Resfriamento dos oceanos ao longo de milênios levou ao aumento do tamanho dos peixes

A Terra passou por muitas mudanças climáticas, além de grandes mudanças de temperatura, como as eras glaciais. Essas mudanças no meio ambiente podem refletir na fauna, cuja evolução pode ser observada diretamente por meio do registro fóssil.

Pesquisadores do Fish Evolution Lab, da Universidade de Oklahoma, investigaram se as mudanças de temperatura dos oceanos estão relacionadas ao tamanho dos peixes. Eles testaram essa hipótese usando peixes tetraodontiformes como grupo modelo.

Peixes tetraodontiformes são uma ordem de peixes com dentes unidos em placa, que não possuem barbatanas ventrais (ou elas são muito pequenas). A maioria são peixes marinhos tropicais: alguns exemplos são o baiacu e o peixe-lua.

Os pesquisadores descobriram que o tamanho do corpo desses peixes cresceu nos últimos cem milhões de anos, acompanhando o resfriamento gradual da temperatura do oceano.

A diminuição da temperatura nos oceanos foi acompanhada pelo aumento do tamanho de espécies da ordem tetraodontiformes. A descoberta segue o padrão de duas tendências evolutivas.

Resfriamento dos oceanos ao longo de milênios levou ao aumento do tamanho dos peixes

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Abelhas e borboletas estão em declínio no Brasil, mostra levantamento

Insetos geralmente não são protagonistas de campanhas de conservação ambiental – e você pode achá-los feios e nojentos. Mas eles também precisam ser protegidos: são parte importante dos ecossistemas e polinizadores exclusivos de muitas culturas agrícolas. E estão em declínio, aqui no Brasil.

Foi o que observou um levantamento feito por pesquisadores da Unicamp (SP) e das universidades federais de São Carlos (SP) e do Rio Grande do Sul. Eles reuniram 75 casos sobre abundância e biodiversidade de insetos, registrados anteriormente por outros cientistas. E descobriram que a maioria aponta para uma redução desses animais.

A lista de insetos do levantamento inclui aquáticos (como as libélulas) e terrestres (como abelhas, vespas, formigas, borboletas e besouros). As informações foram obtidas em 45 estudos – a maioria na Mata Atlântica, nenhum no Pantanal e na Caatinga – e a partir de conversas com outros 156 pesquisadores, que responderam questionários e contribuíram com suas experiências.

O levantamento consultou 45 estudos e 156 pesquisadores. A maioria das tendências observadas, entre insetos terrestres, aponta para uma redução.

Abelhas e borboletas estão em declínio no Brasil, mostra levantamento

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Coluna Carbono Zero: o que as ondas de calor na Europa significam para o planeta

Por Bruno Garattoni

Texto Salvador Nogueira

E lá vamos nós de novo. O verão de 2022 no hemisfério Norte registrou recordes e mais recordes, com ondas de calor que apavoraram muitos europeus. No Reino Unido, pela primeira vez foram registradas temperaturas acima de 40°C, batendo o recorde para aquele país (era 38,7°C, estabelecido em 2019).

Recordes também foram quebrados na França, onde a temperatura superou os 42°C. Na Alemanha, em junho, chegou a 39,2°C. E o auge do continente ficou com Pinhão, em Portugal, que marcou 47°C em 14 de julho. Quarenta. E. Sete. Graus. Tudo isso vem acompanhado por incêndios, evacuações e mais de 5.000 mortes por calor extremo.

Não se iluda, a humanidade não está pronta para o que está vindo. E é assustador pensar que 2022 não é apenas um dos anos mais quentes já registrados. Vai piorar.

Temperaturas extremas vão atingir populações que não estão prontas para lidar com elas. E deve ser ainda pior do que projetam os modelos de aquecimento global: as temperaturas deste verão europeu eram esperadas para 2050, não para agora.

A reflexão óbvia é: precisamos fazer alguma coisa. E podemos. Mudar hábitos é uma contribuição que cada um de nós pode dar. Há ferramentas para calcular qual é nossa pegada individual nas emissões de carbono e nos guiam para reduzi-la.

Vale, por exemplo, dar uma passada em seeg.eco.br/calculadora-de-emissoes-de-pessoas e conferir a ferramenta, desenvolvida em parceria pelo Seeg (Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa) e pelo G1.

Esse exercício vai ilustrar duas coisas: sim, é possível agir no sentido de reduzir nossa influência pessoal e intransferível sobre o clima. E não, não é possível resolver o problema simplesmente mudando hábitos da população.

A maior parte das nossas emissões vem do consumo de eletricidade e dos transportes, duas áreas em que dependemos basicamente da matriz energética e dos veículos que há à disposição. É assunto de governo.

Para que possamos de fato enfrentar as mudanças climáticas, precisamos chamar os governantes à ação. Nos países democráticos, como é o caso do Brasil, escolhendo representantes comprometidos com a causa e com planos para agir sobre ela.

Elas atingiram níveis que só estavam previstos para 2050. E agora?

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Meio ambiente e ativismo?

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Reflorestamento poderia gerar 2,5 milhões de empregos no Brasil, calcula estudo

Número seria suficiente para reduzir em quase 25% o desemprego no país; plano da ONU propõe recuperar 120 milhões de hectares de florestas, uma área equivalente à do Peru, para combater aquecimento global

Reflorestamento poderia gerar 2,5 milhões de empregos no Brasil, calcula estudo

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Ártico está esquentando até 4 vezes mais rápido do que o resto do mundo

Um estudo mostrou que o Ártico aqueceu quase quatro vezes mais rápido do que o resto do mundo, um fenômeno conhecido como amplificação do Ártico. O novo número proposto na pesquisa atualiza valores anteriores de duas ou até três vezes.

Uma grande parte da razão do aquecimento acelerado do Ártico está ligada ao gelo marinho. Trata-se de uma camada fina, de um a cinco metros de espessura, de água marinha que congela no inverno e derrete parcialmente no verão. Esse gelo é coberto por uma camada de neve que atua como um refletor, mandando cerca de 85% da radiação solar recebida de volta para o espaço. No mar aberto, ocorre o oposto – o oceano absorve 90% da radiação solar.

Quando o gelo marinho derrete, as taxas de absorção aumentam. E então o aquecimento do oceano aumenta ainda mais o derretimento do gelo marinho, que por sua vez… contribui para um aquecimento acelerado dos oceanos – sim, um círculo vicioso (e cada vez mais quente).

Os últimos modelos climáticos que estimam a taxa de amplificação em 2,5 – isso quer dizer que a região aquecia 2,5 vezes mais rápido que a média do resto do planeta. Analisando as temperaturas da superfície nos últimos 43 anos, os cientistas defendem que a taxa mais correta seria de quatro vezes.

Até então, cientistas acreditavam que a diferença seria de até três vezes; mas um novo estudo afirma que o problema é mais sério do que isso.

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Como a inteligência artificial pode ajudar espécies ameaçadas de extinção

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) mantém uma “Lista Vermelha”, em que as espécies são classificadas com base na ameaça de serem extintas. Criada em 1964, ela é a fonte de informação mais abrangente no mundo sobre o estado de conservação de espécies de animais, fungos e plantas.

Na lista, as espécies são classificadas em categorias: “Pouco preocupante”; “Quase ameaçada”; “Vulnerável”; “Em perigo”; “Criticamente em perigo”; “Extinta na natureza”; e, por fim, “Extinta”. Contudo, existe uma oitava classificação, reservada às espécies cuja falta de informação impede a aplicação de um estado de conservação adequado.

Uma espécie “Deficiente em dados” não significa que ela seja misteriosa ou desconhecida – orcas e mamoeiros entram nessa categoria, mesmo sendo amplamente estudados – e sim que há pouca ou nenhuma informação disponível sobre a distribuição e abundância da espécie.

A Lista Vermelha é um recurso inestimável para grande parte dos trabalhos de conservação. Contudo, mais de 20 mil espécies são classificadas como deficientes em dados – uma a cada seis das registradas pela IUCN. E essa lacuna de informações pode comprometer pesquisas que dependam e se apoiam na lista.

Pesquisadores criam algoritmo que analisa espécies cuja falta de informação prejudicava a classificação de risco. Muitas delas, ao que tudo indica, correm mais risco do que o imaginado.

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Tartarugas macho desaparecem à medida que o clima esquenta

Muitas espécies de tartarugas não têm o sexo determinado por cromossomos X ou Y como nós, outros mamíferos e aves. O que define se um ovo dará origem a um bebê tartaruga macho ou fêmea é, na verdade, a temperatura ambiente.

Areias mais frias (a menos de 29°C) geram uma quantidade maior de machos; já ninhos mais quentes (acima dos 29 °C) geram mais tartarugas fêmeas. Em temperaturas intermediárias, a proporção é mais igualitária. Isso tudo é definido em um momento crítico do desenvolvimento do embrião: o segundo terço do período de incubação dos ovos.

Ou seja: temperaturas altas não são a praia dos machos – um sério problema em tempos de crise climática. Na Flórida, nos EUA, por exemplo, eles já não estão nascendo conforme o clima esquenta. A tendência é preocupante, afinal, pode empacar a reprodução do animal e reduzir populações.

Quem observou o fenômeno na Flórida foram pesquisadores do Turtle Hospital, um centro de resgate e reabilitação de tartarugas marinhas na cidade de Marathon, em funcionamento desde 1986. Nos últimos quatro anos, a equipe do lugar não encontra nenhum filhote macho por lá.

Esse período foi marcado por mudanças climáticas no estado americano, onde os últimos quatro verões bateram recordes sucessivos de temperatura. Bette Zirkelbach, gerente do Turtle Hospital, descreve o cenário como “assustador”.

Nos últimos quatro anos, pesquisadores da Flórida só encontraram fêmeas na região. A tendência pode ser perigosa para a sobrevivência das espécies.

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Dia Internacional dos Povos Indígenas — Um canceriano sem lar.

O Dia Internacional dos Povos Indígenas é comemorado anualmente em 9 de agosto. O principal propósito desta data é conscientizar sobre a inclusão dos povos indígenas na sociedade, alertando sobre seus direitos, pois muitas vezes são marginalizados ou excluídos da cidadania. Outra finalidade é garantir a preservação da cultura tradicional de cada um dos povos indígenas, como fonte primordial de sua identidade. […] […]

Dia Internacional dos Povos Indígenas — Um canceriano sem lar.

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