Cientistas descobrem que ave mumificada há 1,5 mil anos é um íbis-sagrado

Há mais de 200 anos, múmias de todo tipo chegam à Universidade Cornell (Estados Unidos) para integrar coleções de antropologia – mas nem todos os artefatos são imediatamente estudados. É o caso de um embrulho de linho armazenado dentro de uma caixa com o rótulo “múmia de falcão”.

A indicação está errada, e a múmia é, na verdade, um íbis sagrado. Foi o que descobriu Carol Anne Barsody, pesquisadora da universidade que recentemente começou a investigar o pacote misterioso usando várias tecnologias para espiar o que há por baixo dos panos sem danificar a múmia.

“Grande parte da arqueologia é destrutiva”, afirma Frederic Gleach, professor que ajudou Barsody em seu estudo. “Uma vez que você escavou algo, não há como ‘desescavar’. Depois de desembrulhar uma múmia, não há como montá-la novamente.”

Embrulho guardado em universidade americana não era o que se pensava; pesquisadores espiaram o interior da múmia misteriosa sem danificá-la. Confira.

Cientistas descobrem que ave mumificada há 1,5 mil anos é um íbis-sagrado

publicado em superinteressante

Tecnologia revela detalhes da múmia de Amenhotep I, de 3 mil anos de idade

Descoberta há 140 anos na região de Deir el-Bahari, no Egito, a múmia do faraó Amenhotep I é uma das poucas que não foram desembrulhadas em tempos recentes, para evitar o desgaste das bandagens e do corpo. Até hoje, ela continua preservada da maneira como foi encontrada, mas a tecnologia conseguiu revelar os mistérios do antigo monarca.

Um estudo publicado no periódico científico Frontiers in Medicine e liderado por Sahar Saleem, professora de radiologia na Universidade do Cairo, dá detalhes inéditos de Amenhotep. De acordo com uma técnica de varredura topográfica computadorizada, sabe-se que o faraó morreu aos 35 anos de idade. “Ele tinha aproximadamente 169 cm de altura, era circuncidado e tinha dentes em bom estado. Por baixo das bandagens, ele usava 30 amuletos e um cinto com contas de ouro”, escreveu a pesquisadora.

A tecnologia, que gera uma imagem em três dimensões, permite ver em detalhes como o processo de mumificação é eficaz em preservar cada osso do corpo do faraó. Não foi possível determinar a causa de sua morte, já que nenhum ferimento foi encontrado. Ele foi a ser enterrado com os braços cruzados sobre o peito e, curiosamente, não teve seu cérebro removido, uma prática comum.

Imagem em 3D mostrando o corpo preservado de Amenhotep I dentro do sarcófago

Pesquisa usou imagens em 3D para determinar idade, altura e até joias usadas pelo monarca

Tecnologia revela detalhes da múmia de Amenhotep I, de 3 mil anos de idade

publicado originalmente em Veja

Múmias com “línguas” de ouro são encontradas em tumbas de 2,5 mil anos no Egito

Em escavação no sítio arqueológico Oxyrhynchus, no Egito, arqueólogos espanhóis encontraram tumbas de 2,5 mil anos contendo restos mortais de duas pessoas com “línguas” de ouro. A descoberta, feita na província de Minya, foi anunciada pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito no último domingo (5).

No lugar das línguas das múmias, estavam artefatos feitos de folhas de ouro no formato no órgão. Esses amuletos eram utilizados por embalsamadores no Antigo Egito porque permitiam, segundo as crenças locais, que o falecido falasse com Osíris, deus do submundo, após a morte.

Segundo Esther Pons Mellado, pesquisadora da Universidade de Barcelona e uma das diretoras da missão arqueológica, objetos assim só foram encontrados anteriormente em escavações em Alexandria, também no Egito. (Você pode ler sobre essa descoberta nesta matéria da Super.)

As descobertas também são raras por outro motivo: é comum que arqueólogos se deparem com tumbas que já foram abertas por saqueadores. Mas esse não era o caso da tumba encontrada agora.

Artefato permitiria que o falecido se comunicasse com o deus Osíris no submundo. Escavação no sítio arqueológico Oxyrhynchus também encontrou uma tumba nunca aberta anteriormente.

Múmias com “línguas” de ouro são encontradas em tumbas de 2,5 mil anos no Egito

publicado originalmente em superinteressante

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