
Criado pela empresa de Inteligência Artificial britânica DeepMind, o programa foi batizado de PLATO, sigla em inglês para “aprendizado de física por autocodificação e rastreamento de objeto”, e foi criado para entender que objetos no mundo material seguem à risca as leis da física.
A DeepMind foi adquirida pela Google em 2014, e já contribuiu para o ramo de IAs com Flamingo, um programa que descreve com precisão uma foto usando apenas algumas imagens de treino, e com AlphaZero, um programa que derrotou os melhores adversários robóticos e humanos em partidas de xadrez.
Os cientistas procuraram tocar numa questão importante com a PLATO. Segundo eles, “algo está faltando” nas principais Inteligências Artificiais; elas “ainda têm dificuldade em capturar o conhecimento de ‘senso comum’ que guia previsões, inferências e ações em cenários humanos cotidianos”.
Pensando nisso, eles focaram em ensinar um conhecimento “intuitivo”: física clássica. Não é preciso assistir a uma aula de física para saber empiricamente que “tudo que sobe desce” e “dois objetos não ocupam o mesmo lugar”. PLATO foi treinada com vídeos de simulações de objetos se comportando da forma que deviam. Foram usados prismas retangulares e esferas de tamanhos e massas variados para simular colisões, tipos de movimentos variados, queda livre, entre outros.
O algoritmo foi alimentado com vídeos sem pé nem cabeça. E aprendeu a distinguir os que obedecem às leis da física.
Inteligência artificial aprende conceitos básicos da física clássica
publicado em superinteressante