Texto chinês do século 10 a.C. pode ser o primeiro registro de uma aurora

Por Rafael Battaglia

Uma pesquisa publicada na revista Advances in Space Research revelou um candidato a registro mais antigo de uma aurora: uma descrição de uma “luz de cinco cores” em um manuscrito chinês do século 10 a.C..

O manuscrito em questão chama-se Anais do Bambu, um conjunto de registros judiciais chineses escritos em tiras de bambu – e um dos poucos registros do período mais antigo da história chinesa. Estima-se que a possível aurora tenha acontecido entre 977 a.C. e 957 a.C., mas a data exata é incerta.

Os Anais foram encontrados em 279 d.C., escondidos em uma tumba próxima à cidade de Weihui, nordeste da China. A identificação de uma aurora nos textos originais demorou porque uma tradução do século 16 usou a palavra “cometa” para retratar o fenômeno da luz de cinco cores.

Se os cientistas confirmarem que essa observação foi mesmo de uma aurora, será um registro 300 anos mais antigo do que o que se sabia até então: entre 679 a.C. e 655 a.C., astrônomos assírios inscreveram, em pequenas tábuas, registros de possíveis auroras. Em 567 a.C., outra menção a uma aurora foi encontrada no diário do rei babilônico Nabucodonosor II.

“Luz de cinco cores”. É assim que o fenômeno foi descrito. Até então, menção mais antiga de uma aurora era do século 7 a.C., feita por astrônomos assírios.

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publicado em superinteressante

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As auroras são um fenômeno luminoso que acontece nas camadas mais elevadas da atmosfera – de 400 a 800 quilômetros de altura – e é observado principalmente nas regiões mais próximas aos polos do planeta. A origem desse fenômeno que fascina as pessoas é teorizada por cientistas há muito tempo, mas nunca pôde ser comprovada. Até agora.

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publicado originalmente em superinteressante

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