Caía a tarde feito um viaduto E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos A lua, tal qual a dona de um bordel Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens lá no mata-borrão do céu Chupavam manchas torturadas Que sufoco Louco O bêbado com chapéu-coco Fazia irreverências mil Pra noite do Brasil Meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil Com tanta gente que partiu Num rabo de foguete Chora A nossa Pátria mãe gentil Choram Marias e Clarisses No solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente Não há de ser inutilmente A esperança Dança na corda bamba de sombrinha E em cada passo dessa linha Pode se machucar
Azar A esperança equilibrista Sabe que o show de todo artista Tem que continuar
É de sonho e de pó, o destino de um só Feito eu perdido em pensamentos Sobre o meu cavalo É de laço e de nó, de gibeira o jiló Dessa vida, comprida, a só
Sou caipira pira pora, Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida Sou caipira pira pora, Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
O meu pai foi peão, minha mãe solidão Meus irmãos perderam-se na vida a custa de aventuras Descasei e joguei, investi, desisti Se há sorte, eu não sei, nunca vi
Sou caipira pira pora, Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida Sou caipira pira pora, Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
Me disseram porém que eu viesse aqui Pra pedir de romaria e prece, paz nos desaventos Como eu não sei rezar só queria mostrar Meu olhar, meu olhar, meu olhar
Sou caipira pira pora Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida Sou caipira pira pora Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida Sou caipira pira pora Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
É o pau, é a pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol É peroba no campo, é o nó da madeira Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira É o mistério profundo, é o queira ou não queira É o vento vetando, é o fim da ladeira É a viga, é o vão, festa da ciumeira É a chuva chovendo, é conversa ribeira Das águas de março, é o fim da canseira É o pé, é o chão, é a marcha estradeira Passarinho na mão, pedra de a tiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão É o fundo do poço, é o fim do caminho No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando É a luz da manha, é o tijolo chegando É a lenha, é o dia, é o fim da picada É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada É o projeto da casa, é o corpo na cama É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um resto de mato na luz da manhã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José É um espinho na mão, é um corte no pé São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um belo horizonte, é uma febre terça São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração
Pau Edra Im, inho Esto, oco Oco, inho Aco, idro Ida, ol Oite, orte Aço, zol São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração
Alô alô Marciano Aqui quem fala é da Terra Pra variar, estamos em guerra Você não imagina a loucura O ser humano tá na maior fissura porque Tá cada vez mais down in the high society
Down, down, down In the high society Down, down, down In the high society Down, down, down In the high society Down, down, down
Alô alô marciano A crise tá virando zona Cada um por si todo mundo na lona E lá se foi a mordomia Tem muito rei aí pedindo alforria porque Tá cada vez mais down in the high society
Down, down, down In the high society Down, down, down In the high society Down, down, down In the high society Down, down, down
Alô alô marciano A coisa tá ficando ruça Muita patrulha, muita bagunça O muro começou a pichar Tem sempre um aiatolá pra atola Alá Tá cada vez mais down in the high society
Down, down, down In The high society Down, down, down In the high society Down, down, down In the high society Down, down down
Alô alô marciano Aqui quem fala é da Terra Pra variar estamos em guerra Você não imagina a loucura O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down in the high society Down, down, down The high society Down, down, down The high society
Ui, gente fina é outra coisa, entende? Down, down, down High society Down, down, down, down, down High society
Hoje não se fazem mais countries como antigamente, não é? High society, high society, high society, high society
Down, down, down High society Down, down, down, down down High society
Ai que chique é o jazz, meu Deus Down, down, down High society Down, down, down Ah, Deus
Caía a tarde feito um viaduto E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos A lua, tal qual a dona de um bordel Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens lá no mata-borrão do céu Chupavam manchas torturadas Que sufoco Louco O bêbado com chapéu-coco Fazia irreverências mil Pra noite do Brasil Meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil Com tanta gente que partiu Num rabo de foguete Chora A nossa Pátria mãe gentil Choram Marias e Clarisses No solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente Não há de ser inutilmente A esperança Dança na corda bamba de sombrinha E em cada passo dessa linha Pode se machucar
Azar A esperança equilibrista Sabe que o show de todo artista Tem que continuar
Quando caminho pela rua Lado a lado com você Me deixas louca
E quando escuto o som alegre do teu riso Que me dá tanta alegria Me deixas louca
Me deixas louca quando vejo mais um dia Pouco a pouco entardecer E chega a hora de ir pro quarto E escutar as coisas lindas que começas a dizer
Me deixas louca Quando me pedes por favor Que nossa lâmpada se apague Me deixas louca
Quando transmites o calor De tuas mãos Pro meu corpo que te espera Me deixas louca
E quando sinto que teus braços se cruzaram em minhas costas Desaparecem as palavras, outros sons enchem o espaço Você me abraça, a noite passa Me deixas louca
Ah ah ah Ah ah ah Ah ah ah Me deixas louca
Sinto os teus braços se cruzando em minhas costas Desaparecem as palavras, outros sons enchem o espaço Você me abraça, a noite passa E me deixas louca
É de sonho e de pó, o destino de um só Feito eu perdido em pensamentos Sobre o meu cavalo É de laço e de nó, de gibeira o jiló Dessa vida, comprida, a só
Sou caipira pira pora, Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida Sou caipira pira pora, Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
O meu pai foi peão, minha mãe solidão Meus irmãos perderam-se na vida a custa de aventuras Descasei e joguei, investi, desisti Se há sorte, eu não sei, nunca vi
Sou caipira pira pora, Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida Sou caipira pira pora, Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
Me disseram porém que eu viesse aqui Pra pedir de romaria e prece, paz nos desaventos Como eu não sei rezar só queria mostrar Meu olhar, meu olhar, meu olhar
Sou caipira pira pora Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida Sou caipira pira pora Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida Sou caipira pira pora Nossa Senhora de Aparecida Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida