Coração acelerado: como saber se é ansiedade ou doença cardíaca?

Sentir palpitação ou o coração acelerar tende a provocar um pensamento imediato: “será que é algum problema cardíaco?” Acontece que o aumento da frequência cardíaca pode ser também um sintoma de um episódio de ansiedade,  algo que ficou mais comum em meio à pandemia do coronavírus. Só que diferenciar uma coisa da outra não é tão simples assim. Portanto, não dá para negligenciar essa tremedeira no peito.

Muitas vezes, o coração acelerado aparece junto a outros indícios, como sensação de desmaio, tontura, mal-estar e vista escura.

Caso ocorra de fato um desmaio, significa que falta oxigenação no cérebro e o coração está bombeando mais forte para tentar acelerar o processo e suprir essa carência. É preciso buscar ajuda o mais rápido possível, porque há risco de ser grave.

“Esse quadro é mais relacionado a taquicardias ventriculares, que atingem as câmaras inferiores do coração”, descreve o médico cardiologista Marcos Valério Coimbra de Resende, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Trata-se de um tipo de arritmia cardíaca.

Quando se trata de um problema supraventricular, que ocorre nos átrios, parte de cima do órgão, o perigo é menor. “Essa situação costuma ser frequente nos mais jovens, mas não afeta a estrutura do coração. É mais difícil de ser diagnosticada porque não se consegue documentá-la no pronto-socorro”, esclarece Resende. É que quando a pessoa chega ao atendimento, o ritmo cardíaco já está normal. Então, é preciso investigar com exames, como o eletrocardiograma, o ecocardiograma e até o holter 24 horas.

“Se a sensação for corriqueira, é preciso fazer o tratamento. Esse tipo de problema cardíaco não mata, mas incomoda, e a incidência é elevada”, relata o médico da Socesp.

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Já os mais velhos correm mais risco de ter umafibrilação atrial. Ela acomete a parte do coração onde se inicia o estímulo do batimento. “Há palpitação junto com tontura e sensação de desmaio. Como acontece mais em idosos, isso pode estar relacionado a outras doenças. Nessa fase da vida, é sempre indicado buscar ajuda imediata”, explica Resende.

Não é tão simples distinguir as duas situações e, por isso, faz sentido buscar auxílio médico

Coração acelerado: como saber se é ansiedade ou doença cardíaca?

publicado originalmente em Veja saúde

Abelhas usam distanciamento social para conter infecção na colmeia

Um ácaro chamado Varroa destructor é uma grande ameaça para as abelhas. Ele é um ectoparasita, que enfraquece esses insetos aderindo aos seus corpos – e pode infestar e dizimar colônias inteiras. Agora, um estudo mostrou que as abelhas europeias – Apis mellifera, aquelas de corpo preto e amarelo – recorrem ao distanciamento social quando a colmeia está sob ameaça do ácaro, mudando a maneira como utilizam o espaço e interagem umas com as outras. A pesquisa foi publicada na revista Science Advances.

Uma colônia de abelhas se divide em grupos. Além da abelha rainha e dos zangões, responsáveis pela reprodução na colmeia, existem as operárias. Estas, como o nome indica, trabalham em atividades fundamentais para o funcionamento da colmeia – o que varia conforme sua idade. As operárias forrageiras, por exemplo, são as abelhas mais velhas e coletam pólen, néctar e água para a colônia.

Os pesquisadores do novo estudo examinaram, a partir de vídeos, o comportamento de abelhas em colmeias que foram infectadas pelo Varroa destructor. Eles perceberam que, em colônias infectadas pelo ácaro, as abelhas forrageiras dançavam (girando e balançando) nos favos longe do centro da colmeia – diferententemente do que costumam fazer. (A dança é um meio de comunicação para as abelhas Apis mellifera: indica fontes de alimento ou novos locais para a instalação do enxame, por exemplo.)

“As forrageadoras são umas das principais vias de entrada dos ácaros [em uma colmeia]”, explica Alessandro Cini, coautor do estudo, ao jornal The Guardian. Então, quanto mais elas se afastam do centro da colmeia – onde ficam as larvas e abelhas mais jovens –, menor é a propagação dos ácaros. As abelhas praticam uma forma de distanciamento para conter a infecção na colônia.

Pesquisadores estudaram colônias infectadas com o ácaro Varroa destructor – e constataram que um determinado grupo de abelhas passa a evitar o centro da colmeia, para não espalhar a doença

Abelhas usam distanciamento social para conter infecção na colmeia

publicado originalmente em superinteressante

Acordo entre mais de 100 países prevê zerar desmatamento global até 2030

Em um dos primeiros resultados significativos da COP26, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que começou no domingo (31), em Glasgow, representantes de mais de cem países assinaram um acordo com o objetivo de zerar o desmatamento global até 2030. Chamada de Forest Deal, a iniciativa tem apoio de vários países do mundo desenvolvido e a adesão de China e Brasil.

A negociação prevê o investimento de US$ 19,2 bilhões em recursos públicos e privados em ações de preservação de florestas, combate a incêndios, reflorestamento e proteção de territórios indígenas.

A adesão do Brasil é especialmente relevante, considerando que a maior parte da Amazônia, maior floresta tropical do planeta, está localizada em seu território. Também vale dizer que os termos do acordo contrastam com a política recente adotada pelo governo brasileiro, que afrouxou controles, fiscalização e punição de desmatamento ilegal.

De acordo com o embaixador brasileiro Paulino Franco de Carvalho Neto, que chefia as tratativas da delegação brasileira na COP26, a adesão traz uma “nova postura” do governo na área ambiental.

Dos US$ 19,2 bilhões destinados à proteção de florestas, algo como US$ 12 bilhões virão de 12 países, dentre os quais se destacam Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, França e Alemanha. Eles serão distribuídos para países em desenvolvimento entre 2021 e 2025. Há a expectativa de que o Brasil seja um destino importante dos recursos, ao lado de outros países com vastas florestas tropicais, como Indonésia e Congo.

Negociação prevê o investimento de US$ 19,2 bilhões. O Brasil faz parte da iniciativa, e deve receber uma parte considerável dos recursos.

Acordo entre mais de 100 países prevê zerar desmatamento global até 2030

publicado originalmente em superinteressante

“Vax”, abreviação de “vacina”, é eleita a Palavra do Ano de 2021

A pandemia não impactou apenas a saúde global, mas também a forma como nos comunicamos. Algumas palavras entraram para o nosso vocabulário, enquanto outras, já conhecidas (quarentena, distanciamento, lockdown), ganharam ainda mais força. 

Prova disso é que a empresa responsável pelo Dicionário de Oxford de língua inglesa, a Oxford Languages, que elegeu a palavra “vax” (abreviação para “vacina”) como a palavra do ano de 2021. 

A conclusão veio após uma análise de mais de 14,5 bilhões de palavras coletadas de notícias redigidas em língua inglesa no mundo todo. Uma equipe de lexicógrafos (profissionais dedicados à elaboração de dicionários) ficou encarregada da tarefa. De acordo com o relatório divulgado pela Oxford Languages, a busca por “vax” na internet aumentou 72 vezes em comparação ao ano passado.

De acordo com o relatório divulgado pela Oxford Languages, a oferta de imunizantes contra a Covid-19 fez a busca pelo termo aumentar 72 vezes em comparação a 2020.

“Vax”, abreviação de “vacina”, é eleita a Palavra do Ano de 2021

publicado originalmente em superinteressante

COP26: Brasil lança suas metas para cortes de emissões de CO2

Nesta segunda-feira (1), durante a COP26, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que acontece em Glasgow, o Brasil apresentou sua nova meta de redução de emissão de gases-estufa. Ela agora prevê a neutralização das emissões de carbono até 2050 e um corte de 50% até 2030.

O anúncio foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e representou um avanço comparado ao que o governo federal havia anunciado antes, quando apresentou uma meta de reduzir as emissões em 43% até 2030. O presidente Jair Bolsonaro, que participou da conferência do G20 no último final de semana, optou por permanecer a passeio na Itália. Para a Cúpula do Clima, ele gravou um vídeo que precedeu a fala de Leite.

Mesmo com o avanço, não está claro que o país tenha de fato elevado suas ambições com relação ao que fora apresentado em 2015, quando aderiu ao Acordo de Paris. Na ocasião, o valor proposto para as reduções até 2030 era de 43%, mas com relação ao padrão de 2005, que era de 2,1 gigatoneladas anuais de CO2e (dióxido de carbono equivalente, uma forma de somar todos os gases emitidos numa unidade só, baseada no efeito atmosférico do CO2, o mais importante dos gases-estufa).

Só que, em dezembro de 2020, o governo brasileiro atualizou sua proposta, mantendo os 43%, mas levando em conta uma nova estimativa do nível de emissões em 2005, que passou a 2,8 gigatoneladas de CO2e.

Ou seja: na prática, o país prometia cortar a mesma quantidade, mas partindo de uma base maior, o que representava um aumento com relação à proposta firmada em Paris para 2030. Com a atualização de 43% sobre 2,1 gigatoneladas para 50% sobre 2,8 gigatoneladas, a ambição em termos de emissões ficou do mesmo tamanho. Reduz o que estava sendo chamado de “pedalada climática”, mas não amplia de fato a meta brasileira apresentada no Acordo de Paris – objetivo explícito da COP26.

Enquanto isso, Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, afirmou que o mundo “está cavando a própria cova”. Saiba o que rolou na conferência climática nesta segunda (1).

COP26: Brasil lança suas metas para cortes de emissões de CO2

publicado originalmente em superinteressante

Ilhas do Pacífico: onde as casas afundam no mar

O aquecimento global está colocando em risco a subsistência de muitas ilhas do Pacífico Por Barbara Barkhausen para o Neues Deutschland As Ilhas Marshall, que estão a meio caminho entre a Austrália e o Havaí, no Pacífico Norte, têm quase 60.000 cidadãos. Eles consistem em duas cadeias quase paralelas de ilhas e atóis, que cobrem uma […]

Ilhas do Pacífico: onde as casas afundam no mar

publicado originalmente em blog do pedlowski

Pesquisadores propõem nomear nova espécie humana como “Homo bodoensis”

Pesquisadores da Universidade de Winnipeg, no Canadá, propuseram uma nova nomenclatura para uma espécie humana que viveu durante o período Chibaniano (antigo Pleistoceno Médio, entre 774 e 129 mil anos atrás). Os Homo bodoensis, como foram chamados, viveram na África no mesmo período geológico em que os Homo sapiens estavam em ascensão. Por conta disso, os cientistas acreditam que o grupo seja ancestral direto dos humanos modernos. 

Vale aqui uma explicação: o Homo bodoensis não é uma espécie recém descoberta na ciência – na verdade, podemos dizer que houve uma renomeação de hominídeos já conhecidos. Para entender a história, precisamos falar rapidamente sobre o Homo heidelbergensis e o Homo rhodesiensis. Alguns fósseis do período Chibaniano encontrados na África e na Europa foram atribuídos a estas espécies, mas ambas possuem definições vastas e contraditórias. 

Por exemplo, uma análise recente de DNA de vestígios recuperados na Europa, antes atribuídos aos H. heidelbergensis, mostrou que eles na verdade pertenciam aos primeiros neandertais. Há ainda uma questão polêmica envolvendo a nomenclatura dessas espécies humanas, que já fazia alguns cientistas evitarem a nomenclatura. O nome H. rhodesiensis, por exemplo, pode ser associado a Cecil Rhodes, um magnata e político britânico envolvido no processo de colonização da África. 

A nomenclatura reuniria alguns fósseis que hoje são classificados como H. heidelbergensis ou Homo rhodesiensis. No entanto, o novo nome só deve ser usado se for aceito pela comunidade científica.

Pesquisadores propõem nomear nova espécie humana como “Homo bodoensis”

publicado originalmente em superinteressante

Limpeza dental com mais precisão e sem incômodo

O trauma de dentista está com os dias contados: a EMS, empresa suíça referência em odontologia, trouxe para o Brasil o protocolo GBT (Guided Biofilm Theraphy), um método de limpeza que não envolve dor e tem eficácia atestada.

Ele foca na remoção do biofilme (ou placa bacteriana), que é a base do tártaro e está por trás de cáries e doenças gengivais. Um dos destaques do GBT é o uso de micropartículas de eritritol, adoçante natural anticariogênico que remove impurezas sem impor desconfortos nem desgaste ao esmalte dentário — diferentemente do bicarbonato, empregado na higiene convencional.

“Além de ser mais confortável, a profilaxia com o GBT ainda ajuda a educar o paciente”, afirma o dentista Renato Trezza, especialista em odontologia estética e reabilitação.

O Protocolo GBT, método novo de profilaxia dentária, foca na remoção da placa bacteriana

Limpeza dental com mais precisão e sem incômodo

publicado originalmente em Veja saúde

Telemedicina como aliada aos cuidados com a saúde

Em abril de 2020, em meio à crise sanitária ocasionada pela pandemia de Covid-19, a Lei 13.989 foi sancionada e aprovada pelo Congresso Nacional, autorizando, assim, a prática da telemedicina no país em caráter emergencial. Na época, essa foi uma resposta à demanda de médicos e pacientes por atendimentos remotos, evitando a disseminação e o contágio do novo coronavírus.

A regulamentação da prática médica em uma realidade pós-pandêmica ainda está sendo discutida. Mas o que se tem observado é que, se bem utilizada, a telemedicina pode ser uma boa aliada aos cuidados com a saúde.

Tecnologia em prol da saúde

Na DaVita Serviços Médicos, rede de clínicas integradas com mais de 15 unidades na Grande São Paulo e 27 especialidades médicas, a telemedicina tem servido não apenas para aumentar a acessibilidade e a facilidade de realização de consultas, mas também como uma forma prática e eficiente de complementar o cuidado coordenado e integrado – que acompanha o paciente de perto e de forma integral, investindo também em prevenção –, pelo qual a rede é conhecida.

A telemedicina é recomendada quando há suspeita de Covid-19 e também em casos cotidianos, como acompanhamento de rotina de doenças crônicas, apresentação de exames e seguimento de investigações diagnósticas, continuidade de tratamento com necessidade de repetição de medicação, solicitação de atestados e quando há limitações por parte do paciente, como idosos com fragilidades ou dificuldade de locomoção, pessoas com comorbidades e pacientes terminais.

Consultas à distância complementam o acompanhamento médico presencial e oferecem acessibilidade a pacientes com limitações de locomoção

Telemedicina como aliada aos cuidados com a saúde

publicado originalmente em Veja saúde

Por que o Facebook mudou de nome para Meta?

O Facebook está passando por aquilo que profissionais de marketing (ou viciados em palavrinhas estrangeiras) chamam de rebranding: a formação de uma nova identidade. A empresa, dona de plataformas como Instagram, WhatsApp e o próprio Facebook passou a se chamar Meta. –uma referência ao “metaverso”, uma espécie de versão 3D da internet que está na mira de vários desenvolvedores.

(Calma. Nós já iremos explicar tudo isso.)

O CEO da companhia, Mark Zuckerberg, anunciou a mudança durante uma conferência no último dia 28. Segundo ele, a ideia é dissociar a empresa da rede social Facebook e focar no metaverso: “No momento, nossa marca está tão intimamente ligada a um produto que não pode representar tudo o que estamos fazendo hoje. Com o tempo, espero que sejamos vistos como uma empresa de metaverso. Quero ancorar nossa identidade naquilo que estamos construindo”.

A mudança, que ocorre em meio a uma crise vivida pela empresa, não vai chegar aos seus produtos de bilhões de usuários no mundo – as plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp manterão os seus nomes. 

É um caso parecido ao que ocorreu com o Google, em 2015. O conglomerado, formado por empresas como a Google Inc., Nest Labs e Calico, passou a se chamar Alphabet, em uma tentativa de não atrelar o nome Google a todos os seus braços.

O “rebranding”, que acontece em meio a uma crise de vazamento de documentos oficias da companhia, visa reforçar o metaverso, que consiste em experiências de imersão e realidade virtual. Entenda.

Por que o Facebook mudou de nome para Meta?

publicado originalmente em superinteressante