
O verão brasileiro é um dos momentos em que as praias ficam mais cheias durante todo o ano. Com isso, há um aumento na incidência de micoses e outras infecções provocadas por fungos e parasitas.
As micoses mais comuns são aquelas provocadas pela proliferação dos fungos em locais que acumulam mais umidade, como a virilha, entre os dedos dos pés e no tórax.
Caio Lamunier, dermatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica que a combinação dessa umidade com os resíduos de protetor solar na pele, por exemplo, aumenta os riscos de surgir o problema.
“Outros fatores que influenciam o desenvolvimento dessas doenças no verão são o uso de menos roupas, andar descalço e o maior contato físico entre as pessoas”, explica o especialista, que atua também no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).
Até mesmo a maior exposição ao sol pode ser um fator, já que reduz a imunidade da pele e facilita esse tipo de problema, segundo Lamunier.
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Cuidado na areia
No caso das doenças provocadas por parasitas, o principal fator de risco é justamente andar descalço em áreas contaminadas por esses organismos.
É o caso do bicho-de-pé, doença provocada pela pulga Tunga penetrans, que entra na pele e pode viver ali por semanas enquanto bota seus ovos; e do bicho geográfico, que surge após o contato da pele com larvas de parasitas do gênero Ancylostoma.
Atenção aos sintomas
As micoses de pele comuns costumam provocar lesões avermelhadas, coceira e eventualmente, descamações.
A micose conhecida como “pano branco”, ou pitiríase versicolor, causada pelo fungo Malassezia furfur, costuma gerar lesões brancas ou castanhas no tronco (pescoço, tórax e abdome). Já a famosa frieira se apresenta com lesões descamativas e coceira entre os dedos dos pés.
No caso do bicho-de-pé, a lesão costuma ser redonda com um ponto preto ao centro — o que indica a presença do inseto. Já o bicho geográfico é conhecido por marcas esbranquiçadas feitas pela movimentação das larvas embaixo da pele, gerando desenhos que lembram um mapa, que dá o nome da doença.
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publicado originalmente em Veja saúde