População global de pássaros cai em ritmo alarmante, diz estudo

Por Bruno Garattoni

O estudo, publicado na revista Annual Review of Environment and Resources, recolhe dados de biodiversidade provenientes da “Lista Vermelha” da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, da sigla em inglês) para revelar as alterações populacionais entre as 11.000 espécies de aves do mundo.

Segundo os autores, 48% das espécies de aves no mundo passam por um declínio populacional comprovado ou suspeito. São mais de 5 mil espécies sob ameaça. Apenas 6% mostram tendência populacional crescente; 39% estão estáveis, e 7% têm status desconhecido.

“Diversas métricas de biodiversidade estão exibindo tendências negativas constantes”, diz o relatório. A Lista Vermelha da IUCN é um indicador de biodiversidade global. Criada em 1964, é uma das fontes de informação mais abrangentes quando o assunto é a conservação de animais, fungos ou plantas. Ela fornece informações sobre o tamanho das populações, habitats, ecologia, ameaças e ações de recuperação – dados essenciais para estudos como esse.

É nos trópicos onde se observa a maior diversidade de espécies, incluindo de aves. Porém, não existem muitas pesquisas de longo prazo sobre populações de pássaros nessas regiões como existem em regiões temperadas, por exemplo. Além disso, é nas áreas tropicais que a maioria das espécies ameaçadas reside.

São atribuídas às razões do declínio a perda do habitat natural e a superexploração dos recursos naturais. Um fator recente, classificado como “causa emergente” pelos cientistas é a mudança climática, que pode alterar o fluxo migratório e dificultar a manutenção da população.

“Uma vez que pássaros são indicadores visíveis e sensíveis da saúde do meio-ambiente, sabemos que sua perda sinaliza uma grande ameaça à biodiversidade e à saúde e bem-estar humano,” diz Ken Rosenberg, um dos envolvidos com a pesquisa.

Os cientistas revelam ter esperança nas tentativas de conservação. Segundo eles, as organizações de conservação que participaram do estudo têm meios de evitar mais perdas de espécies. Contudo, eles reforçam a necessidade de uma mudança real e impactante. “Tudo depende da vontade de governos e da sociedade em viver lado a lado com a natureza neste planeta compartilhado,” encerra Rosenberg.

Perda de habitat, mudança climática e caça seriam os principais culpados pela redução, que afeta 48% das espécies.

População global de pássaros cai em ritmo alarmante, diz estudo

publicado em superinteressante

Cientistas usam truques de mágica para investigar a mente de pássaros

Ilusionistas exploram lacunas em nossa atenção e percepção para disfarçar movimentos que realizam diante de nossos olhos – como tirar uma moeda de trás da orelha. Nos últimos anos, cientistas perceberam que investigar por que somos enganados por truques de mágica pode ser um bom jeito de entender como nossa mente funciona. Mas e outros animais? Eles caem nos mesmos truques que nós?

É o que tentam descobrir alguns pesquisadores, como a equipe liderada pela professora Nicola Clayton, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Eles são responsáveis pelo primeiro estudo a comparar como animais e pessoas reagem a truques de mágica pensados para enganar humanos.

Os animais estudados foram os gaios (Garrulus glandarius), pássaros da família Corvidae, como corvos e gralhas. Eles foram escolhidos porque, como outros membros da família, demonstram habilidades cognitivas sofisticadas e são considerados relativamente inteligentes.

Estudo comparou a reação de gaios e pessoas a ilusões que transferem objetos entre as mãos. Os pássaros não se deixaram enganar em duas situações, mas surpreenderam os cientistas em uma terceira. Entenda.

Cientistas usam truques de mágica para investigar a mente de pássaros

publicado originalmente em superinteressante

Pássaros começam a aprender a cantar antes mesmo de sair do ovo

Quando os pássaros aprendem a cantar? Um estudo publicado recentemente mostrou que esse processo se inicia bem cedo, quando as aves ainda são embriões dentro dos ovos. O estudo foi conduzido por cientistas da Flinders University, na Austrália, membros de um grupo de pesquisa chamado Bird Lab, que desenvolve trabalhos focados em aves.

Entre 2012 e 2019, eles estudaram embriões de cinco espécies: os pássaros Malurus cyaneus e Malurus elegans, do sul da Austrália; os tentilhões Geospiza fuliginosa, das Ilhas Galápagos; o pinguim azul (Eudyptula minor), encontrado na Austrália e Nova Zelândia; e a codorna japonesa (Coturnix japonica domestica), encontrada na Ásia Oriental.

As três primeiras espécies são conhecidas como aprendizes vocais e, como o nome indica, aprendem a produzir sons a partir da imitação. As duas últimas espécies, o pinguim e a codorna, não são consideradas dotadas da capacidade de aprendizagem vocal – elas não emitem sons imitando um “tutor”.

Embriões de várias espécies de pássaro reagem a sons externos, como o canto de outras espécies

Pássaros começam a aprender a cantar antes mesmo de sair do ovo

publicado originalmente em superinteressante

Lagoa do Peixe …Rio Grande do Sul

Parque Nacional da Lagoa do Peixe

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O Parque Nacional (Parna) da Lagoa do Peixe foi criado em 1986 com o objetivo de proteger as espécies de aves migratórias e as amostras dos ecossistemas litorâneos do Rio Grande do Sul, que deles dependem para seu ciclo vital. Em 1991, foi incluído na Rede Hemisférica de Reservas para Aves Limícolas como Sitio Internacional. Em 1993, foi reconhecido como Sítio Ramsar por sua importância para a conservação de zonas úmidas. Em 1999, foi considerado Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

O parque está localizado em uma extensa planície costeira arenosa, situada entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Sua paisagem é composta por mata de restinga, banhados, campos de dunas, lagoas de água doce e salobra, além de praias e uma área marinha.

Apesar da denominação, Lagoa do Peixe é, na verdade, uma laguna, por causa da comunicação com o mar. É relativamente rasa, com 60 centímetros de profundidade em média. Possui 35 quilômetros de comprimento e 2 quilômetros de largura, e é formada por sucessão de pequenas lagoas interligadas, caracterizando, assim, um reservatório natural de água salobra.

A área é um berçário para o desenvolvimento de espécies marinhas, entre eles encontram-se camarão-rosa, tainha e linguado, além disso, atrai variadas espécies de aves que encontram na lagoa e em suas marismas farta alimentação.

PRINCIPAIS ATRATIVOS

O principal atrativo é a observação de aves nos percursos das quatro trilhas do parque. Já foram catalogadas 275 espécies, das quais 35 são migratórias.

Trilha das Figueiras

Afastada da praia, tem 6 Km de extensão. Pode ser percorrida de carro, até as margens da lagoa do Peixe, no lado oeste um dos pontos de onde é possível avistar bandos de flamingos e colhereiros.

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Trilha do Talha-mar

Tem cerca de 10 km de extensão e permite observar a parte norte da lagoa do Peixe – ótimo ponto para a observação de cisnes de pescoço preto e capororocas.



Trilha das Dunas

Em seus 13 quilômetros de extensão corta áreas de restinga, banhados e dunas até chegar à praia, que fica fora dos limites da unidade de conservação.

No caminho para a praia é possível avistar inúmeras espécies de aves limícolas como maçaricos e batuíras. Também podem ser encontrados trinta-réis e albatrozes na beira da praia.

 
Trilha dos Flamingos

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Entre o farol e o limite sul do parque são 43 quilômetros de praias. Com 19 quilômetros de extensão, a trilha dos flamingos une o Farol – uma construção de 1940, revestida externamente com pastilhas – à barra da lagoa do Peixe.

Nesse trecho podem ser observados maçaricos e batuíras (principalmente os maçaricos branco e de sobre-branco), trinta-réis, gaivotas (principalmente o gaivotão) e pirus-pirus.

A Trilha dos Flamingos inicia-se no final da trilha do Talha-mar, e percorre a extensão da praia, até a barra da Lagoa do Peixe, onde pode-se encontrar flamingos-chilenos se alimentando, para iniciar a jornada de volta.

Barra da Lagoa do Peixe
Região do canal de comunicação entre a lagoa e o mar. É um ponto de grande concentração de aves migratórias.

MAPA E TRILHAS

mapa pnlp blog

Fonte: icmbio.gov.br

Uma adendo aqui…o parque tem seguido preservado apesar dos insistentes esforços de absurdamente retirá-lo da condição de Unidade de Conservação (UC) para a categoria de Área de Proteção Ambiental (APA).

Atitudes podem e devem ser tomadas a fim de que este santuário ecológico continue existindo e mantendo todo um eco sistema imprescindível para a humanidade como um todo.

Paz e Luz ✨✨✨

fotos arquivo pessoal

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