Estação Espacial Internacional será aposentada em 2030

Inaugurada em 2000, a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) possibilitou a presença humana no espaço desde então, abrigando astronautas de diversos países. Mas seus dias estão contados: ela continuará em operação até o final de 2030 e, então, deixará de orbitar a Terra, caindo no Oceano Pacífico.

A ISS viaja ao redor do planeta em uma altitude de aproximadamente 400 km – em uma região conhecida como “órbita terrestre baixa”. Ela funciona como observatório, abriga experimentos científicos em microgravidade e pode funcionar como base para manutenção e preparação de missões espaciais.

A estação foi originalmente planejada para operar por 15 anos, mas análises posteriores apontaram que sua vida útil poderia se prolongar. Em dezembro, a Nasa anunciou que as operações da ISS continuariam até o fim da década. Agora, divulgou um relatório que detalha os planos para desativar a estação.

A agência norte-americana espera economizar US$ 1,3 bilhão em 2031 com a aposentadoria da ISS – dinheiro que poderá ser aplicado em outras frentes, como iniciativas de exploração de regiões mais distantes do espaço.

Mas as atividades no laboratório espacial não param por enquanto. A Nasa afirma que a estação está mais movimentada do que nunca, e esta terceira década de funcionamento será a mais produtiva em relação às pesquisas desenvolvidas por lá.

Agora, um dos objetivos é “estabelecer as bases para um futuro comercial na órbita baixa da Terra”. “Esperamos compartilhar as lições que aprendemos e nossa experiência de operação com o setor privado, para ajudá-lo a desenvolver destinos espaciais seguros, confiáveis e econômicos”, disse Phill McAlister, diretor de espaço comercial da Nasa, em comunicado.

O laboratório espacial está na terceira década de funcionamento e deixará de orbitar a Terra com um mergulho no “Ponto Nemo”, no Oceano Pacífico. Entenda.

Estação Espacial Internacional será aposentada em 2030

publicado originalmente em superinteressante

3 notícias sobre: o dia a dia na Estação Espacial Internacional

Bactérias produzem material útilAstronautas cultivaram colônias de S. desiccabilis e B. subtilis, e alimentaram esses micróbios com basalto (material abundante nas rochas da Lua e de Marte). Resultado: as bactérias produziram vanádio (1) , um metal valioso – na Terra, onde esse material é fabricado industrialmente, ele serve para reforçar ligas metálicas, fazer baterias e tintas.

Nave empurra estação sem quererA Soyuz MS-18, que levou um cosmonauta, um diretor de cinema e uma atriz da Rússia para gravar um filme na estação, ligou acidentalmente seu propulsor quando estava acoplada à ISS. Isso fez com que a estação girasse sobre seu eixo e ficasse meia hora desalinhada. Isso já tinha acontecido em 29 de julho, com o disparo do módulo russo Nauka.

Cosmonautas têm alteração cerebralCientistas colheram sangue de cinco cosmonautas russos que ficaram bastante tempo na ISS: 169 dias em média. Os exames revelaram níveis aumentados das proteínas beta-amiloide e GFAP e do polipeptídeo NFL – que são sinais de danos físicos ao cérebro (2). Eles podem ser consequência da exposição prolongada à microgravidade.

As experiências científicas vão bem – mas a ISS e seus hóspedes também têm problemas.

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