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Mudanças climáticas, escolhas e decisões…o futuro do planeta em jogo.

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Acordo entre mais de 100 países prevê zerar desmatamento global até 2030

Em um dos primeiros resultados significativos da COP26, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que começou no domingo (31), em Glasgow, representantes de mais de cem países assinaram um acordo com o objetivo de zerar o desmatamento global até 2030. Chamada de Forest Deal, a iniciativa tem apoio de vários países do mundo desenvolvido e a adesão de China e Brasil.

A negociação prevê o investimento de US$ 19,2 bilhões em recursos públicos e privados em ações de preservação de florestas, combate a incêndios, reflorestamento e proteção de territórios indígenas.

A adesão do Brasil é especialmente relevante, considerando que a maior parte da Amazônia, maior floresta tropical do planeta, está localizada em seu território. Também vale dizer que os termos do acordo contrastam com a política recente adotada pelo governo brasileiro, que afrouxou controles, fiscalização e punição de desmatamento ilegal.

De acordo com o embaixador brasileiro Paulino Franco de Carvalho Neto, que chefia as tratativas da delegação brasileira na COP26, a adesão traz uma “nova postura” do governo na área ambiental.

Dos US$ 19,2 bilhões destinados à proteção de florestas, algo como US$ 12 bilhões virão de 12 países, dentre os quais se destacam Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, França e Alemanha. Eles serão distribuídos para países em desenvolvimento entre 2021 e 2025. Há a expectativa de que o Brasil seja um destino importante dos recursos, ao lado de outros países com vastas florestas tropicais, como Indonésia e Congo.

Negociação prevê o investimento de US$ 19,2 bilhões. O Brasil faz parte da iniciativa, e deve receber uma parte considerável dos recursos.

Acordo entre mais de 100 países prevê zerar desmatamento global até 2030

publicado originalmente em superinteressante

COP26: Brasil lança suas metas para cortes de emissões de CO2

Nesta segunda-feira (1), durante a COP26, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que acontece em Glasgow, o Brasil apresentou sua nova meta de redução de emissão de gases-estufa. Ela agora prevê a neutralização das emissões de carbono até 2050 e um corte de 50% até 2030.

O anúncio foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e representou um avanço comparado ao que o governo federal havia anunciado antes, quando apresentou uma meta de reduzir as emissões em 43% até 2030. O presidente Jair Bolsonaro, que participou da conferência do G20 no último final de semana, optou por permanecer a passeio na Itália. Para a Cúpula do Clima, ele gravou um vídeo que precedeu a fala de Leite.

Mesmo com o avanço, não está claro que o país tenha de fato elevado suas ambições com relação ao que fora apresentado em 2015, quando aderiu ao Acordo de Paris. Na ocasião, o valor proposto para as reduções até 2030 era de 43%, mas com relação ao padrão de 2005, que era de 2,1 gigatoneladas anuais de CO2e (dióxido de carbono equivalente, uma forma de somar todos os gases emitidos numa unidade só, baseada no efeito atmosférico do CO2, o mais importante dos gases-estufa).

Só que, em dezembro de 2020, o governo brasileiro atualizou sua proposta, mantendo os 43%, mas levando em conta uma nova estimativa do nível de emissões em 2005, que passou a 2,8 gigatoneladas de CO2e.

Ou seja: na prática, o país prometia cortar a mesma quantidade, mas partindo de uma base maior, o que representava um aumento com relação à proposta firmada em Paris para 2030. Com a atualização de 43% sobre 2,1 gigatoneladas para 50% sobre 2,8 gigatoneladas, a ambição em termos de emissões ficou do mesmo tamanho. Reduz o que estava sendo chamado de “pedalada climática”, mas não amplia de fato a meta brasileira apresentada no Acordo de Paris – objetivo explícito da COP26.

Enquanto isso, Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, afirmou que o mundo “está cavando a própria cova”. Saiba o que rolou na conferência climática nesta segunda (1).

COP26: Brasil lança suas metas para cortes de emissões de CO2

publicado originalmente em superinteressante

O que esperar da COP26

Iniciou-se neste domingo (31) a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP26. O evento, sediado no Reino Unido, vai se estender por duas semanas, até o dia 12 de novembro. Chefes de Estado e delegações governamentais de 200 países se reúnem na cidade de Glasgow, na Escócia, com o objetivo de atualizar as metas para conter o aquecimento global e a crise climática.

Cerca de 25 mil pessoas são esperadas no evento, entre líderes mundiais, jornalistas e negociadores para as metas que virão a ser definidas. A conferência ocorre todos os anos desde 1995, mas essa edição é particularmente importante, já que marca o aniversário de cinco anos do Acordo de Paris, assinado por 196 países em 2015 (a COP26 deveria ter ocorrido em 2020, mas foi adiada devido à pandemia).

As expectativas para a COP estão altas: trata-se do primeiro encontro desde o lançamento do sexto relatório do IPCC, em agosto deste ano. O documento, que compilou dados de 14 mil estudos, apresenta cinco cenários possíveis (do mais otimista ao mais pessimista) para o aumento das temperaturas globais – e o que precisamos fazer para atingir cada um deles. Ou seja, se há um momento para discutir e decidir ações, é agora.

Começa a conferência climática mais importante dos últimos anos. Entenda por que ela é fundamental, e saiba o que vai acontecer por lá.

O que esperar da COP26

publicado originalmente em superinteressante

99,9% dos cientistas concordam que crise climática é causada por humanos, diz pesquisa

O consenso entre cientistas de que a ação humana é a principal responsável pelas mudanças climáticas está cada vez maior. É o que evidencia uma análise de quase 90 mil estudos feita recentemente: 99,9% dos especialistas em clima estão de acordo.

Segundo a pesquisa publicada hoje (19), o grau de certeza científica sobre o impacto humano sobre os gases do efeito estufa agora é semelhante ao nível de certeza sobre a evolução da vida terrestre ou sobre a existência e dinâmica das placas tectônicas.

“É realmente um caso encerrado. Não há ninguém significativo na comunidade científica que duvide que as mudanças climáticas são causadas por humanos”, disse Mark Lynas, autor principal do estudo, ao jornal The Guardian.

O estudo realizado pela Universidade Cornell (Estados Unidos) consiste em um esforço de reunião e revisão de 88.125 pesquisas sobre a crise climática, publicadas entre 2012 e novembro de 2020.

A revisão funcionou assim: os cientistas responsáveis buscaram os estudos por meio de um banco de dados chamado Web of Science. Eles filtraram pesquisas publicadas em língua inglesa no período determinado, a partir de palavras-chave referentes ao aquecimento global.

O consenso científico de que a ação humana é a principal responsável pelo aquecimento global está cada vez maior; de quase 90 mil estudos, apenas 28 são céticos quanto à questão.

99,9% dos cientistas concordam que crise climática é causada por humanos, diz pesquisa

publicado originalmente em superinteressante

O oceano está se aproximando

Aumento do nível do mar e excesso de sal: habitat perdido no rio Pangani, na Tanzânia Não é saudável, mas não há alternativa. O Pangani como fonte de água doce Por Federico Romano / Parallelozero, para o JugenWelt

O oceano está se aproximando

O nível do mar no Oceano Índico vem subindo há décadas, retirando água doce do rio e permitindo que a água salgada entre em aquíferos e poços. Agora, esse processo está se acelerando: um litro de água do rio pode conter até 2.000 miligramas de sólidos dissolvidos (TDS), enquanto o nível aceitável para água potável segura não deve ultrapassar 800 miligramas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Até o sabor é desagradável, mas os locais, principalmente os pescadores, bebem lentamente como um remédio ruim e perigoso. Cada vez com mais frequência, eles acabam em hospitais com problemas de desidratação devido às águas subterrâneas contaminadas.

O governo estabeleceu seus próprios parâmetros para definir a água doce, mas está incentivando os moradores a deixar a área e continuar morando no interior. Na cidade de Pangani e na região ribeirinha, o descontentamento e os conflitos crescem, porque no interior do país o pescador não consegue fazer o seu trabalho e os agricultores e pecuaristas também têm seus problemas com a água. Muitos deles simplesmente não têm dinheiro para se mudar, e os planos para proteger os poços da água salgada com a ajuda de barreiras ainda não estão totalmente desenvolvidos, pois os meios necessários parecem não estar disponíveis.

Na foz do rio Pangani, na Tanzânia, o aquecimento global é algo muito real: você pode literalmente […]

O oceano está se aproximando

publicado originalmente em blog do pedlowski

Nobel de Física reconhece pioneiros no estudo das mudanças climáticas

Os físicos já conseguem prever o futuro. Desde que seja um futuro muito comportado, que se desenrole dentro de parâmetros cuidadosos. Pegue o lançamento de um foguete, por exemplo. Se um grande tubo de metal for impulsionado para cima com uma certa força, em um certo horário, em uma certa latitude, onde ele estará daqui alguns dias?

A maior parte das missões espaciais, tripuladas ou não, passa a maior parte do trajeto sem qualquer piloto, seja automático ou manual. A nave se move na direção desejada simplesmente porque os físicos calcularam que ela faria isso sozinha desde que fosse lançada do jeito ideal.

Mais complicado é prever o futuro de coisas caóticas, como as moléculas de gás que compõem a atmosfera da Terra. Não é à toa que a previsão do tempo não é 100% confiável.

Estamos falando de uma quantidade de partículas de oxigênio, nitrogênio e dióxido de carbono bem maior que o número de estrelas do Universo visível, interagindo umas com as outras para fazer chuva, vento, neve ou um céu azulzinho. Eis um exemplo típico do que se chama, em várias áreas das ciências naturais, de “sistema complexo”.

Prêmio homenageia paizões da área de sistemas complexos, um ramo pouquíssimo pop da física que está por trás da meteorologia e permite as simulações da atmosfera que embasam o relatório IPCC.

Nobel de Física reconhece pioneiros no estudo das mudanças climáticas

publicado originalmente em superinteressante

Terra está perdendo seu “brilho” graças ao aquecimento global, aponta estudo

O termo “aquecimento global” não faz jus ao fenômeno climático,  porque ele não se resume à elevação da temperatura terrestre. O aquecimento global causa mudanças na dinâmica do planeta, como alterações na circulação atmosférica e intensificação de eventos climáticos extremos. E não para por aí.

As mudanças climáticas também estão diminuindo o “brilho” da Terra – ou a capacidade da superfície do planeta de refletir os raios solares, em vez de absorvê-los. É o que mostraram dados de quase duas décadas analisados em um novo estudo publicado no periódico Geophysical Research Letters.

A radiação solar que chega ao planeta pode ser absorvida ou refletida pelos gases do efeito estufa e pela superfície terrestre. A Terra reflete cerca de 30% da luz solar que incide sobre ela. Essa reflexão feita pelo solo e oceanos recebe nome de “albedo”.

Funciona assim: diferentes superfícies têm diferentes capacidades de absorção e reflexão dos raios solares. Camadas brancas de gelo nos polos do globo conseguem mandar bastante radiação de volta para o espaço, enquanto florestas e oceanos têm um albedo muito menor – e retêm mais calor. Um chão escuro de asfalto, por exemplo, fica bem quente porque absorve quantidade considerável dos raios solares.

Medições de satélite feitas entre 1998 e 2017 mostram que a Terra está refletindo menos radiação solar ao espaço – e contribuindo para o aumento de temperaturas no planeta

Terra está perdendo seu “brilho” graças ao aquecimento global, aponta estudo

publicado originalmente em superinteressante

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