Nova ferramenta do Google identifica superfícies em tempo real

A nova ferramenta do Google em parceria com a organização sem fins lucrativos World Resources Institute é capaz de identificar os recursos presentes na superfície da Terra quase em tempo real. A empresa acredita que a ferramenta Dynamic World ajudará governos e pesquisadores a tomarem providências mais eficazes para combater as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade.

Uma imagem gerada pelo Dynamic World da superfície de Salvador.

Os cientistas por trás da ferramenta publicaram um artigo detalhando o funcionamento da tecnologia. Ela usa um sistema de machine learning (aprendizado de máquina) conhecido como “aprendizado hierárquico” somado a imagens do satélite Copernicus Sentinel-2 para desenvolver um mapa de cobertura da Terra em alta resolução que diferencia terrenos com características específicas – como árvores, grama, plantações, água ou construções.

Imagem da cidade de Brasília.

A precisão do Dynamic World permite identificar cada tipo de superfície.

“Os mapas globais atuais de cobertura do solo podem levar meses para serem produzidos e, normalmente, fornecem dados apenas mensalmente ou anualmente,” relata a empresa no anúncio. Segundo eles, mais de 5.000 imagens do Dynamic World são produzidas todos os dias, resultando em dados de superfície que vão desde junho de 2015 até poucos dias atrás.

O Dynamic World promete ser mais preciso que os outros mapas do tipo – e pode ser essencial para monitorar biomas e prever transformações na natureza.

Nova ferramenta do Google identifica superfícies em tempo real

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Imagen: como funciona a inteligência artificial do Google que transforma texto em imagem

No mundo da inteligência artificial, existem os chamados geradores texto-imagem. É um nome bem autoexplicativo: baseado na frase que o usuário digita, o sistema devolve uma imagem correspondente ao que foi escrito.

Até então, o líder no campo desse tipo de programa era o DALL-E, software criado pelo laboratório OpenAi. Agora, o Google resolveu entrar na jogada com o Imagen, anunciado na última terça (24).

O Imagen funciona da mesma forma que os outros geradores: com base em um texto, ele gera uma imagem. Na página dedicada ao programa, ele é descrito como tendo um “grau de fotorrealismo sem precedentes e uma profunda compreensão de linguagem”. De fato, basta observar as imagens divulgadas pela empresa para entender o potencial da nova ferramenta:

Alguns exemplos de imagens geradas pelo Imagen: a legenda embaixo é a tradução do texto em inglês que originou a imagem.

As imagens são geradas a partir de frases de variados graus de complexidade.

Segundo o Google, o Imagen produz imagens melhores do que o DALL-E. Para chegar a essa conclusão, a empresa criou uma métrica de comparação, chamada de DrawBench. Não é nada muito complexo: eles usaram o mesmo texto para criar imagens em diversos geradores. As produções foram submetidas a juízes humanos, que escolheram suas preferidas. E os resultados do Imagen foram escolhidos mais vezes do que os dos concorrentes.

Os resultados da nova ferramenta impressionam. Mas ela ainda vai demorar para ficar disponível ao público. Entenda por quê.

Imagen: como funciona a inteligência artificial do Google que transforma texto em imagem

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A tela holográfica do Google

O sistema se chama Project Starline e é experimental, sem previsão de lançamento. Recentemente o Google publicou um artigo científico (1) revelando como ele funciona. A máquina usa luz infravermelha e 14 câmeras para captar vários ângulos do rosto ao mesmo tempo. Essa informação é processada e usada para gerar um modelo 3D da face da pessoa – que depois é exibido para o outro usuário, que também está usando um Starline.

Ou seja, é um sistema de videoconferência extremamente sofisticado. A tela tem 65 polegadas, resolução 8K e uma tecnologia chamada light field display, que a torna capaz de exibir várias imagens ao mesmo tempo (é uma versão muito mais avançada da técnica usada na tela do console Nintendo 3DS). Conforme você se mexe na frente da tela, vê ângulos ligeiramente diferentes do rosto da outra pessoa – e é isso que dá a sensação de holograma.

O sistema usa dois computadores potentes, com quatro placas de vídeo cada um, e requer uma conexão à internet de 100 Mbps. O Google construiu algumas unidades do Starline, que já está sendo usado em três escritórios da empresa nos EUA.

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Fonte 1. Project Starline: A high-fidelity telepresence system. J Lawrence e outros, 2021.

Starline usa luz infravermelha, 14 câmeras e uma tela especial – e permite conversar com outras pessoas como se elas estivessem na sua frente.

A tela holográfica do Google

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