Teste do pezinho agora é ampliado

Através da Lei nº 14.154, todos os recém-nascidos do Brasil terão direito, de forma gratuita na rede pública, ao teste do pezinho capaz de investigar mais de 50 doenças raras. Antes, o exame abarcava apenas seis enfermidades.

“O teste ampliado estava disponível apenas para quem podia pagar, e acrescer algumas doenças era bem caro. Trazer essa triagem completa ao SUS garante uma maior equidade de diagnósticos, o que pode salvar muitas crianças”, afirma Braian Sousa, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Mas essa ampliação não vai ocorrer da noite para o dia, pois o rastreio de algumas dessas doenças exige tecnologia e pessoas treinadas. “Os recursos para uma triagem completa não estão disponíveis no Brasil inteiro, então o sistema vai precisar de alguns anos para se adaptar”, explica o médico.

Lei expande para 50 o número de doenças rastreadas pelo exame no SUS

Teste do pezinho agora é ampliado

publicado originalmente em Veja saúde

Missão de defesa planetária da NASA irá mudar rota de um asteroide

Há 66 milhões de anos, um asteroide do tamanho de uma cidade atingiu a Península de Yucatán, no México, desencadeando consequências ecológicas que levaram à extinção dos dinossauros. No futuro, seria possível que outro asteroide dessa proporção atingisse a Terra? 

É improvável. Hoje, há tecnologia suficiente para mapear ameaças que ultrapassam um quilômetro de largura. Na verdade, 90% destes asteroides já foram catalogados pela Nasa. O problema são os objetos celestes que se encontram em uma categoria intermediária: nem pequenos demais para serem queimados durante a passagem pela atmosfera terrestre e nem grandes o suficiente para serem notados pelos astrônomos. Falamos aqui de rochas entre 140 e 1.000 metros.

Sonda será lançada na próxima quarta-feira (24) e deverá colidir com objeto espacial daqui um ano. O asteroide não é uma ameaça para a Terra, mas os dados gerados pelo experimento devem ajudar em situações de emergência no futuro

Missão de defesa planetária da NASA irá mudar rota de um asteroide

publicado originalmente em superinteressante

Assista a “Repórter Eco | 21/11/2021” no YouTube

A atuação do SOS Mata Atlântica, contribuindo para a preservação de um dos mais importantes biomas brasileiros.

Notícias, novidades e muito verde.

Tudo isso e muito mais no Repórter Eco!

imagens do Pinterest

O elo entre infertilidade e depressão

Não é raro que o estresse e a angústia passem dos limites aceitáveis entre casais que lutam para ter um filho, evoluindo para quadros mais sérios como a depressão.

Uma revisão de estudos com dados de quase 10 mil mulheres com infertilidade atesta que 44% daquelas que moram em países de baixa e média renda, como o Brasil, são acometidas por sintomas depressivos — o índice entre nações desenvolvidas é 28%.

Isso reforça a necessidade de amparo médico e psicológico a pessoas que buscam tratamentos para engravidar.

“O correto entendimento pela equipe de reprodução assistida é fundamental para apoiar os pacientes, pois muitas vezes os transtornos mentais representam uma piora na adesão e na resposta ao longo do tratamento”, diz Eduardo Motta, médico e fundador da Huntington Medicina Reprodutiva.

Como enfrentar

Apoio psicológico é bem-vindo inclusive para conseguir engravidar

  • Suporte psicoemocional
    O acompanhamento de um psicólogo durante o tratamento da infertilidade ajuda a lidar com as tensões e aflições que ela é capaz de provocar tanto na mulher como no homem.
  • Fortalecimento do vínculo
    Amor, carinho e compreensão são os pilares para o casal superar o que se passa. O estado psicológico pode inclusive reverberar nos hormônios e influenciar as chances de engravidar.
  • Assistência especializada
    Estar na mão de uma equipe capacitada e especializada em reprodução assistida é decisivo para obter um tratamento adequado e entender possibilidades e limitações.
  • Consulta com psiquiatra
    Quando a depressão aparece, pode ser necessário contar com a visão e o apoio desse profissional, que avaliará a situação e receitará medicamentos apropriados para conter o transtorno.

A ciência crava uma íntima relação entre as duas condições. Como lidar?

O elo entre infertilidade e depressão

publicado originalmente em Veja saúde

Desmatamento na Amazônia aumenta 22% e atinge nível mais alto desde 2006

O desmatamento na maior floresta tropical da Terra subiu 22%, para o nível mais alto desde 2006, de acordo com dados oficiais divulgados hoje pelo governo brasileiro. Uma análise preliminar de dados de satélite pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil, INPE, mostra que 13.235 quilômetros quadrados (5.110 milhas quadradas) de floresta tropical foram […]

Desmatamento na Amazônia aumenta 22% e atinge nível mais alto desde 2006

publicado originalmente em blog do pedlowski

Conheça o chip com 2,6 trilhões de circuitos

O processador M1 Max, recentemente apresentado pela Apple, espantou pelo tamanho: tem 57 bilhões de transistores, ou seja, é dez vezes maior do que uma CPU comum (porque também tem uma GPU, “placa de vídeo”, dentro).

Mas o chip WSE2 (Wafer-Scale Engine 2), da empresa americana Cerebras, é ainda mais gigantesco: tem 2,6 trilhões de circuitos, distribuídos por 850 mil núcleos de processamento. Compare isso com as CPUs comuns, de 4, 8 ou 16 núcleos.

O Cerebras é 50 vezes maior do que qualquer outro processador – e promete um salto inédito de performance. Veja por quê.

Conheça o chip com 2,6 trilhões de circuitos

publicado originalmente em superinteressante

As maiores luas de Urano podem ter oceanos subterrâneos, indica estudo

As duas maiores luas de Urano, Titânia e Oberon, são tão geladas quanto o planeta que orbitam – com temperaturas na casa dos -200°C. Mas elas podem esconder oceanos líquidos abaixo da camada superficial de gelo, segundo um novo estudo publicado no periódico especializado Icarus.

Urano possui mais de 20 satélites naturais. Luas menores, que orbitam mais perto do planeta, obtêm a maior parte de seu calor interno a partir de um fenômeno conhecido como aquecimento de maré – em que o campo gravitacional de um planeta causa deformações e gera atrito no interior de seu satélite, produzindo calor.

Estudos anteriores já sugeriram que algumas dessas luas podem ter oceanos subterrâneos, mantidos líquidos por conta desse calor. Só que quanto mais longe do planeta, menos calor um satélite pode obter a partir desse fenômeno. 

O calor radioativo das luas Titânia e Oberon pode ser suficiente para manter oceanos líquidos profundos. Eles poderão ser detectados por missões futuras aos arredores do planeta.

As maiores luas de Urano podem ter oceanos subterrâneos, indica estudo

publicado originalmente em superinteressante

O fim do uso de máscaras ao ar livre – e as possíveis consequências disso

Sabe quando você está andando na rua e vê uma pessoa sem máscara, ou com ela pendurada no queixo, e fica horrorizado? Nas próximas semanas, vai ter cada vez mais gente sem máscara por aí. Inclusive você. A mudança começou no dia 28 de outubro, quando o Rio de Janeiro implantou uma lei dispensando o uso de máscara em locais abertos. Depois veio o Distrito Federal, onde a máscara deixou de ser obrigatória – ao ar livre, que fique claro – a partir de 3 de novembro.

Enquanto este texto era escrito, várias cidades e Estados brasileiros cogitavam medidas similares (em São Paulo, a liberação estava prevista para o começo de dezembro). A tendência é que, a partir das próximas semanas, passemos a só usar máscara em locais fechados. As autoridades dizem que tudo bem, pois a cobertura vacinal alcançou um nível razoável (na primeira semana de novembro, 54,8% dos brasileiros estavam totalmente imunizados) e os casos de Covid seguem em queda.

Elas estão deixando de ser obrigatórias em locais abertos. Isso pode gerar novos surtos de Covid no Brasil? Qual o risco individual envolvido na mudança? Veja as respostas.

O fim do uso de máscaras ao ar livre – e as possíveis consequências disso

publicado originalmente em superinteressante

Doença rara: a luta das crianças-borboleta por uma vida mais digna

Já foram catalogadas 8 mil doenças raras que afetam cerca de 3 milhões de pessoas no mundo. São distúrbios pouco conhecidos por muitos profissionais de saúde e, por isso, suas vítimas demoram a encontrar um diagnóstico. Entre esses males está a epidermólise bolhosa (EB), que atinge em cheio a qualidade e a expectativa de vida das crianças.

De origem genética, a doença faz com que a pele seja tão fina que ela é incapaz de suportar qualquer contato. Aí, surgem feridas pelo corpo todo. E essa característica também leva ao preconceito: por causa do aspecto na pele, muita gente acha que se trata de um problema transmissível.

“Os pacientes são chamados de crianças-borboleta, porque a pele é como a asa de um inseto”, explica Michele Migliavacca geneticista da GeneOne, empresa de genômica da Dasa. “E vão surgindo bolhas que viram ferimentos ao menor trauma”, acrescenta.

O Brasil tem pouco mais de mil pessoas pessoas diagnosticadas com o quadro, e outras 121 morreram nos últimos cinco anos. No mundo, são cerca de 500 mil acometidos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, boa parte dessas famílias não tem condições de bancar o tratamento, que custa, em média, R$ 40 mil por mês.

Apoio necessário

Ao ter contato com uma dessas histórias, Aline Teixeira da Silva foi em busca de conhecimento e descobriu que mais gente precisava de ajuda. Assim nasceu a ONG Jardim das Borboletas, no município de Calculé (BA).

Assim são conhecidos os pacientes com epidermólise bolhosa, doença que provoca lesões graves por toda a pele e as mucosas

Doença rara: a luta das crianças-borboleta por uma vida mais digna

publicado originalmente em Veja saúde

O remédio mais caro do mundo

Heitor nasceu prematuro, mas sem nada que chamasse a atenção dos médicos. Ficou na maternidade em João Pessoa alguns dias só para ganhar peso, e logo depois foi para casa. Numa consulta de rotina, porém, a pediatra notou que ele era muito paradinho, muito molinho. Não se movimentava bem. Os exames do pré-natal haviam sido normais, então a causa da hipotonia (falta de tônus muscular) era um mistério.

Seria uma reação aos remédios que a mãe tomava para a depressão pós-parto? Por via das dúvidas, a médica recomendou complementar a alimentação dele com fórmula (um tipo de leite em pó) e deixar Heitor pelo menos 24 horas no hospital em observação. Naquele mesmo dia, sem força para deglutir corretamente, o menino broncoaspirou (inalou) o leite. Teve de ser transferido para a UTI – de onde só saiu para outra, num hospital maior. E depois para mais uma. “Fomos migrando de hospital em hospital. Ao todo, Heitor ficou nove meses em UTI”, diz Hugo Moreira, pai do garoto.

Foi no meio dessa maratona que a família finalmente entendeu o que estava acontecendo. Heitor tem atrofia muscular espinhal (AME), uma doença genética rara, degenerativa e progressiva. Ela causa a perda dos neurônios motores, células do sistema nervoso que controlam o movimento dos músculos. Na ausência dessas células, os músculos se tornam cada vez mais fracos e atrofiam.

Com uma única dose, ele reverte a atrofia muscular espinhal, doença que afeta um a cada 10 mil bebês e mata em 90% dos casos. Mas a aplicação custa R$ 12 milhões. Entenda o mecanismo por trás dos remédios de preço estratosférico.

O remédio mais caro do mundo

publicado originalmente em superinteressante