Pesquisa confirma que pterossauros tinham penas – e elas eram coloridas

Por Maria Clara Rossini

Por muito tempo os paleontólogos acreditaram que os dinossauros eram cobertos por escamas, como os lagartos atuais – basta jogar “dinossauro” no Google e olhar as ilustrações produzidas há alguns anos. O mesmo vale para os pterossauros (que, diga-se de passagem, não eram dinossauros, e sim uma outra ordem de répteis). 

Caso você não tenha acompanhado o noticiário jurássico nos últimos anos, saiba que hoje existem evidências de que alguns dinossauros eram cobertos por penas. Afinal, eles são ancestrais das aves atuais. Mas ainda havia poucos indícios fósseis que confirmassem que os pterossauros também tinham penas. Até agora.

Um fóssil encontrado no nordeste do Brasil revela a presença de penas e pigmentação nos répteis alados há 115 milhões de anos

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publicado em superinteressante

Fóssil “perfeito” de pterossauro brasileiro revela novas informações sobre a espécie

Um dos fósseis de pterossauro mais completos já encontrado é brasileiro. Desde 2016, pesquisadores do Brasil e Portugal estudam um espécime de Tupandactylus navigans, que viveu há 110 milhões de anos. Agora, o estudo que descreve e analisa o fóssil foi publicado no periódico PLOS One. O pterossauro ainda vem com uma história curiosa: ele quase foi contrabandeado para fora do país.

Tudo começou com uma operação policial em 2013, que pretendia enfrentar uma quadrilha internacional especializada em contrabando de fósseis e pedras semipreciosas. Os policiais impediram, no Porto de Santos (SP), a exportação ilegal de três mil peças, que provavelmente seriam vendidas para museus ou coleções particulares do exterior. Entre as peças, estavam rochas calcárias extraídas da Bacia do Araripe, na região Nordeste do Brasil. Elas possuíam restos mortais e impressões bem conservadas de seres vivos que habitaram o planeta há milhões de anos. Os itens foram entregues à Universidade de São Paulo (USP), que iniciaram a pesquisa com o fóssil três anos depois.

O Tupandactylus navigans seria contrabandeado em 2013, mas foi resgatado por uma operação da Polícia Federal. Pesquisadores estudam o fóssil desde 2016 – e descobriram características inéditas do animal.

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publicado originalmente em superinteressante

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