O açaí é um fruto de origem amazônica cheio de nutrientes e benefícios para a saúde. Ainda assim, suas formas de consumo podem torná-lo calórico, o que é uma desvantagem para quem não deseja engordar. O jeito de consumi-lo muda a cada estado do Brasil e até em outros países pelo mundo. Na região amazônica, ele é parte da marmita e acompanha peixes, farinha e tapioca. Versátil, o fruto também é usado de sobremesa, com açúcar. Aliás, principalmente mais ao sul, sua polpa congelada é consumida com banana, granola e leite em pó. “Ele é considerado uma berry brasileira, como a acerola, a jaboticaba e o jamelão”, afirma Gisele Cirilo, nutricionista da Casa de Saúde José, no Rio de Janeiro. As frutas vermelhas são ricas em antioxidantes , e com o açaí não é diferente. Conversamos com nutricionistas para aprender mais sobre o açaí, seus benefícios e suas formas de consumo. + Leia também:Dieta amazônica: uma receita brasileira para viver mais
O que é o açaí?
É um fruto da palmeira do açaí, muito comum na região da Amazônia. No Maranhão especificamente, também é consumido o juçaí, que vem de uma palmeira de espécie diferente, a Juçara, conhecida pela produção de palmito. Se mais para o sul a sua polpa de açaí já vem congelada, no Norte o fruto redondinho é encontrado nas feiras. O consumo ocorre depois de ser batido em grandes liquidificadores. “Ele pode vir em forma de suco, batido com água, ou até na forma de papa mesmo, quando é mais puro”, revela Vanessa Lourenço Costa, nutricionista e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Quais são os benefícios do açaí?
Entre os muitos nurientes e substâncias do fruto, podemos destacar:
Betacaroteno (fonte de vitamina A)
Fibras
Vitamina E
Cálcio
Magnésio
Fósforo
[abril-whatsapp][/abril-whatsapp] Além de nutritivo, o açaí é rico em gordura, mas aquela boa. “Cerca de 60% dele é composto de gordura monoinsaturada, e 13% da polinsaturada. Ambas atuam na prevenção de problemas cardiovasculares”, pontua Vanessa. O alimento também ajuda a relaxar as artérias, benefício aos que tem a tendência para hipertensão. A antocianina, encontrada nas frutas vermelhas, é uma das estrelas do açaí. Essa substância que dá o pigmento arroxeado ao alimento pertence à família dos flavonoides. “É um antioxidante natural que age contra o envelhecimento precoce, no controle do colesterol ruim (LDL) e prevenção de diversas doenças”, explica a professora da UFPA. Claro que, sozinha, ela não faz milagre. Mas tem seu papel em uma dieta balanceada. + Leia também:O que é o colesterol LDL? E o HDL? Aliás, o jucaí, o parente do açaí, tem três vezes mais antocianinas, segundo Sabrina Theil, nutricionista do Rio de Janeiro. Em conjunto com as fibras, as antocianinas também afastam o risco de alguns tipos de câncer – principalmente o colorretal. “Ele também contribui para o próprio bom funcionamento do intestino”, pontua Vanessa. Já a vitamina E, o cálcio e o magnésio participam da formação de ossos e são importantes para o sistema nervoso e muscular. Sabrina pontua também que as vitaminas E e C vão além de retardar o envelhecimento. “Elas fortalecem o sistema imunológico”.
No Pará, é comum consumir açaí combinado com peixe frito.
Açaí engorda?
A fama do açaí é de ser calórico, um risco para quem está de olho no controle de peso. Seria um crime, no entanto, jogar tanta culpa em um só item, defende Gisele. “Nenhum alimento tem a capacidade de fazer alguém engordar sozinho. É preciso avaliar os hábitos de refeições como um todo e suas repetições”, completa a nutricionista. Segundo as nutricionistas, o açaí pode, tranquilamente, estar no meio de um programa de emagrecimento. Basta variar com outros alimentos menos calóricos. Tem mais um ponto nessa matemática: a forma de preparo. “Aqui no Norte, ele vai sempre com peixe frito e com farinha, que carregam calorias por si sós. Já em outros estados, o pessoal coloca bastante açúcar, leite condensado”, lembra Vanessa. Aí, de fato, as calorias se acumulam.
De origem amazônica, o açaí é consumido em diferentes receitas, tanto salgadas como doces. Conheça suas vantagens para a saúde e no que tomar cuidado
O engenheiro-agrônomo Fernando Piotto, professor da Esalq, conta que a nova versão chega a ter cerca de dez vezes mais betacaroteno do que a batata-doce convencional. “Além disso, segue com o mesmo sabor aceito”, comenta. A expectativa é que os produtores tenham acesso às ramas até o início de 2022. Se houver plantio, em meados de junho ela estará no mercado.
Piotto explica que a batata-doce turbinada foi obtida por meio de um melhoramento genético clássico — que não tem nada a ver com transgenia. Nesse processo, os cientistas cruzam variedades com características desejáveis, como boa produtividade, sabor agradável e riqueza em certa substância, até chegar a um cultivar que combine todos os atributos. “Isso ocorre desde que o homem dominou a agricultura”, afirma.
Nova espécie tem a polpa alaranjada, que acusa a presença de doses fartas de betacaroteno
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