Telescópio James Webb poderá (quase) enxergar o começo do Universo

Na manhã do último dia 25, o lançamento bem sucedido do Telescópio Espacial James Webb (JWST) marcou o início de uma das missões da Nasa mais esperadas das últimas décadas. Considerado o sucessor do Telescópio Espacial Hubble, lançado em 1990, o JWST promete transformar a forma como estudamos o Universo.

O James Webb será capaz de detectar radiação infravermelha que viajou no espaço por 13,6 bilhões de anos-luz. Assim, poderá investigar eventos que aconteceram logo após o Big Bang, há cerca de 13,8 bilhões de anos – observando como eram algumas das primeiras galáxias e estrelas.

Com o telescópio, os cientistas pretendem estudar como as galáxias e os sistemas planetários se formaram e evoluíram. Ele também poderá observar buracos negros, supernovas e todo tipo de objeto cósmico distante. Thomas Zurbuchen, da Diretoria de Missões Científicas da NASA, não descarta a possibilidade de encontrarmos eventos e objetos inesperados. “Sem dúvida, veremos surpresas… do tipo com que só podemos sonhar agora”, afirmou ao site The Verge.

O James Webb decolou a bordo de um foguete Ariane 5, da Agência Espacial Europeia (ESA), a partir de uma base espacial na Guiana Francesa. Com espelho principal de 6,5 metros de diâmetro, ele é o maior telescópio já lançado ao espaço – e grande demais para caber em um foguete. Por isso, ele viaja dobrado ao espaço e vai se desdobrando lentamente até atingir sua configuração final, quando estiver a 1,5 milhão de quilômetros de nós.

O novo telescópio espacial da Nasa, que foi lançado com sucesso no último dia 25, será capaz de detectar radiação infravermelha que viajou por 13,6 bilhões de anos-luz – e investigar eventos que aconteceram logo após o Big Bang, há cerca de 13,8 bilhões de anos

Telescópio James Webb poderá (quase) enxergar o começo do Universo

publicado originalmente em superinteressante

Telescópio espacial James Webb, da Nasa, deve ser lançado em dezembro

O Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, foi lançado três décadas atrás. Ele contribuiu e continua contribuindo para a astronomia, mas já não é o satélite mais moderno da agência. No dia 18 de dezembro, à bordo do foguete Ariane 5 da Agência Espacial Europeia (ESA), deve ir ao céu seu sucessor: o Telescópio Espacial James Webb (JWST), que promete enxergar mais longe do que o Hubble. 

O projeto do James Webb, que recebe o nome de um ex-administrador da Nasa, não é recente. Ele foi idealizado em 1996 e, desde então, recebeu um investimento de US$ 10 bilhões. A equipe por trás do novo observatório soma 1.200 pessoas, entre cientistas, técnicos e engenheiros de 14 países. 

Como será capaz de enxergar muito longe, o telescópio irá investigar eventos que aconteceram 13,6 bilhões de anos atrás, chegando à formação das primeiras estrelas e galáxias, que surgiram 100 a 250 milhões de anos após o Big Bang. A luz de objetos nessa parte distante do universo é desviada para o vermelho, sendo necessários telescópios infravermelhos para observá-los. O JSWT tem essa capacidade, enquanto o Hubble observa principalmente a luz ultravioleta e elemento

O novo observatório, que ficará localizado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, deve ajudar os astrônomos a compreender a formação das primeiras estrelas e galáxias do universo.

Telescópio espacial James Webb, da Nasa, deve ser lançado em dezembro

publicado originalmente em superinteressante