com a idade. Em 2019, foi detectada pela primeira vez a presença de aglomerados proteicos no tecido cutâneo de idosos. Para investigar melhor o significado disso, experts da L’Oréal Brasil, em parceria com o Instituto D’Or e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), usaram um modelo de pele humana reconstruída em laboratório e atestaram que a abundância da proteína barra a multiplicação celular e afina o tecido. “Nossa hipótese é que ela pode matar terminações nervosas da pele, gerando perda de sensibilidade”, conta Rodrigo De Vecchi, gerente de pesquisa da L’Oréal Brasil.
Além de nos apresentar ao mundo e permitir que nos relacionemos com ele, o tato é um sentido caro à autoproteção. É ele que nos faz tirar a mão de uma panela pelando ou sentir a dor que denuncia um machucado. A perda de sensibilidade, portanto, eleva o risco de sofrer acidentes em casa, de não sentir lesões e elas se agravarem e de não perceber variações de temperatura que nos deixam mais expostos a problemas. Direta ou indiretamente, ela afeta a qualidade de vida.
Experimento constata que acúmulo de proteínas ligadas ao Alzheimer pode estar relacionado. Entenda:
Apesar de não oferecer grandes riscos à saúde, a síndrome do túnel do carpo pode ser bem incômoda. Entre os sintomas, formigamento, dores nos dedos e até a dificuldade de realizar alguns movimentos com a mão. Descubra como ela acontece e o que pode ser feito a respeito:
1. A raiz do problema
Tudo começa com uma compressão do nervo mediano, um dos principais das mãos. Responsável pela sensibilidade dos dedos polegar, indicador, médio e parte do anelar, ele passa pelo punho sob o ligamento carpal e por uma estrutura conhecida como túnel do carpo, palavra grega para pulso.
2. Aperto no túnel
Os sintomas acontecem quando o espaço de passagem fica menor do que o normal e o nervo é fisicamente comprimido. Pode ser, por exemplo, pelo acúmulo de líquidos típico da gestação, por uma inflamação no tendão, por um trauma ou ainda por predisposição genética.
3. Conexão desligada
Em casos mais leves de compressão, o nervo ainda consegue funcionar, mas seus impulsos elétricos, que transmitem informações entre a mão e o cérebro, circulam com certa dificuldade. Daí podem surgir formigamento, sensação de choque ou desconforto inespecífico na região enervada por ele. + Leia também:Até quando os formigamentos pelo corpo são normais?
4. Falha no processo
Além de garantir a sensibilidade dos dedos, o nervo também responde por parte de sua capacidade motora. Se o aperto for grave, uma ordem para fazer força ou segurar um objeto não chega a eles. O movimento de pinça fica comprometido e tarefas habituais podem se tornar penosas.
É comum ouvir que existe relação, mas ainda não há consenso sobre o assunto. O que se sabe é que passar muito tempo com a mão na mesma posição pode comprimir o nervo, mesmo que temporariamente, provocando os sintomas. [abril-whatsapp][/abril-whatsapp] O movimento repetitivo também leva ao inchaço dos tendões, que disputam espaço no túnel.
Tratamento da síndrome do túnel do carpo
Fontes: Marcelo Rosa, ortopedista do HCor, em São Paulo; Teng Hsiang Wei, ortopedista e coordenador do Grupo de Cirurgia de Mão do Hospital das Clínicas de São Paulo; Fernando Penteado, ortopedista do Instituto Cohen, na capital paulista
O problema que causa formigamento e dormência nos dedos é mais incômodo e comum do que se imagina. Entenda sua origem
Vira e mexe um cardápio regional é alçado à fama — nas redes sociais ou nos centros de pesquisa. Convidamos você a viajar por essa geografia de sabores
A cantora Solange Almeida, de 47 anos, foi apresentada ao cigarro eletrônico no final de 2020. Um grupo de amigos elogiou tanto que ela resolveu experimentar. “Não contém nicotina”, disseram uns. “Ajuda a desestressar”, alegaram outros. Ex-fumante havia 15 anos, Solange detestou a experiência. Teve falta de ar, crise de ansiedade e quase perdeu a voz. “Não foi coisa boba. Poderia ter me prejudicado para o resto da vida”, desabafou nas redes sociais. Lá fora, a vítima mais recente dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEF) foi a rapper americana Doja Cat, de 26 anos. Ela chegou a cancelar uma turnê depois de fazer uma cirurgia às pressas nas amígdalas por uso excessivo do aparelho. “Vou parar por um tempo. Tomara que não tenha mais vontade depois”, postou. No Brasil, a venda de cigarros eletrônicos, assim como sua importação e propaganda, é proibida desde agosto de 2009 por uma resolução da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas nem parece. Os vaporizadores (vapes, em inglês) podem ser encontrados em lojas físicas e virtuais, com direito a delivery. Na internet, os preços dos kits variam de 150 a 800 reais, e, no Instagram e TikTok, há influenciadores compartilhando seus aromas favoritos (são mais de 16 mil!) e contando onde podem ser adquiridos. Apesar da proibição, 3% da população adulta faz uso diário ou ocasional do cigarro eletrônico, a maior parte proveniente de contrabando, como revela levantamento do Datafolha de fevereiro deste ano. Considerando o total de brasileiros acima dos 18 anos, dá algo em torno de 4,7 milhões de vapers. Já a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2019 mostra que 13,6% dos estudantes de 13 a 15 anos já experimentaram cigarro eletrônico. Entre alunos de 16 a 17 anos, o índice foi maior: 22,7%. Os números traduzem um fenômeno visto não só em bares e baladas mas também nos arredores das escolas: tem muito jovem descobrindo o vaporizador.
Ele não é inofensivo e pode ser a porta de entrada para o vício. O governo estuda se mantém a proibição em meio à crescente popularidade dos “vapes”
Portadores de fotofobia sentem muito desconforto nos olhos ao entrar em contato com a claridade. Desvende a seguir o mecanismo da hipersensibilidade à luz e conheça maneiras de driblar o incômodo.
Como a luz é absorvida pelos olhos?
E em quem tem fotofobia?
Nesse caso, alguma parte do trajeto de recepção e leitura dos estímulos luminosos está sensibilizada ou desajustada. Em geral, a íris se contrai ao menor contato com a luz, reduzindo o tamanho da pupila para tentar conter a quantidade absorvida pelos olhos. Mas nem sempre isso acontece ou é o suficiente para reduzir o incômodo.
O que pode causar a hipersensibilidade?
Olhos claros: Os pigmentos verdes e azulados absorvem menos luz, permitindo que mais raios alcancem a retina e causando a sensibilidade. Enxaqueca: Desordens em áreas do cérebro ou na sua conexão com a retina geram fotofobia — daí a relação com dores de cabeça crônicas. Sol demais: A córnea fica irritada com a exposição prolongada ao sol. É um processo semelhante ao que acontece com a pele. Hormônios: Mudanças hormonais nas mulheres fazem com que elas tenham até três vezes mais olho seco, que pode levar à fotofobia. Problema ocular: Astigmatismo, inflamações e alterações na retina ou lesões na córnea afetam a passagem. Pupilas mais dilatadas também. Infecções: Alguns micro-organismos gostam de infectar os olhos, como os causadores de toxoplasmose e tuberculose. Falta de cuidado: O hábito de coçar os olhos com frequência, mau uso de lentes de contato e a falta de visitas ao oftalmo também conspiram. Telas em excesso: A questão é a secura e o cansaço visual. O ideal é se lembrar de piscar, fazer intervalos regulares e olhar para pontos distantes. + Leia também:Vida longa à vista: a saúde visual em tempos de pandemia
Existe tratamento para a fotofobia?
Em primeiro lugar, é preciso entender a origem da condição. Pode ser que haja uma causa tratável por trás, seja uma doença ocular ou um distúrbio como o astigmatismo — que, muitas vezes, passa batido pois não embaça a visão como a miopia.
Vontade incontrolável de fechar os olhos, incômodo persistente e até dor de cabeça. Não é fácil a vida de quem tem sensibilidade à luz. Entenda o problema