
É agridoce para o jornalista de saúde escrever sobre notícias falsas. Por um lado, há a oportunidade preciosa de explicar ao leitor por que elas são tão perigosas. Por outro, paira na mente o dilema de que as semanas de pesquisa, entrevistas e elaboração dos textos pouco adiantarão para mudar a cabeça de quem já foi contaminado por elas.
Afinal, basta uma linha desmentindo a utilidade de determinado remédio no tratamento da Covid-19 ou alertando sobre a real gravidade da doença e pronto: perde-se qualquer oportunidade de diálogo e o sujeito se volta a fontes que, embora suspeitas, dizem o que ele gostaria de ouvir.
Charlatanismo e alegações enganosas não são novidade na área da saúde. Há séculos, falsas curas são promovidas mediante situações dramáticas feito epidemias ou como alternativas ao tratamento de doenças difíceis de controlar.
Elas se espalham mais rápido que o próprio coronavírus, com efeitos drásticos para a saúde. Aprenda a se imunizar contra essa praga da era digital
Fake news colocam a saúde em risco – saiba como se blindar
publicado originalmente em Veja saúde