Nobel de Física reconhece pioneiros no estudo das mudanças climáticas

Os físicos já conseguem prever o futuro. Desde que seja um futuro muito comportado, que se desenrole dentro de parâmetros cuidadosos. Pegue o lançamento de um foguete, por exemplo. Se um grande tubo de metal for impulsionado para cima com uma certa força, em um certo horário, em uma certa latitude, onde ele estará daqui alguns dias?

A maior parte das missões espaciais, tripuladas ou não, passa a maior parte do trajeto sem qualquer piloto, seja automático ou manual. A nave se move na direção desejada simplesmente porque os físicos calcularam que ela faria isso sozinha desde que fosse lançada do jeito ideal.

Mais complicado é prever o futuro de coisas caóticas, como as moléculas de gás que compõem a atmosfera da Terra. Não é à toa que a previsão do tempo não é 100% confiável.

Estamos falando de uma quantidade de partículas de oxigênio, nitrogênio e dióxido de carbono bem maior que o número de estrelas do Universo visível, interagindo umas com as outras para fazer chuva, vento, neve ou um céu azulzinho. Eis um exemplo típico do que se chama, em várias áreas das ciências naturais, de “sistema complexo”.

Prêmio homenageia paizões da área de sistemas complexos, um ramo pouquíssimo pop da física que está por trás da meteorologia e permite as simulações da atmosfera que embasam o relatório IPCC.

Nobel de Física reconhece pioneiros no estudo das mudanças climáticas

publicado originalmente em superinteressante

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