Evento de extinção matou 60% dos primatas na África há 34 milhões de anos

Um dos principais motores para a extinção de espécies são as mudanças climáticas. Atualmente, muitos animais encontram-se ameaçados graças ao aquecimento global intensificado pela ação humana. Mas há 34 milhões de anos, a Terra vivia uma transição climática contrária: estava passando de um período quente (chamado greenhouse) para um clima mais frio, o qual vivemos até hoje (chamado icehouse).

Foi uma mudança e tanto: ao longo de milhares de anos, a temperatura caiu cerca de 8ºC, o nível do mar diminuiu, e a Antártica ficou coberta de gelo. Dois terços dos animais da Europa e Ásia foram extintos no processo. Essa mudança climática marcou a transição do Eoceno (de 56 milhões a 34 milhões de anos) para o Oligoceno (de 34 a 23 milhões de anos atrás).

Os cientistas acreditavam que a África tivesse passado ilesa. Afinal, sua posição próxima ao equador poderia ter amenizado o frio. No entanto, um estudo realizado pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, mostrou um declínio de 63% nas populações de primatas, roedores e carnívoros. 

Os pesquisadores usaram centenas de fósseis de períodos distintos (da metade do Eoceno ao Oligoceno) para reconstruir a linha do tempo evolutiva de cinco grupo de mamíferos africanos: dois primatas (Strepsirrhini e Simiiformes), dois roedores (Anomaluridae e Hystricognathi) e um grupo de carnívoros extintos chamados “hienodontes” – que se alimentavam justamente de primatas e roedores.

A extinção também atingiu roedores e animais carnívoros. O evento foi causado pela transição climática do período greenhouse para o icehouse. Entenda

Evento de extinção matou 60% dos primatas na África há 34 milhões de anos

publicado originalmente em superinteressante

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