
Cientistas descobriram o fóssil do maior pterossauro do período Jurássico de que se tem registro até o momento. Ele foi encontrado durante uma escavação na Ilha de Skye, na Escócia. O animal viveu há 170 milhões de anos e tinha envergadura de aproximadamente 2,5 metros.
O fóssil foi descrito em estudo publicado na revista Current Biology, recebeu o nome Dearc sgiathanach (“réptil alado”, em gaélico) e revela informações importantes sobre a evolução desses animais.
Acreditava-se que, antes de se tornarem monstros gigantes, os pterossauros tinham um tamanho reduzido – cerca de 1,6 metro de envergadura. Eles teriam permanecido pequenos nos períodos Triássico e Jurássico, até evoluírem para um tamanho maior no período Cretáceo – talvez impulsionados pela competição com as aves.
Mas o recém descoberto Dearc desafia essa hipótese. “[Ele] nos diz que os pterossauros ficaram maiores muito antes do que pensávamos, e isso é extremamente significativo”, afirma Steve Brusatte, professor da Universidade de Edimburgo (Escócia), em comunicado.

Representação artística do Dearc sgiathanach.
O fóssil também surpreendeu os cientistas por outros motivos. Pterossauros tinham ossos ocos e com paredes ósseas finas. Então, eram leves e adaptados para o voo, mas frágeis para se preservar por milhões de anos. Por sorte, Dearc está muito bem preservado.
“Cerca de 160 milhões de anos depois de sua morte, [o esqueleto] permanece em condições quase intocadas, articulado e quase completo”, afirma Natalia Jagielska, autora principal do estudo, em comunicado.
Confira a reconstrução do esqueleto na imagem abaixo, compartilhada por Steve Brusatte, que também é autor sênior do estudo. Apenas os ossos em azul não estão presentes no fóssil encontrado.
O animal viveu há 170 milhões de anos e tinha envergadura de aproximadamente 2,5 metros. Seu fóssil revela informações importantes sobre a evolução dos pterossauros.
Fóssil do maior pterossauro jurássico é encontrado na Escócia
publicado originalmente em superinteressante