Humanos podem estar produzindo roupas há 120 mil anos, diz estudo

Em estudo publicado na última quinta-feira (16), uma equipe de pesquisadores relatou a descoberta do que pode ser a evidência mais antiga da produção de roupas pelo Homo sapiens. Os objetos foram encontrados na Caverna Contrebandiers, em Marrocos, e datam de 90 a 120 mil anos atrás.

Os objetos encontrados são 62 ossos que parecem ter sido transformados em ferramentas, semelhantes a algumas utilizadas hoje para trabalhos com couro. São objetos de extremidade larga e arredondada, parecidos com espátulas. Eles provavelmente foram formados a partir de costelas de animais.

As ferramentas seriam ideais para remover e preparar o couro e a pele de animais, sem perfurá-los, para a produção de vestimentas – ou até materiais para outras produções, como abrigos. Os pesquisadores não descartam a possibilidade de que os objetos tenham sido utilizados para outras atividades também.

Os cientistas acreditam que os primeiros humanos transformavam os ossos desta maneira, para usá-los como ferramentas.

Não se tem certeza sobre quando a produção e o uso de roupas pelos humanos começou, mas provavelmente o hábito de se vestir surgiu há mais de 120 mil anos – alguns pesquisadores já indicaram até 170 mil anos. As roupas em si dificilmente se preservam, então os cientistas recorrem à análise de possíveis ferramentas usadas na confecção.

Nada de Adão e Eva pelados no Éden. Ferramentas encontradas em caverna do Marrocos podem ter sido usadas para preparar o couro de animais para a produção de roupas.

Humanos podem estar produzindo roupas há 120 mil anos, diz estudo

publicado originalmente em superinteressante

Descoberto novo hominídio: Homo longi, o “homem-dragão”

A evolução humana não tem nada a ver com a imagem clichê da escadinha: um chimpanzé se tornando um Homo sapiens por meio de passos graduais e sucessivos, que levam diretamente do ponto A ao ponto B.

Na verdade, a evolução biológica de qualquer espécie se assemelha ao crescimento de mais um galho em uma árvore já existente. E uma ótima ilustração disso é que houve dezenas de espécies do gênero Homo antes do Homo sapiens

Crânio de 146 mil anos encontrado em 1933 acaba de ganhar uma nova análise – que o coloca, junto de neandertais e denisovanos, como um dos mais recentes membros do gênero Homo a coexistir com o sapiens.

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publicado originalmente em superinteressante