Pesquisadores da UFSCar e da UFMT desenvolvem composto que inibe bactérias causadoras de doenças de pele

Tecnologia patenteada pode ter aplicação em gotas, spray, pó, pomada ou cápsulas Uma invenção desenvolvida por pesquisadores das universidades federais de São Carlos (UFSCar) e do Mato Grosso (UFMT) reúne elementos químicos que, combinados, se mostram eficazes para combater bactérias como as da espécie Staphylococcus aureus, causadoras de doenças de pele e com cepas cada vez […]

Pesquisadores da UFSCar e da UFMT desenvolvem composto que inibe bactérias causadoras de doenças de pele

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Cirurgia como saída para a enxaqueca?

Uma revisão publicada no periódico Annals of Surgery concluiu que um tipo de cirurgia pode ajudar a reduzir as crises de quem tem enxaquecacrônica. Só que o método, que descomprime nervos periféricos de regiões da cabeça e do pescoço, está longe de ser um consenso. “A maioria dos estudos que apontam benefícios foi feita sem um grupo placebo de controle, o que impede uma comparação justa. Além disso, a compressão não é a causa da enxaqueca, só mais um gatilho da dor, entre vários outros”, analisa o neurologista Marcelo Ciciarelli, presidente do Departamento Científico de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), entidade que não recomenda a operação. + Leia também:Chega de enxaqueca Há quem discorde. “Dizer que ela não funciona é ignorar dezenas de publicações de qualidade”, argumenta o cirurgião Paolo Rubez, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Dor sob controle… ou não?

O que as pesquisas falam sobre métodos utilizados por aí: Meditação: Estudos mostram que práticas meditativas têm valor, mas quando usadas de maneira complementar ao tratamento-padrão. Acupuntura: A mesma lógica: apostar nas agulhadas como coadjuvantes no tratamento pode reduzir o número de crises que surgem no mês. 

Novo estudo sugere benefícios, mas técnica ainda é controversa entre os especialistas

Cirurgia como saída para a enxaqueca?

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Medicamento inovador contra câncer de pulmão é aprovado pela Anvisa

Por Fabiana Schiavon

O tratamento contra o câncer está em constante evolução. Além da imunoterapia, que estimula o organismo do próprio paciente a combater o tumor, de tempos em tempos surgem medicamentos focados em determinadas alterações genéticas que contribuem com a doença. Nos últimos dias, por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a molécula sotorasibe, desenvolvida para atacar o câncer de pulmão não pequenas células. A droga é voltada especificamente a quem apresenta uma mutação no gene K-RAS G12C. “O K-RAS foi descoberto há 40 anos e, até agora, não havia nenhum tipo de terapia contra ele. E cerca de 13% dos casos de câncer de pulmão são ligados a uma mutação particularmente no K-RAS G12C”, observa o oncologista Alejandro Arancibia, diretor médico da Amgen Brasil. Pode parecer muito específico, mas o câncer de pulmão é tão comum que uma porcentagem pequena de pessoas com cada tipo genético já representa um grupo robusto.  Para ter ideia, o país teve cerca de 30 mil novos casos e 29 mil mortes pela doença em 2020, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). [abril-whatsapp][/abril-whatsapp] A função da molécula sotorasibe é aumentar a sobrevida do paciente. Ela será útil para quem já passou por alguma outra terapia e houve progresso. “O tratamento básico de qualquer tumor maligno pode envolver cirurgia, quimioterapia e imunoterapia. Após esses procedimentos, essa molécula vem para aumentar a sobrevida do indivíduo como uma solução menos invasiva”, resume o oncologista. O medicamento é tomado via oral. Lembrando que, até então, não existia um reforço assim para combater esse tipo de câncer. Daí o paciente acabava passando por novos ciclos de quimioterapia, por exemplo. + LEIA TAMBÉM: Anvisa aprova novo medicamento oral para câncer de pulmão avançado No estudo que avaliou os efeitos da molécula, os voluntários já haviam passado por mais de três tipos de tratamentos. Os resultados apontaram que eles ganharam uma sobrevida livre de progressão de 6,8 meses. Foram acompanhados pacientes em estágio avançado por mais de um ano, e o tempo mediano para a resposta ao medicamento girou em torno de 1,4 mês. “Eu me atrevo a dizer que quase todos os cânceres de pulmão são descobertos tardiamente. Há muitos anos, as pessoas morriam após seis meses de diagnóstico. A cada dia, aumentamos as chances de fazer a doença regredir”, analisa Arancibia. Parte das avaliações finais do medicamento envolveu 20 pacientes de câncer de pulmão do Sistema Único de Saúde (SUS). “Aguardamos mais algumas definições burocráticas, como a de preço, mas nosso objetivo é poder atender a saúde pública, já que a suplementar representa apenas 20% da população brasileira”, informa o médico. A mesma droga agora é estudada para combater outros tipos de tumores.

Esse tipo de tumor é o segundo mais incidente no país. Nova droga combate uma das mutações para a qual ainda não havia tratamento específico

Medicamento inovador contra câncer de pulmão é aprovado pela Anvisa

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Bipolaridade no espelho: as memórias de quem convive com a doença

Por Diogo Sponchiato

A americana Kay Redfield Jamison conhece em primeira pessoa o transtorno afetivo bipolar — ou transtorno maníaco-depressivo, nome que ela prefere e utiliza. Ela não só é uma psicoterapeuta que há décadas estuda e trata a condição como foi diagnosticada com ela na juventude. E tomou uma decisão corajosa e inusual no meio: relatar suas memórias e pontos de vista convivendo com a doença, marcada pela alternação entre episódios de mania e depressão. Em um dia, Kay estava eufórica viajando ou comprando dezenas de livros; logo depois, caía num estado de prostração e aventava o suicídio.

Na obra TAB: Transtorno Afetivo Bipolar – Memórias, da Somos Livros (clique para ver e comprar)., ela relembra sua resistência ao tratamento medicamentoso à base de lítio, os apuros e as vantagens que o transtorno lhe proporcionou e demonstra, com sua própria biografia, o papel da psicoterapia, dos remédios e do suporte social (ou mesmo o amor) no controle da bipolaridade.

TAB: Transtorno Afetivo Bipolar — Memórias Autora: Kay Redfield Jamison Editora: Somos Livros Páginas: 224

Por dentro do transtorno

  • Manifestações: o transtorno afetivo bipolar se caracteriza por momentos de mania e euforia intercalados com períodos depressivos. Também pode gerar surtos psicóticos.
  • Diagnóstico: leva em conta esses sintomas e o histórico familiar e de vida do paciente. Há um forte componente hereditário associado ao problema.
  • Tratamento: engloba medicações como o lítio, os anticonvulsivantes e os antidepressivos, sessões de psicoterapia e o suporte familiar e social.

Estudiosa e portadora do distúrbio, psicoterapeuta americana reflete sobre ele e suas vivências em livro recém-lançado no Brasil

Bipolaridade no espelho: as memórias de quem convive com a doença

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Leucemia: o que é, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Por Fabiana Schiavon

O que é a leucemia?

Primeiro, é preciso entender que quem fabrica as nossas células sanguíneas é a medula óssea. E esse tipo de câncer ocorre quando essa produção sai do controle, levando a uma quebra no equilíbrio especificamente dos glóbulos brancos no sangue. Existem diferentes versões de leucemia. Os grupos principais são divididos pela gravidade – crônica ou aguda – e pelos tipos de glóbulos brancos afetados – linfoides ou mieloides –, gerando as seguintes combinações: + Leucemia linfoide crônica (LLC), que costuma acometer gente com mais de 55 anos + Leucemia mieloide crônica (LMC), mais comum em adultos + Leucemia linfoide aguda (LLA), a versão mais prevalente em crianças, mas pode atingir adultos + Leucemia mieloide aguda (LMA), que pode ocorrer em crianças e adultos, mas é mais observada em idosos “A grosso modo, a divisão mais clássica é entre crônica e aguda, mas, hoje, há inúmeros subtipos que servem para guiar o médico rumo o tratamento mais eficaz”, esclarece Breno Gusmão, onco-hematologista e integrante do Comitê Médico da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale). [abril-whatsapp][/abril-whatsapp] O número de casos novos de leucemia esperados para o Brasil para cada ano do triênio 2020 – 2022 é de 5 920 em homens e de 4 890 em mulheres — valores que correspondem a um risco estimado de 5,67 casos novos a cada 100 mil homens, e 4,56 para cada 100 mil mulheres. A taxa de letalidade da doença é de 40%, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O que causa a leucemia?

Há uma lista de coisas que podem desencadear esse tipo de câncer, mas não existe uma relação de causa e efeito tão direta como ocorre com o tabagismo e o câncer de pulmão, por exemplo. Por falar em cigarro, vale pontuar que ele tem uma conexão com a leucemia mieloide aguda – inclusive, é o único fator que pode ser evitado. “Estar exposto ou manipular pesticidas, agrotóxicos, derivados do petróleo ou viver em zonas radioativas são causas mais frequentes da doença. Lembrando que esses níveis de toxicidade não chegam ao consumidor comum”, relata Gusmão. A doença não é hereditária, mas há casos de eventos genéticos, que são raros. E, infelizmente, o tratamento de outro tipo de câncer pode acabar prejudicando a produção de células sanguíneas. “A quimioterapia e radioterapia usam compostos químicos capazes de afetar o DNA de algumas células, gerando leucemias. É uma contradição, mas pode ocorrer”, informa o médico.

Quais são os sintomas da leucemia?

Infecções graves recorrentes, anemia, cansaço, palidez, falta de energia, hemorragia na gengiva, sangue na urina e hematomas pelo corpo são possíveis sinais da leucemia. “O sangue é formado por glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. Como a leucemia é uma doença do sangue, se uma das células não exercer a sua função adequada vai, rapidamente, interferir no trabalho da outra”, relata o médico. Entender esse caminho é importante para não chegar a confusões, como a de achar que a anemia pode evoluir para uma leucemia. Na verdade, é o contrário. Como citamos, a anemia pode ser um indício da leucemia. Principais sintomas

  • Palidez
  • Cansaço
  • Palpitação
  • Aumento de gânglios
  • Infecções persistentes ou recorrentes
  • Hematomas, manchas avermelhadas que não doem e sangramentos inexplicados
  • Aumento do baço e do fígado
  • Anemia
  • Fraqueza
  • Sangramentos nasais e nas gengivas
  • Gânglios inchados (na região do pescoço e nas axilas)
  • Febre
  • Sudorese noturna
  • Dores nos ossos e nas articulações
  • Perda de peso sem motivo aparente

Os sintomas no público infantil são semelhantes, mas, segundo levantamento da Abrale, nesses casos as queixas mais comuns são febre, cansaço excessivo, dor das juntas e hematomas.

No mês de combate a esse tipo de câncer, conheça suas origens e os tipos, além dos sintomas capazes de denunciar a doença

Leucemia: o que é, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

publicado originalmente em Veja saúde

Uso de extrato de ácaro doméstico alivia sintomas da dermatite atópica

Por Thais Manarini

Um tratamento com extrato de ácaro encontrado na poeira domiciliar se mostrou eficaz na redução de sinais e sintomas da dermatite atópica, doença inflamatória crônica que provoca coceira e lesões na pele.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) estudaram os efeitos da imunoterapia, aplicada em gotas sob a língua dos pacientes durante 18 meses.

Após esse período, a coceira e as lesões na pele diminuíram e, em alguns casos, quase desapareceram, sendo raros os efeitos colaterais – foram registradas apenas reações locais leves e transitórias.

O resultado do trabalho, apoiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology: in Practice.

A imunoterapia consiste na administração de vacinas produzidas com os próprios agentes causadores de alergia (alérgenos), em doses crescentes, a fim de reduzir a sensibilização e induzir tolerância na pessoa alérgica a substâncias como ácaros, polens e venenos de insetos.

+ Leia também: Poluição piora a dermatite atópica

O ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo – considerado padrão-ouro para avaliar a eficácia de fármacos – foi conduzido entre maio de 2018 e junho de 2020 na Unidade de Pesquisa Clínica do hospital da FMRP-USP.

Um grupo de 66 pacientes recebeu placebo ou imunoterapia sublingual com extrato de ácaro da poeira domiciliar três dias por semana durante 18 meses. Eles foram acompanhados pela médica Sarah Sella Langer, pós-graduanda na FMRP-USP e primeira autora do artigo.

Em estudo, extrato foi aplicado em gotas sob a língua dos pacientes; a coceira e as lesões na pele melhoraram

Uso de extrato de ácaro doméstico alivia sintomas da dermatite atópica

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Tire 7 dúvidas sobre isolamento e testagem por Covid-19

No terceiro ano de pandemia, estamos no pior estágio mundial em termos de contaminação. Isso acontece, em boa parte, por causa do surgimento de uma variante mais transmissível, a Ômicron. Felizmente, devido ao avanço da vacinação, a explosão de casos não foi acompanhada por uma alta nas taxas de mortes.

Diante dessa situação aparentemente menos grave, muitos países decidiram rever as recomendações de quarentena entre infectados pelo coronavírus. Foi o caso do Brasil.

No dia 10 de janeiro, o Ministério da Saúde atualizou a quantidade de dias de isolamento indicada para pessoas com casos leves e moderados de Covid-19.

Antes, o consenso era de que indivíduos com quadros sintomáticos e assintomáticos deveriam ficar isolados por 10 dias — em casos graves, muitas vezes eram necessários até 20 dias de afastamento. Mas, agora, o isolamento pode chegar somente a 5 dias, dependendo de sintomas e testagem.

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Basicamente, as novas diretrizes recomendam sair do isolamento em:

–> 5 dias: se a pessoa estiver assintomática no quinto dia após a detecção da doença (sem febre ou sintomas respiratórios nas 24 horas anteriores sem o uso de antitérmicos) e fizer um teste (antígeno ou PCR) com resultado negativo;

–> 7 dias: se não houver sintomas após sete dias de isolamento (isto é, febre ou sintomas respiratórios nas 24 horas anteriores sem o uso de antitérmicos) , é possível sair da quarentena sem a necessidade de realizar um teste;

–> 10 dias: se no sétimo dia ainda houver sintomas ou o teste der positivo, tem que prolongar o isolamento para 10 dias. Em caso de melhora (não apresentar febre ou sintomas respiratórios nas 24 horas anteriores sem o uso de antitérmicos), pode sair do isolamento ao final do décimo dia sem teste;

–> Mais de 10 dias: vale para pessoas que, ao final desse prazo, ainda estejam com sintomas. Os especialistas recomendam consultar um médico (pode ser por telemedicina), explicar o caso e pedir orientações.

Em meio à falta de testes e aumento de casos ou suspeita de Covid-19, o tempo de isolamento caiu, gerando confusão. Esclarecemos as principais questões

Tire 7 dúvidas sobre isolamento e testagem por Covid-19

publicado originalmente em Veja saúde

Remédio que combate alcoolismo pode ser opção para o tratamento de sepse

Uma nova estratégia para prevenir complicações associadas à sepse foi apresentada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e colaboradores em artigo publicado na revista Blood.

A proposta é inibir a ação de uma proteína chamada gasdermina D, o que os autores mostraram ser possível com um medicamento já aprovado para uso humano e originalmente indicado para combater a dependência de álcool: o dissulfiram.

O trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fapesp sediado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

“Já sabemos que a droga é segura, pois está em uso desde os anos 1950, e estamos propondo seu reposionamento para o tratamento da sepse. Vimos que funciona nos testes in vitro e em animais. Agora é necessário um ensaio clínico para avaliar sua eficácia em pacientes sépticos”, diz Camila Meirelles Silva, pós-doutoranda no CRID e primeira autora do artigo.

Popularmente conhecida como “infecção generalizada”, a sepse é, na verdade, uma inflamação sistêmica comumente desencadeada por uma infecção bacteriana que saiu de controle.

Estudos mostram o potencial da droga contra esse tipo de infecção generalizada. Hoje não há medicamento específico para a doença

Remédio que combate alcoolismo pode ser opção para o tratamento de sepse

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Afinal, como se proteger da micose de unha?

Seja no inverno ou no verão, a micose é algo que preocupa a todos. Porém, a chegada da estação mais quente do ano traz também as condições ideais para o desenvolvimento dos fungos, tornando as infecções ainda mais frequentes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, micose é uma infecção causada por fungos e que pode atingir a pele, as unhas e os cabelos.

A onicomicose (micose de unha) é um dos tipos mais frequentes. Nela, os fungos se alimentam da queratina, proteína que forma a maior parte das unhas. As dos pés são as mais afetadas, já que enfrentam ambientes úmidos, escuros e quentes mais facilmente do que as das mãos. Se não tratada, a unha se descola do leito e se torna mais espessa – também pode haver mudança em sua coloração e forma¹. Os fungos de uma unha infectada podem também se espalhar para meias e sapatos, infectando assim outras unhas e até a pele.

O verão está chegando e, com ele, as condições para o aparecimento de fungos nas unhas – causando a temida micose, que tem tratamento, mas possui prevenção

Afinal, como se proteger da micose de unha?

publicado originalmente em Veja saúde

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