Que a justiça seja feita, que as verdades descortinadas em tantas sessões, por vezes tristes até doer a alma, possam servir ao menos para ajudar a punir tantas barbaridades que ficaram comprovadas na CPI.
Eu estava no dentista perto de casa, em São Paulo, quando recebi a fatídica ligação do meu irmão. “Ingrid, já comprei a passagem aérea. Você vem para Teresina amanhã. O papai foi internado.” Oi? Eu não queria acreditar no que estava acontecendo. O medo dominava completamente a minha razão.
A única coisa que consegui perguntar foi: “Mas se eu preciso ir significa que é grave?”. Ele hesitou: “Acho que a família precisa ficar unida nesse momento”. Desabei em lágrimas.
Uma semana antes desse dia, meu pai contou que estava com Covid-19 na ligação diária que realizávamos. Mas seu otimismo e alegria de sempre o faziam falar convicto de que ia vencer o vírus. Uns três dias depois da conversa por telefone, mamãe avisou que também tinha contraído a doença.
Entrei em desespero. Queria voar para Teresina naquele dia mesmo, mas papai não deixou, disse que eu correria risco e que era para ficar tranquila porque eles iam ficar bem. Me despedi reafirmando que estava com muito receio, afinal eles são a coisa mais importante da minha vida.
Depois de ouvir um “Eu te amo” dele, desliguei. Aquela foi a última vez que falei com meu pai.
Começo com a minha história porque perder alguém na pandemia é essencialmente traumático. A Covid-19 se demonstrou uma doença imprevisível, uma roleta-russa que nem a medicina sabia, a princípio, como desarmar. E não fui um caso isolado.
“As mortes por Covid-19 são completamente desestabilizadoras”, diz o psicólogo Rodrigo Luz, fundador do Instituto Pallium Brasil, que trabalha com suporte a pessoas em luto e cuidados paliativos.
“Os enlutados não chegavam antes com tantos sintomas de estresse pós-traumático, com tanta desorganização mental como agora. Vivemos o maior experimento psicológico do século, e os desafios se mostram ainda maiores”, interpreta.
Uma das consequências mais devastadoras da Covid-19 é o luto que tanta gente vivencia e vai se arrastar até depois do controle da doença. Entenda
A pandemia de covid-19 pode acelerar o processo de evolução da chamada resistência bacteriana. Isso acontece quando esses micro-organismos conseguem se adaptar e se tornar refratários ao tratamento com antibióticos, dando origem a bactérias mais difíceis de combater.
Consideradas um desafio para a medicina, as chamadas superbactérias já eram motivo de preocupação das principais organizações de saúde antes mesmo do Sars-CoV-2 se espalhar pelos seis continentes e infectar mais de 235 milhões de pessoas.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2019, a estimativa era de que, até 2050, cerca de 10 milhões de pessoas morreriam, a cada ano, por doenças resistentes a medicamentos. Agora, a previsão está sendo revista.
Crenças equivocadas e outros motivos promovem o consumo exagerado de antibióticos durante a pandemia, o que pode trazer outro problema de saúde pública
A pandemia de covid-19 tornou mais evidente a necessidade dos chamados sistemas de sentinela, que monitoram agentes patológicos a fim de evitar surtos ou mesmo prever futuras epidemias. Além de vírus como o Sars-CoV-2, porém, é fundamental monitorar também fungos e bactérias que ainda não possuem tratamentos eficazes e podem se espalhar. Esse foi o tema da 4ª Conferência Fapesp 60 anos, “Desafios à Saúde Global”.
“É muito importante termos sistemas de sentinela que permitam que uma pandemia, no início do seu surgimento, seja rapidamente detectada e combatida. Mas tudo isso requer uma interação, uma cooperação, que nem sempre são naturais”, destacou Luiz Eugênio Mello, diretor científico da Fapesp, durante a abertura do evento.
Cientistas alertam para os desafios de diagnosticar e combater agentes patológicos com o potencial de causar surtos de doenças infecciosas
Estou sinceramente esperando algo desta CPI… não é possível que esse “senhor” de sua equipe (?) continuem fazendo mil e uma falcatruas e fique por isso mesmo.
Um dos setores menos afetados pela crise da Covid-19 foi o dos pets: a área de cuidados, acessórios e alimentos, classificada como serviço essencial desde o princípio, cresceu 13,5% em 2020, segundo o Instituto Brasil Pet.
ONGs e protetores dos animais afirmam que a procura por adoção de cães e gatos teve um aumento de até 50% nos primeiros meses de pandemia. Mas, segundo a Ampara Animal, o abandono cresceu 61% entre junho de 2020 e março de 2021.
“Estamos passando por uma crise social e econômica enorme, e, conforme as pessoas perdem seu poder aquisitivo, quem paga o pato são os mais vulneráveis, os animais. Mas isso é crime! Eles não são descartáveis”, diz Rosângela Gebara, gerente de projetos da Ampara. “Caso não possam ficar com eles, os cidadãos precisam procurar uma alternativa humanitária para cumprir com a responsabilidade que assumiram”, completa.
ONGs e protetores dos animais alertam sobre a adoção por impulso
Vem aí um planeta mais inflamável, com longas secas e, nos intervalos entre elas, chuvas torrenciais que podem provocar enchentes e outros desastres. Com as dificuldades impostas pelo aquecimento global, o alimento custará (ainda mais) caro e o cenário será perfeito para a transmissão de vírus, bactérias e a piora de doenças respiratórias.
O intuito do texto não é ser alarmista sem necessidade: as projeções do último relatório do Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), divulgado recentemente, são mesmo dignas de preocupação.
O documento, resultado de um esforço de centenas de cientistas, que revisaram mais de 14 mil estudos, mostra que a atividade humana está aquecendo o planeta em ritmo acelerado. O aumento da termostato, causado pela emissão de poluentes, queima de combustíveis e outros fatores, como o desmatamento, já é, em parte, irreversível.
Último relatório do IPCC aponta que aquecimento global já é irreversível. Veja como isso impactará nossa vida nas próximas décadas
Muitos podem ter visto como uma grande derrota política de Jair Bolsonaro a perda da Copa América realizada do Brasil para a seleção argentina comandada por Lionel Messi, mas o presidente do Brasil acabou tendo consolo um reforço na sua aparente campanha de disseminação da COVID-19 em nosso país. É que a Copa América, o […]