Parkinson: estudo mede tempo de ação de remédio que controla equilíbrio

Por Fabiana Schiavon

Cientistas do Laboratório de Pesquisa do Movimento Humano da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru, conseguiram mensurar o impacto do medicamento levodopa para o controle da postura e do equilíbrio em pacientes com doença de Parkinson. Eles também estabeleceram o período que dura o efeito do remédio: de 60 a 120 minutos após a ingestão. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Brain Research e, segundo os autores, ajudam a otimizar o tratamento da doença. O grupo teve apoio da Fapesp por meio de dois projetos. Considerado essencial no tratamento do Parkinson, o fármaco levodopa age aumentando a quantidade de dopamina no cérebro, o que reduz os sintomas. No estudo, a equipe monitorou a ingestão da primeira dose do medicamento em 15 pacientes que se encontram em estágio leve a moderado da doença. Todos já faziam uso de levodopa há mais de seis meses e muitos também usavam outros fármacos. “Trabalhamos com pacientes em estágio da doença entre 1 e 3 [em uma escala que vai até 5]. Esses estágios leve e moderado apresentam as primeiras alterações posturais e de equilíbrio do paciente, mas ainda sem perda da independência. A maioria dos estudos foca nessa etapa, procurando melhorar a qualidade do tratamento”, explica Fabio Augusto Barbieri, professor do Departamento de Educação Física da Faculdade de Ciências da Unesp e do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento-Interunidades. O grupo optou por estudar o impacto da primeira dose diária do remédio, por ser a que tem menos oscilações, levando em conta o período para o início do efeito e o tempo de duração. [abril-whatsapp][/abril-whatsapp] “E, mesmo assim, há variação de paciente para paciente. Entretanto, pode-se dizer que o efeito da primeira dose é mais regular”, disse o pesquisador, lembrando que a quantidade de doses que cada paciente toma diariamente varia com o grau de evolução da doença e outros fatores. Para Barbieri, dois aspectos do trabalho devem ser salientados. “O estudo avança na determinação de um período adequado para a avaliação do controle postural e equilíbrio, ou seja, de determinar o período padrão para que os efeitos do medicamento possam ser avaliados por outros estudos; e também no tratamento, uma vez que, determinando a duração de efeito da medicação no equilíbrio, é possível estabelecer o período ‘ideal’ para a prescrição de exercícios físicos, pensando em melhorar o efeito da intervenção. Porém, é importante lembrar que os achados do estudo só valem para controle postural e equilíbrio, que foram o foco deste trabalho. Para marcha ou controle de membros superiores, por exemplo, pode ser que essas ‘janelas’ sejam um pouco diferentes.”

Descobertas sobre ação do fármaco levodopa pode proporcionar melhorias no tratamento e qualidade de vida

Parkinson: estudo mede tempo de ação de remédio que controla equilíbrio

Publicado em Veja saúde

O papel da estimulação transcraniana no Parkinson

estimulação transcraniana por corrente contínua potencializou o benefício do exercício aeróbico e melhorou o andar de pacientes com Parkinson imediatamente após a sessão. Houve ganho na variabilidade da marcha, no tempo de reação e no controle executivo do andar.

O resultado foi observado em estudo feito por pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus de Rio Claro, com 20 voluntários. O artigo foi publicado na revista científica Neurorehabilitation & Neural Repair.

Os participantes compareceram a duas sessões de 30 minutos de exercícios aeróbicos (ciclismo em intensidade moderada) combinados com diferentes condições de estimulação transcraniana (tDCS, na sigla em inglês) ativa ou placebo, com intervalo de uma semana.

Em estudo, procedimento potencializou os efeitos dos exercícios aeróbicos entre pacientes com a doença, melhorando sua locomoção

O papel da estimulação transcraniana no Parkinson

publicado originalmente em Veja saúde

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