Um estudo liderado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) demonstrou que a educação está relacionada a melhores habilidades cognitivas e é um fator de proteção para diminuir sinais de demência na terceira idade.
Publicado pela revista científica Alzheimer’s & Dementia, o artigo ressalta a importância da escolaridade para mitigar os efeitos das lesões cerebrais na diminuição de habilidades cognitivas, como memória, atenção, função executiva e linguagem.
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Comparados a quem não tinha educação formal alguma, os participantes do estudo com alguma escolaridade apresentaram, na média, pontuações mais baixas na escala que mediu o comprometimento cognitivo.
Os resultados apontaram que aqueles com escolaridade apresentaram menor grau de deterioração das funções neurológicas e menos sinais de demência. Com isso, os pesquisadores associaram a atividade escolar a uma maior reserva cognitiva.
*Esse texto foi publicado originalmente pela Agência Brasil
Educação também diminui sinais de demência, diz estudo
Em mensagem divulgada para o Dia Mundial da Paz, celebrado em 1º de janeiro, o papa Francisco lamentou nesta terça-feira, 21, a redução dos investimentos em educação em muitos países e a ampliação do orçamento para a compra de armas. A equação, segundo ele, “aumenta o ruído ensurdecedor de guerras e conflitos”.
“A busca por um processo genuíno de desarmamento internacional só pode ser benéfica para o desenvolvimento dos povos e nações liberando recursos financeiros mais bem usados para saúde, escolas, infraestrutura, cuidado da terra e assim por diante”, afirmou.
Ele dedicou cerca de um terço da mensagem de quatro páginas à educação, dizendo que houve uma “redução significativa” nos gastos com educação e treinamento em todo o mundo. Já os gastos militares aumentaram além dos níveis do final da Guerra Fria.
“É chegada a hora, então, de os governos desenvolverem políticas econômicas destinadas a inverter a proporção dos recursos públicos gastos em educação e em armamentos”, observa Francisco na mensagem enviada aos chefes de Estado e organismos internacionais.
As proporções dos gastos militares e com educação variam de país para país, mas as posições sobre o que aumentar e o que cortar costumam seguir linhas partidárias. Uma pesquisa do Pew Research Center em 2019 mostrou que, nos Estados Unidos, 84% dos democratas eram a favor de mais gastos com educação contra 56% dos republicanos e que 56% dos republicanos queriam mais gastos militares, contra 26% dos democratas.
O pontífice lamentou que, apesar dos inúmeros esforços, “agrava-se o drama da fome e da sede e continua a predominar um modelo econômico mais baseado no individualismo do que na partilha solidária”.
No discurso, que o papa costuma entregar aos chefes de Estado quando o visitam no Vaticano, Francisco propôs três maneiras de “construir uma paz duradoura”. Para ele, é preciso “diálogo entre gerações; a educação como fator de liberdade, responsabilidade e desenvolvimento; e, por fim, o trabalho para a plena realização da dignidade humana”.
Francisco também pediu um melhor equilíbrio entre uma economia de mercado livre e a necessidade de ajudar os necessitados e proteger o meio ambiente. “É preciso haver equilíbrio entre a liberdade econômica e a justiça social, como defende a doutrina social da Igreja”, afirma.
Em mensagem divulgada para o Dia Mundial da Paz, pontífice ressaltou que equação ‘aumenta o ruído ensurdecedor de guerras e conflitos’
Análise da Unicef mostra que apenas 2,1% sofria exclusão escolar em 2019. Já em 2020, com a pandemia, o índice entre alunos de 6 e 17 anos sobe.
Segundo pesquisa divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Cenpec Educação nesta quinta (29), o número de crianças e adolescentes sem acesso à educação no estado do Rio cresceu durante a pandemia, assim como em todo país.