Moradores e turistas do balneário de Alter do Chão, localizado em Santarém, veem crescimento da mineração como causa do fenômeno Fonte: Garimpo ilegal: barro escurece águas do ‘Caribe Amazônico’ em Alter do Chão – Rede Brasil Atual Garimpo ilegal: barro escurece águas do ‘Caribe Amazônico’ em Alter do Chão — Brasdangola Blogue
Cientistas brasileiros e portugueses descobriram que um tipo agressivo de leucemia linfoide aguda (LLA), câncer mais comum em crianças, é provocado em parte por uma mutação no gene que produz uma proteína ligada à imunidade (IL-7R). “A partir de um modelo animal desenvolvido no Brasil, observamos que a ativação contínua da função da proteína IL-7R, mesmo que em níveis fisiológicos, desencadeia a proliferação exagerada de leucócitos (glóbulos brancos) da família dos linfócitos, originando a leucemia aguda grave”, diz José Andrés Yunes, pesquisador do Centro Infantil Boldrini e autor do estudo publicado nesta terça-feira 14, na revista Nature. “O achado é importante, pois tendo um maior entendimento no nível molecular da doença e suas causas genéticas, é possível propor novos tratamentos, principalmente para os casos de recidiva ou em que o tratamento convencional não funciona”, acrescenta.
Realizado por pesquisadores do Centro Infantil Boldrini (Brasil) e do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM), de Portugal – com auxílio de pesquisa concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa em parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), de Portugal – a pesquisa mostra que a mutação no gene que codifica a proteína pode ainda estimular novas alterações em outros genes, fazendo com que a leucemia avance. “A mutação da IL-7R não é suficiente para originar a leucemia. Existem outros genes que também estão envolvidos na doença. Para que a leucemia ocorra são necessárias outras mutações, que colaborem com a IL-7R para interromper o programa de diferenciação celular e fazer com que as células continuem proliferando de maneira exagerada e sobrevivendo”, esclarece o pesquisador.
Publicados na edição da revista científica Nature, os achados ajudarão a formular novas terapias para um dos tipos mais agressivos da doença
O Brasil passou pelo seu pior período de chuvas em 2021, levando o país a enfrentar a crise hídrica mais intensa em nove décadas. A diminuição do nível dos reservatórios das hidrelétricas, que corresponde por 70% da matriz energética brasileira, impactou o setor de geração de energia. Em meio à escassez da oferta e ao encarecimento do serviço, vem crescendo a procura por energia solar, mas esse sistema também está em perigo. Empresas do setor alertam que a crise global de suprimentos já chegou aos equipamentos usados para a geração de energia solar. Se as cadeias de produção não voltarem ao equilíbrio no próximo ano, tudo indica que pode causar até a faltar dessa fonte de energia. Os projetos em andamento não serão concluídos e novos não poderão sequer ser iniciados.
As fabricantes desses equipamentos enfrentam um desabastecimento de painéis fotovoltaicos. O mercado brasileiro é atendido majoritariamente pela China — tanto pela indústria local, quanto pelas empresas europeias e americanas de painéis que estão baseadas no país asiático, aproveitando um momento em que os chineses passaram a assumir um forte comprometimento com as questões ambientais, reduzindo a produção de suas fábricas abastecidas a carvão. Como consequência, os principais fabricantes do país têm retido grande parte da produção de painéis para o mercado interno para auxiliar a transição energética que acontece por lá.
O problema adiciona mais um sobrecarga sobre os desequilíbrios na oferta e demanda causados pela pandemia, que vem gerando imensos gargalos na produção e na logística, com portos abarrotados e aumento de 30 a 40 dias para o transporte da mercadoria. O cenário tem gerado desabastecimento em diversos setores, inclusive na indústria de energia solar. “Um dos pontos chaves de sucesso desse mercado é ter a cadeia de suprimentos bem estruturada e planejada, mas atualmente a dificuldade é ter isso sob controle”, diz Alexandre Sathler, gestor de planejamento estratégico e inteligência de mercado da Cordeiro Soluções em Energia.
Adicionado a isso, a indústria também tem enfrentado outro desafio: a escassez do silício, principal matéria-prima para a fabricação dos painéis, que já fez aumentar em 20% o preço da energia solar. “O mercado passa por vários desafios, que estão na oferta”, diz Sathler.
Indústria está à beira de um colapso com desequilíbrios na oferta, aliados à alta demanda requerida pela transição energética
As pinceladas marcantes de Van Gogh, um dos mestres do pós-impressionismo, sempre foram capazes de transportar os apreciadores de suas obras-primas para um universo onírico e deslumbrante. A partir de 17 março, no estacionamento do shopping Morumbi, em São Paulo, essas imagens ganharão uma nova dimensão na exposição imersiva Beyond Van Gogh, uma instalação com 2 000 metros quadrados com projeções de vídeo feitas para criar uma viagem sensorial por cerca de 300 obras-primas do pintor holandês. Em julho, a exposição vai para o ParkShopping, em Brasília.
Ironicamente, a exposição, que já passou por diversas cidades dos Estados Unidos, pelo Canadá, Chile e Porto Rico, e foi vista por 10 milhões de pessoas, não conta com nenhum quadro original. O objetivo, segundo os organizadores, é “emoldurar o público” com as projeções da obra, dando ao visitante a sensação de estar no mundo criado por Van Gogh.
As projeções, que vão do chão ao teto, são acompanhadas por uma trilha sonora contemporânea. Dentre as obras-primas do pintor, estão seus famosos autorretratos, além de Quarto em Arles (1888), Noite Estrelada (1889), Lírios (1889), Os Girassóis (1889), Terraço do Café na Praça do Fórum (1888) e o Campo de Trigo com Corvos (1890), entre muitas outras. A sensação é que os elementos clássicos do pintor irrompem em meio ao público como ganhassem vida.
Com previsão de estreia para março, em São Paulo, exposição ‘Beyond Van Gogh’ projetará sobre o público cerca de 300 obras-primas do pintor
Nesta segunda-feira (1), durante a COP26, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que acontece em Glasgow, o Brasil apresentou sua nova meta de redução de emissão de gases-estufa. Ela agora prevê a neutralização das emissões de carbono até 2050 e um corte de 50% até 2030.
O anúncio foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e representou um avanço comparado ao que o governo federal havia anunciado antes, quando apresentou uma meta de reduzir as emissões em 43% até 2030. O presidente Jair Bolsonaro, que participou da conferência do G20 no último final de semana, optou por permanecer a passeio na Itália. Para a Cúpula do Clima, ele gravou um vídeo que precedeu a fala de Leite.
Mesmo com o avanço, não está claro que o país tenha de fato elevado suas ambições com relação ao que fora apresentado em 2015, quando aderiu ao Acordo de Paris. Na ocasião, o valor proposto para as reduções até 2030 era de 43%, mas com relação ao padrão de 2005, que era de 2,1 gigatoneladas anuais de CO2e (dióxido de carbono equivalente, uma forma de somar todos os gases emitidos numa unidade só, baseada no efeito atmosférico do CO2, o mais importante dos gases-estufa).
Só que, em dezembro de 2020, o governo brasileiro atualizou sua proposta, mantendo os 43%, mas levando em conta uma nova estimativa do nível de emissões em 2005, que passou a 2,8 gigatoneladas de CO2e.
Ou seja: na prática, o país prometia cortar a mesma quantidade, mas partindo de uma base maior, o que representava um aumento com relação à proposta firmada em Paris para 2030. Com a atualização de 43% sobre 2,1 gigatoneladas para 50% sobre 2,8 gigatoneladas, a ambição em termos de emissões ficou do mesmo tamanho. Reduz o que estava sendo chamado de “pedalada climática”, mas não amplia de fato a meta brasileira apresentada no Acordo de Paris – objetivo explícito da COP26.
Enquanto isso, Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, afirmou que o mundo “está cavando a própria cova”. Saiba o que rolou na conferência climática nesta segunda (1).
Que a justiça seja feita, que as verdades descortinadas em tantas sessões, por vezes tristes até doer a alma, possam servir ao menos para ajudar a punir tantas barbaridades que ficaram comprovadas na CPI.