Resfriamento dos oceanos ao longo de milênios levou ao aumento do tamanho dos peixes

A Terra passou por muitas mudanças climáticas, além de grandes mudanças de temperatura, como as eras glaciais. Essas mudanças no meio ambiente podem refletir na fauna, cuja evolução pode ser observada diretamente por meio do registro fóssil.

Pesquisadores do Fish Evolution Lab, da Universidade de Oklahoma, investigaram se as mudanças de temperatura dos oceanos estão relacionadas ao tamanho dos peixes. Eles testaram essa hipótese usando peixes tetraodontiformes como grupo modelo.

Peixes tetraodontiformes são uma ordem de peixes com dentes unidos em placa, que não possuem barbatanas ventrais (ou elas são muito pequenas). A maioria são peixes marinhos tropicais: alguns exemplos são o baiacu e o peixe-lua.

Os pesquisadores descobriram que o tamanho do corpo desses peixes cresceu nos últimos cem milhões de anos, acompanhando o resfriamento gradual da temperatura do oceano.

A diminuição da temperatura nos oceanos foi acompanhada pelo aumento do tamanho de espécies da ordem tetraodontiformes. A descoberta segue o padrão de duas tendências evolutivas.

Resfriamento dos oceanos ao longo de milênios levou ao aumento do tamanho dos peixes

publicado em superinteressante

Ártico está esquentando até 4 vezes mais rápido do que o resto do mundo

Um estudo mostrou que o Ártico aqueceu quase quatro vezes mais rápido do que o resto do mundo, um fenômeno conhecido como amplificação do Ártico. O novo número proposto na pesquisa atualiza valores anteriores de duas ou até três vezes.

Uma grande parte da razão do aquecimento acelerado do Ártico está ligada ao gelo marinho. Trata-se de uma camada fina, de um a cinco metros de espessura, de água marinha que congela no inverno e derrete parcialmente no verão. Esse gelo é coberto por uma camada de neve que atua como um refletor, mandando cerca de 85% da radiação solar recebida de volta para o espaço. No mar aberto, ocorre o oposto – o oceano absorve 90% da radiação solar.

Quando o gelo marinho derrete, as taxas de absorção aumentam. E então o aquecimento do oceano aumenta ainda mais o derretimento do gelo marinho, que por sua vez… contribui para um aquecimento acelerado dos oceanos – sim, um círculo vicioso (e cada vez mais quente).

Os últimos modelos climáticos que estimam a taxa de amplificação em 2,5 – isso quer dizer que a região aquecia 2,5 vezes mais rápido que a média do resto do planeta. Analisando as temperaturas da superfície nos últimos 43 anos, os cientistas defendem que a taxa mais correta seria de quatro vezes.

Até então, cientistas acreditavam que a diferença seria de até três vezes; mas um novo estudo afirma que o problema é mais sério do que isso.

Ártico está esquentando até 4 vezes mais rápido do que o resto do mundo

publicado em superinteressante

Aquecimento global aumenta a transmissão de vírus entre diferentes animais

Aquecimento global aumenta a transmissão de vírus entre diferentes animais

Por Fabiana Schiavon

Cientistas americanos e sul-africanos estimaram que aquecimento global elevará, até 2070, em 4 mil vezes a transmissão de vírus entre diferentes espécies de mamíferos. E essa disseminação favorece que esses patógenos cheguem aos seres humanos, o que aumenta o risco de surtos e epidemias. Os dados foram publicados na revista científica Nature. “Com o aumento da temperatura, muitas espécies devem mudar seu habitat e procurar climas mais adequados. Nessas condições, animais que nunca se encontraram antes começam a conviver, aumentando a probabilidade de troca de vírus entre eles – o que cresce também a probabilidade de alguns desses vírus chegarem a nós”, esclarece a microbiologista Natália Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência+ LEIA TAMBÉM: A febre do planeta: como o aquecimento global mexe com a nossa saúde Para chegar a essa constatação preocupante, os pesquisadores catalogaram informações de 3 139 espécies de mamíferos e suas movimentações diante do aquecimento global e do uso do solo. Os morcegos seriam os principais responsáveis por essa transmissão entre espécies. “Essa transição ecológica já pode estar ocorrendo, e manter o aquecimento do planeta abaixo de 2 graus até o fim do século não vai reduzir esse espalhamento viral”, escrevem os autores no artigo. Seria necessário, portanto, apertar as medidas contra as mudanças climáticas e adotar outras estratégias, que mencionaremos adiante. Ainda segundo o documento, hoje há cerca de 10 mil tipos de vírus com a capacidade de infectar humanos, mas que atualmente estão praticamente restritos a outros mamíferos. Essa troca de vírus entre espécies é algo que sempre aconteceu, mas em uma velocidade menor. E a cada salto que esses micróbios dão de um bicho para o outro, eles podem sofrer mutações que, eventualmente, facilitariam a infecção em seres humanos. 

Estima-se que, até 2070, mudanças climáticas elevarão em 4 mil vezes a disseminação de vírus entre espécies. Saiba qual o risco disso para a humanidade

Aquecimento global aumenta a transmissão de vírus entre diferentes animais

publicado em Veja saúde

“Divórcios” entre albatrozes aumentam com aquecimento do mar, indica estudo

Uma equipe de pesquisadores investigou albatrozes-de-sobrancelha (Thalassarche melanophris) que vivem nas Ilhas Maldivas por um período de 15 anos e percebeu que as taxas de “divórcio” entre esses pássaros aumentam junto com a temperatura da superfície do mar. Os albatrozes praticam a monogamia, regra entre 90% dos pássaros. Em algumas espécies, os relacionamentos podem se estender por décadas.

Mas a separação também é uma realidade no mundo animal, geralmente desencadeada por questões relacionadas à reprodução: o casal pode enfrentar problemas de fertilidade ou não se dar muito bem garantindo a sobrevivência de seus filhotes. Condições adversas do meio ambiente também podem levar à quebra do vínculo, como mostrou o novo estudo, publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.

Separações são uma realidade no mundo animal, geralmente desencadeadas por problemas de reprodução. Mas condições adversas do meio ambiente também podem levar à quebra do vínculo.

“Divórcios” entre albatrozes aumentam com aquecimento do mar, indica estudo

publicado originalmente em superinteressante

Ilhas do Pacífico: onde as casas afundam no mar

O aquecimento global está colocando em risco a subsistência de muitas ilhas do Pacífico Por Barbara Barkhausen para o Neues Deutschland As Ilhas Marshall, que estão a meio caminho entre a Austrália e o Havaí, no Pacífico Norte, têm quase 60.000 cidadãos. Eles consistem em duas cadeias quase paralelas de ilhas e atóis, que cobrem uma […]

Ilhas do Pacífico: onde as casas afundam no mar

publicado originalmente em blog do pedlowski

Terra está perdendo seu “brilho” graças ao aquecimento global, aponta estudo

O termo “aquecimento global” não faz jus ao fenômeno climático,  porque ele não se resume à elevação da temperatura terrestre. O aquecimento global causa mudanças na dinâmica do planeta, como alterações na circulação atmosférica e intensificação de eventos climáticos extremos. E não para por aí.

As mudanças climáticas também estão diminuindo o “brilho” da Terra – ou a capacidade da superfície do planeta de refletir os raios solares, em vez de absorvê-los. É o que mostraram dados de quase duas décadas analisados em um novo estudo publicado no periódico Geophysical Research Letters.

A radiação solar que chega ao planeta pode ser absorvida ou refletida pelos gases do efeito estufa e pela superfície terrestre. A Terra reflete cerca de 30% da luz solar que incide sobre ela. Essa reflexão feita pelo solo e oceanos recebe nome de “albedo”.

Funciona assim: diferentes superfícies têm diferentes capacidades de absorção e reflexão dos raios solares. Camadas brancas de gelo nos polos do globo conseguem mandar bastante radiação de volta para o espaço, enquanto florestas e oceanos têm um albedo muito menor – e retêm mais calor. Um chão escuro de asfalto, por exemplo, fica bem quente porque absorve quantidade considerável dos raios solares.

Medições de satélite feitas entre 1998 e 2017 mostram que a Terra está refletindo menos radiação solar ao espaço – e contribuindo para o aumento de temperaturas no planeta

Terra está perdendo seu “brilho” graças ao aquecimento global, aponta estudo

publicado originalmente em superinteressante

As geleiras estão derretendo

Gelo fino em frente às geleiras das ilhas do arquipélago Prince Georg Land no Oceano Ártico. Foto: AFP Por  Susanne Aigner para o Neues Deutschland O Ártico está esquentando três vezes mais rápido do que outras regiões. De acordo com cientistas dinamarqueses, neste verão as temperaturas na Groenlândia subiram para mais de 20 graus no início de […]

As geleiras estão derretendo

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Brasil mil grau: o que o IPCC diz sobre o futuro do país no aquecimento global?

O efeito estufa é, em sua essência, um fenômeno simples. A luz do Sol alcança a Terra e aquece a superfície do planeta – que passa a emitir radiação infravermelha, vulgo calor. Parte desse calor escapa de volta para o espaço sideral; parte fica retida debaixo de um grande cobertor de gás chamado atmosfera. Vale dizer: é ótimo que isso aconteça. A temperatura média da Terra, hoje, é de 14 °C. Sem efeito estufa, seriam – 18 °C. O frio tornaria o planeta inóspito para a vida como a conhecemos. 

O problema é que a poluição está transformando esse cobertor em um grosso edredom. Ao longo do século 20, alguns gases emitidos em doses cavalares pela queima de combustíveis fósseis e outras fontes antrópicas – como o dióxido de carbono (CO2) e o metano que sai nos arrotos e puns do gado (CH4) – transformaram a atmosfera num porteiro do Enem de radiação infravermelha. Hoje, a Terra retém muito mais calor do que é saudável ou necessário. Os dez anos mais quentes registrados desde 1880 ocorreram após 2005. 

Agronegócio ameaçado, hidrelétricas com sede, mosquitos aos montes e secas na Amazônia: tudo isso já é realidade. Entenda como as mudanças climáticas afetam o Brasil.

Brasil mil grau: o que o IPCC diz sobre o futuro do país no aquecimento global?

publicado originalmente em superinteressante

O que a neve no sul do Brasil tem a ver com o aquecimento global?

Na última semana, uma massa de ar frio atingiu a região Sul do Brasil – e avançou de modo que algumas quedas bruscas de temperatura foram previstas também para regiões do Norte e Nordeste do país. O frio intenso trouxe neve para diversas cidades do sul brasileiro – em Santa Catarina, por exemplo, nevou em mais de dez cidades na última quarta-feira (28). 

Eventos de frio fora do comum costumam levantar uma questão entre os desavisados: “Se estamos passando pelo aquecimento global, por que o frio?”. Mas não se engane: o aquecimento global não se resume, necessariamente, apenas ao aumento de temperatura ao redor do planeta.

Ondas de frio intenso fazem algumas pessoas se questionarem sobre a existência do fenômeno. Mas não se engane: ele não se resume a temperaturas mais altas.

O que a neve no sul do Brasil tem a ver com o aquecimento global?

publicado originalmente em superinteressante

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