“Inspire, respire, converta oxigênio em boas vibrações, lindas ideias e bonitas ações…o planeta e sua evolução agradecem!”
✨ Mágica Mistura

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Espaço poético, rotineiro e alternativo
“Inspire, respire, converta oxigênio em boas vibrações, lindas ideias e bonitas ações…o planeta e sua evolução agradecem!”
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“…Ela pensou em desistir, quando achou que tudo tinha terminado e que a Terra das Fadas havia mergulhado para sempre no esquecimento. Foi então que, em algum lugar do mundo, uma criança olhou com os olhos da alma um pôr do sol, e podendo ver no horizonte o sobrevoar mágico dos elementais, deu Graças ao Universo pela beleza que existe em tudo e em todos… Neste momento singelo, a Terra das Fadas renasceu, e é assim a cada nascer e pôr do sol desde então…”

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” … então as pequeninas fadas se despediram, e com seu mais gracioso vôo se foram…alegres, mágicas e ligeiras, voaram para onde a maldade do mundo não poderá nunca alcançá-las.”
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A vida continuou nos afazeres do cotidiano, enquanto Isabel crescia e se tornava uma linda menininha que amava muito a lagoa, sua brincadeira favorita era fazer castelos de areia, e assim passava grande parte dos dias mais quentes…ela tinha agora quatro anos. Os pais, sempre atarefados, ficavam cuidando de longe, deixando a menina bastante tempo sozinha, montando seus castelinhos. Foi em uma dessas manhãs de verão, de tempo bom e céu azul, que Isabel, armada de seu baldinho, se dedicava na areia, quando viu boiando na água algo brilhante, chamativo e diferente…ela ficou curiosa e levantou para ver melhor.
O objeto parecia se aproximar da margem, e a pequena deu uns passos na água para chegar mais perto. Ela havia aprendido desde cedo que não podia entrar na lagoa sem os pais, mas a curiosidade infantil foi mais forte, e ela queria pegar o objeto, então…
Em questão de segundos a água estava na cintura da menina e quando Tereza viu do Farol a criança na água, gritou com todas as forças chamando Francisco , e correu desesperada. No mesmo instante um nevoeiro vindo das profundezas de um pesadelo, baixou sobre a praia, cobrindo tudo e deixando os pais cegos, o terror tomando conta de ambos, eles na água tateando em busca de Isabel. Eles não viram, mas na janela, no topo do farol, sombras observavam a cena, sombras escuras, tristes e vingativas.
A menina já havia sucumbido sem um som, e Tereza, em desespero, entrou cada vez mais fundo na água procurando e procurando no nevoeiro, até que exausta, afundou… Horas depois, Francisco acordou na praia sozinho, mas antes não houvesse jamais acordado, foi o que ele pensou, pois as razões da sua vida jamais voltariam das profundezas frias daquela lagoa…
Bem que as pessoas do povoado tentaram, mas Francisco jamais se recuperou, tampouco quis sair do Farol, ficou ali, esperando, pois tinha certeza de que um dia elas voltariam, não, elas não iriam abandoná-lo…isso era absurdo. O tempo passou, seus amores jamais voltaram, e Francisco se afogou na bebida, da mesma forma que elas nas profundezas do lago. Morreu esperando, mas agora, a espera havia chegado ao fim …
-Vejo que a refeição acendeu sua memória, querido.
Ele então, erguendo os olhos viu Tereza, sim, Tereza seu amor estava ali, ele agora lembrava…e aonde está Isabel? Onde está sua menininha?
Tereza lhe estende a mão, ele aceita e eles caminham até a porta, lá na margem está a menina, fazendo seus castelinhos, feliz e sorridente…Ela acena para os pais com a pequena mãozinha. A felicidade de Onofre é interrompida por um golpe gelado no rosto.

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A comida parece deliciosa, mas quando ele coloca na boca, de imediato uma dor insuportável lhe turva as ideias, pontadas feito facas o atacam por dentro, é como se uma lança o rasgasse inteiro…ele acorda aos gritos, levando as mãos à barriga. Estão batendo na porta, e Onofre demora uns segundos para se atinar da situação.
… continua

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A vida é tranquila no povoado, todos se conhecem e há uma espécie de pacto de silêncio quando se trata do farol. Os velhos se reúnem na praça ou no boteco, muito raramente alguma coisa de interessante acontece por ali. Alguns mais antigos sabem das histórias de sumiços pelas bandas da lagoa, mas por ignorância ou medo preferem se calar. Desde que não seja com um deles ou da sua família… quem se importa? Assim também pensa o Onofre, o pinguço oficial dali, ele que é cria da terra, se gaba de não ter medo das lendas e afirma de pés juntos que fantasmas não existem, e que ou inventam pra chamar a atenção, ou estão mais bêbados do que ele. E é de cima do coreto que hoje ele está dando seu show:
… continua

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” Me ensinaram que devia ter uma religião… agora sei que o mais importante é que minha crença faça sentido para mim mesma… assim sendo, em cada amanhecer descubro um pouco mais no que acreditar.”
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“Inspire, respire, converta oxigênio em boas vibrações, lindas ideias e bonitas ações…o planeta e sua evolução agradecem!”
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Como de costume, entrou alguns quilômetros lagoa a dentro, no local que geralmente a quantidade de peixes costumava ser maior, soltou o espinhal de anzóis e estava esticando o nylon quando de repente um nevoeiro começou a subir da água em uma velocidade que Faustino nunca havia presenciado. Ele ficou estático, na esperança que a bruma logo se dissipasse, mas não, continuou tão fechado que não dava para enxergar um palmo diante do nariz. Decidiu então se sentar no fundo do barco e comer seu último sanduíche, na esperança que dentro em pouco conseguiria voltar a praia. Ele cai em um leve sono e agora sonha , ali reencontra sua sofrida mãe que há tantos anos ele deixara para trás com seus irmãos, Faustino partira não por falta de amor, mas porque vendo que nunca sairiam daquela situação, optou por não mais suportar a fome e a miséria.
Mas o sentimento por haver abandonado a mãe e os irmãos nunca o deixou…no sonho ele os abraça, saudoso, carente de perdão… porém há algo estranho, o abraço deles é apertado demais, estão o sufocando, quebrando suas costelas, o esmagando por dentro. Faustino dá um profundo suspiro e acorda com o barco batendo em alguma coisa. O nevoeiro continua tenebroso, mas o barco chegou na margem , logo a frente ele distingue a luz de um farol . Sim, é um farol, apesar da neblina não deixá-lo à vista. Agradecendo aos céus ele desce do barco, às cegas. Faustino arrasta- o para fora d’água e tenta colocar as ideias em ordem.
Na verdade ele sequer consegue imaginar onde esteja, não dá para enxergar nada em volta… apenas a tênue lâmpada do farol. Diante da situação ele resolve que o melhor a fazer é pedir abrigo até que possa voltar em segurança para a vila. Ao chegar ao prédio, ele ouve vozes lá dentro, e pergunta a si mesmo se é prudente chamar os moradores…mas mal acaba de pensar isso, a porta se abre e o faroleiro uniformizado cruza o batente.
… continua

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