Óleos essenciais: o que um cheiro pode fazer por você?

A bioquímica Bettina Malnic é uma das poucas especialistas brasileiras quando o assunto é o funcionamento do nosso olfato. Ela criou o Laboratório de Neurociência Molecular no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) para decifrar como as diferentes moléculas de odor se conectam a receptores no nariz e depois são interpretadas pelo cérebro. E, em seu pós-doutorado nos Estados Unidos, trabalhou com Linda Buck, cientista que, em 2004, ganhou o Prêmio Nobel por ter identificado os 400 receptores olfativos do ser humano.

Bettina ainda não sabe descrever, contudo, quais regiões do cérebro são ativadas por cheiros específicos. Nem ela nem seus pares. “Aromas diferentes podem excitar áreas e circuitos neurais diferentes. Alguns já conhecemos, como o sistema límbico, responsável por nossas emoções, e o hipotálamo, que controla reações fisiológicas como fome e sede. Mas não sabemos todas as regiões cerebrais impactadas pelos odores nem suas potenciais respostas a isso”, conta.

Sem descortinar por completo as redes e os reflexos do nosso sistema olfativo, é difícil garantir que as moléculas odoríferas irão despertar essa ou aquela reação psíquica ou física em alguém. E, para complicar, a gente sabe que o mesmo cheiro que agrada uns desagrada outros. Daí que cravar se um aroma terá efeito A ou B em mim ou em você é uma questão cheia de incógnitas para a ciência.

Depende! O uso de óleos essenciais e aromas se expande como uma solução para acalmar os ânimos, mas é bom ter cautela com as propagandas exageradas

Óleos essenciais: o que um cheiro pode fazer por você?

publicado originalmente em Veja saúde

Dinossauros viviam em grupo há 193 milhões de anos, indica estudo

Cem ovos e 80 esqueletos de dinossauros compõem a descoberta paleontológica que está sendo considerada, por alguns especialistas, como uma das principais deste ano. O conjunto de fósseis encontrado na Argentina é a evidência mais antiga conhecida de que dinossauros viviam em grupos – e ficavam separados de acordo com suas idades.

Os achados aconteceram na Formação Laguna Colorada, no sul da Patagônia, famosa por abrigar fósseis de dinossauros da espécie Mussaurus patagonicus. Foram esses que a equipe internacional de cientistas encontrou por meio de escavações ao longo dos últimos anos, e analisou no estudo publicado na revista Scientific Reports.

Não é novidade que os dinossauros eventualmente viviam em bandos. Mas o comportamento só era encontrado em animais que existiram até 150 milhões de anos atrás. As descobertas recentes sugerem que eles já viviam em comunidade 40 milhões de anos antes: no início do período Jurássico.

Mussaurus patagonicus era um dinossauro herbívoro, cujo peso aproximado de 1,5 tonelada se distribuía em um corpo de 3 metros de altura e 8 de comprimento. A espécie faz parte de um grupo chamado sauropodomorfo, composto por dinossauros de pescoço e cauda longa.

Ovos e esqueletos do Mussaurus patagonicus indicam que a espécie se organizava em “panelinhas” separadas por idade.

Dinossauros viviam em grupo há 193 milhões de anos, indica estudo

publicado originalmente em superinteressante

Brasil continua a vender Clorpirifós, agrotóxico banido nos EUA, e que foi ligado a diminuição do QI de crianças

Banido recentemente dos EUA, Europa e Argentina, inseticida clorpirifós continua na lista dos mais vendidos no Brasil. Não há data para revisão Por Pedro Grigori – Agência Pública/Repórter Brasil

  Em agosto deste ano, os Estados Unidos baniram o uso do inseticida clorpirifós depois que estudos apontaram problemas causados por este agrotóxico à saúde humana, entre […]

Brasil continua a vender Clorpirifós, agrotóxico banido nos EUA, e que foi ligado a diminuição do QI de crianças

publicado originalmente em blog do pedlowski

Vamos valorizar a polpa do coco verde

Todo ano, cerca de 2 milhões de toneladas de coco são destinadas à extração da água. “Isso significa que 60 mil toneladas de polpa acabam descartadas”, calcula a engenheira de alimentos Renata Torrezan, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos.

Atentos ao desperdício, ela e colegas decidiram mostrar que é possível tirar proveito do interior do alimento. Assim, usaram a polpa do coco verde para elaborar doces e bebidas. “Agregando valor a essa parte, quem fabrica a água pode sair ganhando, assim como empresas interessadas na diversificação de seus produtos”, analisa Renata.

Em testes sensoriais, um ótimo indicativo: os voluntários não só gostaram das invenções com a polpa como se mostraram interessados em comprá-las.

Atributos internos

Algumas vantagens da polpa da fruta…

  • Mais leve: Ao contrário do coco maduro, o verde não se desenvolveu totalmente. Assim, é menos calórico.
  • Sabor suave: Por causa do gosto, Renata conta que a polpa casa bem com várias frutas, sobretudo as ácidas.
  • Rico em minerais: O alimento traz elementos como potássio, magnésio, cálcio, fósforo, manganês e zinco.
  • Poder de saciar: A polpa tem um pouco de fibras e gorduras como o ácido láurico. A dupla dá saciedade.

Enaltecido por causa da água, o fruto tem muito mais a oferecer

Vamos valorizar a polpa do coco verde

publicado originalmente em Veja saúde

Aplicativo acompanha crescimento de crianças

aplicativo Growth Journey, desenvolvido pela farmacêutica Novo Nordisk, oferece aos pais uma forma simples e segura de acompanhar a fase de desenvolvimento dos filhos.

Gratuito e disponível em todas as lojas de apps, basta inserir dados básicos como nome da criança, data de nascimento, sexo, altura e peso para uma curva de crescimento ser criada. Os pais podem ainda informar a altura deles e o programa estima o tamanho que ela pode alcançar.

Um dos diferenciais do app é indicar se o ritmo de crescimento está dentro do esperado. “Nada substitui a ida ao pediatra, mas, com dados de medições regulares, ele consegue analisar a velocidade de crescimento com mais precisão e detectar um eventual distúrbio relacionado”, explica Erika Miyamoto Fortes, gerente médica do laboratório.

O Growth Journey monitora esse desenvolvimento de perto, auxiliando no diagnóstico de possíveis distúrbios

Aplicativo acompanha crescimento de crianças

publicado originalmente em Veja saúde

Um princípio econômico pode explicar a evolução das cores em caudas de lagartos

A teoria da seleção natural, proposta por Charles Darwin, diz que apenas os animais mais aptos sobrevivem. As espécies que hoje habitam a Terra, então, teriam evoluído na medida certa para prosperar.

Porém, não é tão simples olhar para um animal e entender logo de cara por que ele possui (ou não) certas características. Um exemplo são os lagartos com caudas coloridas: ao mesmo tempo que a traseira do bichinho pode ser útil para camuflagem, ela é também um chamariz para predadores.

Em economia, há um princípio que explica essa relação. É o trade-off, que acontece quando se escolhe uma opção em detrimento de outra. Ir a um encontro com o crush é ótimo – mas você talvez precise abdicar daquela reunião com os amigos, marcada para o mesmo dia. Em um jogo de damas, você pode abrir mão de uma peça para conseguir capturar duas na próxima rodada.

Segundo pesquisadores da da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), esse tipo de relação pode ser a chave para entender a cauda dos lagartinhos. Em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade de Auburn em Montgomery, nos EUA, eles exploraram a função da cauda colorida nestes répteis, explorando seus custos e benefícios.

Pesquisa brasileira tenta entender por que alguns répteis possuem caudas vermelhas – que trazem, ao mesmo tempo, vantagens e desvantagens ao animal.

Um princípio econômico pode explicar a evolução das cores em caudas de lagartos

publicado originalmente em superinteressante

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Não é só Covid-19: as outras vacinas que os adultos devem tomar

Uma pesquisa feita pela farmacêutica GSK, em parceria com o instituto de pesquisa Kantar, aponta que os brasileiros aprovam vacinas, mas 49% deles não recebem informações sobre o tema como gostariam. Como crianças e idosos são os maiores alvos das campanhas, os adultos se mostram especialmente perdidos.

O Brasil se destacou nesse interesse em comparação a Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Espanha, Itália e França – outros países que participaram do levantamento.

Entre os entrevistados, reina a opinião de que é papel dos profissionais de saúde manter a população atualizada sobre o calendário. Eis um dos desafios para engajar os adultos.  A vacinação é um tópico corriqueiro no ramo da pediatria, mas pouco debatido por outras especialidades médicas.

Na opinião de Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), é compreensível que algumas campanhas governamentais sejam dirigidas a certos públicos como estratégia de imunização coletiva. Justamente por isso, os médicos devem aproveitar o contato com os pacientes para estimular a proteção individual.

Para especialistas, doses são parte de estilo de vida saudável, assim como fazer exercícios e comer bem. Veja o calendário de imunização dos adultos

Não é só Covid-19: as outras vacinas que os adultos devem tomar

publicado originalmente em Veja saúde

Com psicologia, pessoas podem desaprender a sentir dor crônica, diz estudo

Se o cérebro é capaz de gerar dor mesmo sem lesões aparentes, ou após a cicatrização, seria possível ele “desaprender” a senti-la? Com essa pergunta, pesquisadores norte-americanos avaliaram o uso de um tratamento psicológico no alívio da dor crônica nas costas, e tiveram resultados positivos.

A partir da Terapia de Reprocessamento da Dor (PRT, sigla em inglês), os participantes do estudo clínico eram orientados a entender o papel do cérebro na geração da dor crônica, a reavaliar as próprias dores enquanto faziam movimentos que, antes, tinham medo e a lidar com as emoções que pudessem exacerbar o incômodo.

Caso alguém sentisse dores toda vez que se sentasse, por exemplo, a orientação seria para que fizesse o movimento lentamente, prestando atenção às sensações e tentando pensar nelas como seguras. O mesmo valeria para outros gatilhos, como conflitos no trabalho ou na família.

Resultados do estudo

Ao todo, 151 voluntários — com relatos de dor crônica nas costas com duração de, pelo menos, metade dos dias dos últimos seis meses e uma semana de dores com intensidade média igual ou maior a quatro (em uma escala de 0 a 10) — foram divididos em três grupos, de forma randomizada:

• 50 receberam o tratamento psicológico;
• 50 receberam o cuidado padrão;
• 51 serviram de comparativo, via grupo placebo.

Antes e depois da terapia, todos realizaram exames de ressonância magnética para medir como o cérebro reagia a um estímulo de dor leve.

Terapia é vista como benéfica por especialistas, mas não deve ser usada de forma exclusiva

Com psicologia, pessoas podem desaprender a sentir dor crônica, diz estudo

publicado originalmente em Veja saúde

Pesquisadores criam diretrizes éticas globais para estudos com DNA humano antigo

Pesquisas com DNA humano apresentam uma série de implicações éticas. O material genético encontrado em ossos ou tecidos mumificados, por exemplo, dizem respeito à ancestralidade de algumas populações. 

Pensando nisso, arqueólogos, antropólogos e geneticistas de 31 países elaboraram diretrizes éticas globais para serem aplicadas em estudos com DNA humano antigo. Os cientistas publicaram o artigo na última quarta-feira no periódico Nature – e uma versão em português também está disponível online.

As diretrizes éticas incluem a necessidade de seguir regulamentações locais, além de se engajar e respeitar os interesses das comunidades nas quais foram coletados os materiais. Elas são genéricas de propósito: a ideia é que possam ser aplicadas globalmente, se adequando a variados contextos. 

As diretrizes surgem como alternativa ao documento vigente de boas práticas para esse tipo de estudo: um modelo estadunidense, baseado na Lei de Proteção e Repatriação de Sepulturas de Nativos Americanos (NAGPRA). Essa lei define que as instituições de pesquisa devem transferir os remanescentes humanos de indivíduos antigos para povos nativos.

“O problema é que esse modelo não é aplicável em todos os contextos”, afirma Mercedes Okumura, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). “Então, havia uma necessidade de pensar em diretrizes para um contexto global, com particularidades que variam muito em cada região do mundo”, explica a professora, única brasileira que participou do artigo.

Os pesquisadores apontam, por exemplo, que o significado de indigeneidade varia globalmente. Em algumas regiões, as pessoas não reconhecem populações locais antigas como seus antepassados. Já outras comunidades apresentam relações complexas relacionadas aos seus territórios atuais – que incluem deslocamentos e rupturas forçadas, por exemplo.

Um modelo estadunidense era referência para lidar com remanescentes humanos. Agora, cientistas propuseram diretrizes que podem ser aplicadas globalmente. Entenda

Pesquisadores criam diretrizes éticas globais para estudos com DNA humano antigo

publicado originalmente em superinteressante