Bem, amores, como devem saber, estão sempre acrescentando letras na sigla LGBT+. Agora é LGBTQIAPN+. Concordo em gênero, número e grau com o acréscimo da letra “I” porque as pessoas intersexo já sofreram até mesmo mutilações em seus corpos por causa do “achismo” médico. Mas eu acho que, se […]
Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón foi uma das mais importantes pintoras mexicanas da história. Ela nasceu em 6 de julho de 1907, no distrito de Coyoacan, terceira de quatro irmãs, filha de um judeu alemão e uma católica fervorosa. Frida se autointitulava “Filha da Revolução Mexicana”, disputa política entre revolucionários e opositores que aconteceu entre 1910 e 1920.
Em 1913, aos 6 anos de idade, Frida contraiu poliomielite infantil, doença responsável por deixar uma lesão em seu pé direito e encurtar uma de suas pernas. Não foi a única tragédia em sua vida: em 1925, aos 18, a artista estava dentro de um ônibus que se chocou contra um trem. Ela fraturou a espinha, a clavícula, a pélvis e várias costelas. Por causa dos ferimentos, passou por 35 cirurgias ao longo da vida e precisou usar colete ortopédico até morrer.
Acidentes, vida conjugal conturbada, ativismo político, morte precoce. Conheça a vida de uma das pintoras mais geniais da história.
Pai, afasta de mim esse cálice Pai, afasta de mim esse cálice Pai, afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice, pai Afasta de mim esse cálice, pai Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga Tragar a dor, engolir a labuta Mesmo calada a boca, resta o peito Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa Melhor seria ser filho da outra Outra realidade menos morta Tanta mentira, tanta força bruta
Pai (Pai) Afasta de mim esse cálice (Pai) Afasta de mim esse cálice (Pai) Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado Se na calada da noite eu me dano Quero lançar um grito desumano Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa Atordoado eu permaneço atento Na arquibancada pra a qualquer momento Ver emergir o monstro da lagoa
Pai (Pai) Afasta de mim esse cálice (Pai) Afasta de mim esse cálice (Pai) Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda (Cálice) De muito usada a faca já não corta Como é difícil, pai, abrir a porta (Cálice) Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo De que adianta ter boa vontade Mesmo calado o peito, resta a cuca Dos bêbados do centro da cidade
Pai (Pai) Afasta de mim esse cálice (Pai) Afasta de mim esse cálice (Pai) Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno (Cálice) Nem seja a vida um fato consumado (Cálice) Quero inventar o meu próprio pecado (Cálice) Quero morrer do meu próprio veneno (Pai, cálice)
Quero perder de vez tua cabeça (Cálice) Minha cabeça perder teu juízo (Cálice) Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cálice) Me embriagar até que alguém me esqueça (Cálice)
Caía a tarde feito um viaduto E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos A lua, tal qual a dona de um bordel Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens lá no mata-borrão do céu Chupavam manchas torturadas Que sufoco Louco O bêbado com chapéu-coco Fazia irreverências mil Pra noite do Brasil Meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil Com tanta gente que partiu Num rabo de foguete Chora A nossa Pátria mãe gentil Choram Marias e Clarisses No solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente Não há de ser inutilmente A esperança Dança na corda bamba de sombrinha E em cada passo dessa linha Pode se machucar
Azar A esperança equilibrista Sabe que o show de todo artista Tem que continuar