Microfósseis de 4 bilhões de anos podem ser evidência mais antiga de vida na Terra

Cientistas acreditam ter em mãos a evidência mais antiga de vida na Terra. São de microfósseis de até 4,28 bilhões de anos, que indicariam a existência de bactérias por aqui apenas 300 milhões de anos após a formação do planeta.

Os supostos fósseis vêm do Cinturão de Rochas Verdes Nuvvuagittuq, um sítio geológico localizado em Quebec, no Canadá, que contém algumas das rochas mais antigas conhecidas na Terra – um bom lugar para cientistas procurarem por formas de vida primitivas.

O pesquisador Dominic Papineau, da University College of London (Inglaterra), coletou amostras dessas rochas em 2008 e publicou uma análise delas em 2017 junto com outros pesquisadores. Na época, eles já indicaram que os pedaços de pedra continham os antigos microfósseis (fósseis microscópicos), de idade estimada entre 3,75 e 4,28 bilhões de anos.

Agora, a equipe voltou a estudar as rochas canadenses em um novo estudo, publicado no periódico Science Advances. E o que eles descobriram foi uma estrutura muito maior e mais complexa do que as encontradas anteriormente.

Fósseis encontrados em amostras de rocha podem indicar a existência de bactérias apenas 300 milhões de anos após a formação do planeta.

Microfósseis de 4 bilhões de anos podem ser evidência mais antiga de vida na Terra

publicado em superinteressante

Crânio de 160 mil anos pode ter pertencido a um denisovano

Por Rafael Battaglia

Os denisovanos são uma espécie extinta de hominídeos, contemporâneos ao Homo sapiens e aos neandertais. O nome vem da caverna de Denisova, na Sibéria, onde, na década de 2000, saíram os primeiros indícios de sua existência.

Eles eram tão parecidos conosco que podíamos transar e produzir bebês viáveis. E, sim: esses cruzamentos deixaram vestígios em nosso genoma. No leste e sudeste da Ásia, por exemplo, 1% do DNA é de origem denisovana; nos nativos de Papua Nova Guiné, na Oceania, 6%.

Apesar disso, ainda sabemos pouco sobre os denisovanos. Até hoje, só cinco fósseis deles (e um híbrido) foram identificados por análises de DNA ou proteínas. Mas um novo candidato pode ter aparecido.

Recentemente, cientistas anunciaram a reconstrução do crânio de um indivíduo que viveu entre 160 e 200 mil anos atrás. O trabalho foi feito juntando três fragmentos de ossos que, até então, haviam sido estudados apenas separadamente.

O crânio (bem como o indivíduo a quem ele pertencia) foi chamado de Xujiayao 6. Xujiayao é o sítio arqueológico no norte da China de onde os tais fragmentos saíram. O local começou a ser escavado nos anos 1970. Desde então, 21 fósseis de 10 hominídeos foram encontrados. São pedaços de dentes, mandíbulas – e crânios.

A reconstrução do Xujiayao 6 (ou XJY 6) revelou que o cérebro do indivíduo tinha um volume entre 1.555 e 1.781 centímetros cúbicos. É um tamanho grande para a época, quando a média entre os hominídeos era de 1.200 cm3. É maior, inclusive, que a dos sapiens modernos.

Até hoje, há poucos fósseis desses primos perdidos do Homo sapiens. Mas um estudo chinês pode ter encontrado um novo vestígio.

Crânio de 160 mil anos pode ter pertencido a um denisovano

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Médico aposentado descobre nova espécie de dinossauro narigudo

Jeremy Lockwood é um clínico geral aposentado que decidiu se aventurar na paleontologia. O britânico, que faz PhD na Universidade de Portsmouth (Inglaterra), passou cerca de quatro anos desempacotando e catalogando ossos guardados nas coleções do Museu de História Natural de Londres e do Museu da Ilha dos Dinossauros, localizado na Ilha de Wight. Mas foi durante as restrições impostas pela pandemia que ele fez sua maior descoberta: uma espécie inédita de dinossauro. 

Por mais de um século, os cientistas acreditaram que havia apenas dois tipos de dinossauros iguanodontes na Ilha de Wight, o Iguanodon bernissartensis e o Mantellisaurus atherfieldensis, já que apenas estes haviam sido registrados na região. Iguanodonte é um gênero de dinossauro herbívoro e bípede que habitou a Terra há cerca de 126 milhões de anos.

Porém, enquanto estudava pedaços de crânio de um deles, Lockwood percebeu que ele tinha um osso nasal arredondado. Lembrava um “nariz de batata” – uma frente mais achatada com os lados mais abertos.

Como ex-médico e conhecedor da anatomia humana, Lockwood sabia que os ossos do Homo sapiens eram obrigatoriamente todos iguais – e que isso não seria diferente com os dinos. E acontece que o Mantellisaurus, espécie à qual o fóssil havia sido atribuído, possui o osso nasal mais reto.

O aposentado, que se propôs a medir e fotografar cada amostra estudada, percebeu ainda que o espécime não era apenas narigudo, mas também tinha um sorrisão: 28 dentes, enquanto o Mantellisaurus possuía 23 ou 24.

Estudante de paleontologia, ele percebeu a novidade ao catalogar fósseis atribuídos a uma outra espécie – e que estavam guardados desde 1978.

Médico aposentado descobre nova espécie de dinossauro narigudo

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Cérebros têm “impressão digital” que pode ser detectada em segundos, diz estudo

Para além dos minúsculos desenhos presentes nas pontas dos dedos, cada um de nós tem um padrão único da atividade do cérebro – uma “impressão digital” cerebral. E um estudo recente mostrou que ela pode ser identificada em apenas 100 segundos.

Esses padrões são conhecidos como conectomas – um mapa neural de um indivíduo. São obtidos principalmente por meio de exames de ressonância magnética, que observam o cérebro de alguém durante um intervalo de tempo. A partir disso, os cientistas geram gráficos coloridos que representam a atividade cerebral – e mudam de acordo com a atividade que o sujeito está fazendo e quais partes do cérebro estão sendo usadas durante a ressonância.

Enrico Amico, autor principal do novo estudo, afirma: “Minha pesquisa examina redes e conexões dentro do cérebro, a fim de obter uma maior percepção de como as coisas funcionam. E todas as informações que precisamos estão nesses gráficos”.

As impressões são gráficos coloridos que representam a atividade cerebral de um indivíduo.

Esses mapas neurais podem identificar indivíduos e normalmente são obtidos a partir de um processo demorado. No estudo, Amico e seus colegas quiseram entender como diferentes escalas de tempo poderiam influenciar na geração das impressões. “Queríamos descobrir qual é o tempo mínimo necessário [de ressonância] para obter um conectoma confiável”, explica o pesquisador.

A equipe analisou dados de imagens cerebrais de 100 pessoas e descobriu que é possível criar conectomas em 1 minuto e 40 segundos – identificando corretamente seus donos em cerca de 95% das vezes.

O órgão de cada pessoa tem padrões únicos de atividade, que podem ser identificados por um exame de ressonância magnética. Veja como.

Cérebros têm “impressão digital” que pode ser detectada em segundos, diz estudo

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Humanos já usavam tabaco há 12 mil anos, sugere estudo

Dentre todas as drogas conhecidas hoje, o tabaco é a que teve o maior impacto social e econômico na história da humanidade. Ele desempenhou papéis sagrados e medicinais entre os antigos maias, sendo também usado por grupos indígenas americanos. Quando os europeus chegaram à América, eles utilizaram a planta para impulsionar a economia colonial e permitir a expansão ocidental no chamado Novo Mundo.

Contudo, não se sabe ao certo como ou quando a planta chegou na América do Norte. Os cientistas acreditavam que o consumo de tabaco no continente havia começado cerca de 3 mil anos atrás. A conclusão é baseada em vestígios de nicotina encontrados em um cachimbo de cerâmica no Alabama.

Mas a história parece ser bem mais antiga: novas evidências publicadas na revista científica Nature Human Behavior na última segunda (11) sugerem que já se consumia tabaco há, pelo menos, 12 mil anos – 9 mil anos antes do que se supunha até então.

Sementes carbonizadas encontradas em uma antiga lareira nos EUA podem ser o indício mais antigo de uso da planta.

Humanos já usavam tabaco há 12 mil anos, sugere estudo

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Cientistas descobrem dinossauro parente do T. Rex – do tamanho de uma galinha

Há 200 milhões de anos, um dinossauro do tamanho de uma galinha habitava o que conhecemos hoje como País de Gales. Apesar de parecer pouco ameaçador, o animal era carnívoro e estava no topo da cadeia alimentar. O Pendraig milnerae, como foi batizado, era um terópode típico, que andava sobre duas pernas como seus primos T. Rex e Velociraptor. A única diferença é que ele habitou a Terra bem antes de seus parentes.

Sua história começou no Período Triássico Superior (período que vai de 237 a 201 milhões de anos atrás). Ele foi descoberto por pesquisadores do Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido. A descrição completa do réptil foi publicada nesta quarta-feira (6) na revista Royal Society Open Science.

Para começar a conhecê-lo, vale entender a história por trás de seu nome: Pendraig milnerae. Pendraig significa “dragão chefe” – uma referência à posição de predador diante dos outros animais na época em que viveu. Milnerae, por sua vez, é uma homenagem à paleontóloga Angela Milner, que faleceu em agosto deste ano e teve grande importância para a descrição da espécie.

Fósseis encontrados no País de Gales sugerem que o terópode passou por um processo evolutivo conhecido como nanismo insular. Entenda.

Cientistas descobrem dinossauro parente do T. Rex – do tamanho de uma galinha

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Antes do T. Rex, este dinossauro estava no topo da cadeia alimentar

O Tiranossauro Rex nem sempre foi o rei dos dinossauros. Na verdade, durante a maior parte da existência dos dinossauros, ele nem estava lá (os primeiros dinos surgiram há 230 milhões de anos, e o T. Rex só apareceu há 70 milhões de anos). Antes dele, um dos répteis que botava medo dos outros bichos era o Ulughbegsaurus uzbekistanensis, uma espécie de ​​carcarodontossauro descrita recentemente.

Carcharodontosaurus é um gênero de dinossauro que viveu há cerca de 100 milhões de anos. O nome vem do latim e significa “lagarto com dente de tubarão”, justamente pelos dentes afiados característicos desses animais. Ele andava nas duas patas traseiras e tinha braços curtinhos. Os tiranossauros já existiam nessa época, mas eram bem menores quando comparados aos carcarodontossauros ou mesmo ao T. Rex, que surgiu depois.

O Ulughbegsaurus uzbekistanensis era duas vezes maior que os tiranossauros da sua época. Sua extinção abriu espaço para que a concorrência aumentasse de tamanho.

Antes do T. Rex, este dinossauro estava no topo da cadeia alimentar

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Sensor mede pressão dentro da cabeça sem furo nem dor

A vivência e o inconformismo do físico Sérgio Mascarenhas (1928-2021) diante de um distúrbio que elevou sua pressão intracraniana foram o ponto de partida do que pode ser uma revolução na medicina. O professor rompeu um paradigma da neurociência — o de que o crânio é totalmente rígido — e lançou as sementes para a criação de uma tecnologia não invasiva capaz de inferir o volume e a pressão dentro da cabeça.

Antes do sensor, desenvolvido pela startup brain4care, a única forma de acessar esses dados era com um procedimento que fura o crânio. O novo dispositivo consegue flagrar, por meio de ondas específicas, alterações até mais sutis que sinalizam problemas.

“Hoje já visualizamos 20 diferentes aplicações para a tecnologia”, conta Plinio Targa, CEO da Brain4care. Além de desordens neurológicas como hidrocefalia e AVC, o sensor é estudado em contextos como anestesia e doenças cardíacas.

Uso da tecnologia, criada no Brasil, não será restrito a doenças neurológicas

Sensor mede pressão dentro da cabeça sem furo nem dor

publicado originalmente em Veja saúde

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