Exercícios na praia são bem-vindos, mas é preciso se preparar

verão chegou, e quem faz esportes pode achar uma boa migrar sua prática preferida para a areia. Ioga, sequências de ginástica funcional, futebol, vôlei e o beach tennis estão entre as atividades da moda.

Mas é preciso estar preparado para o calor e a instabilidade do solo, que pedem mais preparo físico. E não importa a modalidade:  hidratação ao máximo, boa alimentação, protetor solar renovado a cada hora e roupas leves são dicas que devem ser levadas à risca.

A areia é a primeira mudança brusca, porque o chão firme nos ajuda a economizar energia.

“Pela lei de ação e reação, ao aplicar uma força no solo, a superfície firme nos propulsiona também. Na areia, essa função é substancialmente reduzida. Isso gera mudanças biomecânicas importantes”, explica Rodrigo Rodrigues, professor do curso de Educação Física do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG).

Com isso, gastamos mais calorias. “Para uma mesma velocidade de corrida, por exemplo, o gasto chega a ser cerca de 1,6 vezes maior na areia do que no solo firme”, compara o professor.

Trata-se, portanto, de um lugar propício a quem busca maiores desafios, já que a areia serve como “peso extra” para intensificar a atividade.

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Segundo Rodrigues, diversas vantagens têm sido apontadas em relação ao exercício na praia, como aumento de força, velocidade, potência e aptidão cardiorrespiratória.

“Por outro lado, o menor impacto gerado pela areia pode ser uma estratégia interessante para pessoas com lesões articulares e em programas de prevenção e reabilitação”, completa o especialista. Mas a intensidade nessas situações precisa ser dosada.

Beber bastante água, abusar do protetor solar e avaliar bem o horário e tipo de areia são algumas das atitudes essenciais

Exercícios na praia são bem-vindos, mas é preciso se preparar

publicado originalmente em Veja saúde

Faça um esporte e envelheça bem melhor

Um grande elenco de pesquisas já comprovou que a prática de atividade física eleva a qualidade e a expectativa de vida. Mas, em busca dos detalhes biológicos desses benefícios, cientistas da Universidade do Sul da Dinamarca foram olhar o que acontece no interior das células quando praticamos regularmente esportes como futebol e handebol.

E descobriram que o hábito interfere tanto no comprimento dos telômeros — as extremidades dos cromossomos, os pacotes que carregam os genes — quanto na função da mitocôndria, a usina de energia das células. Esse é o primeiro estudo do planeta a investigar esses efeitos, e, para tanto, os experts examinaram 129 mulheres saudáveis que praticavam esportes coletivos.

Voltando à bioquímica das coisas, sabe-se que os telômeros diminuem com o passar do tempo, o que atrapalha a renovação celular e acelera o envelhecimento e a exposição a doenças. Segundo Marie Hagman, uma das autoras do trabalho, as jogadoras de futebol acompanhadas tinham os telômeros 23% mais longos que os do grupo controle.

Em paralelo, a mitocôndria, a bateria da célula, também fica com a capacidade reduzida com o avançar da idade. Telômeros preservados e mitocôndrias carregadas estariam, assim, na base de uma longevidade saudável. Ponto para os esportes!

Estudo aponta que efeitos de modalidades como futebol são visíveis até dentro das células

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publicado originalmente em Veja saúde

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