Blue Origin pretende construir nova estação espacial

Nesta segunda-feira (25), a Blue Origin, empresa de Jeff Bezos, anunciou seus planos de construir uma nova estação espacial: a Orbital Reef. Outras instituições privadas, como a Sierra Space e a Boeing, também estão envolvidas no projeto, que deve ser entregue até 2030. O fim da década marcará também a possível aposentadoria da Estação Espacial Internacional (ISS), que no auge de seus vinte e poucos anos já vem apresentando problemas técnicos. 

É possível que a Nasa entre com dinheiro em algum momento, mas os empresários envolvidos não querem se prender à possibilidade. Por enquanto, todo o financiamento virá da iniciativa privada, com cada uma das empresas sendo responsável por um segmento: a Blue Origin, por exemplo, fornecerá seu foguete New Glenn para levar os primeiros equipamentos da estação ao espaço. Enquanto isso, a Sierra Space cuidará das habitações e também do transporte de astronautas. A última função também deve ser executada pela Boeing. 

Também estão envolvidas as empresas Redwire Space, Genesis Engineering Solutions e a Universidade Estadual do Arizona. Enquanto as duas primeiras cuidam do envio de material e excursões turísticas, a instituição de ensino estará envolvida na parte de consultoria de pesquisa. 

A empresa de Jeff Bezos, em parceria com outras instituições privadas, tem planos de colocar o módulo em órbita até 2030. A estação poderá substituir a ISS.

Blue Origin pretende construir nova estação espacial

publicado originalmente em superinteressante

Fortunas astronômicas: o que é fato e o que é ficção na corrida do turismo espacial

Primeiro, vem a luz. Estamos acostumados a ver o céu clareando ao longo de algumas horas, conforme o Sol nasce. Mas o lançamento de um foguete torna esse processo instantâneo. Quase bíblico. O fogo faz a noite virar dia em meio a um silêncio absoluto.

Sim: silêncio. Depois de acompanhar tantos foguetes subirem no YouTube, é chocante assistir presencialmente a um lançamento em Cabo Canaveral, na Flórida – e descobrir que ele começa mudo. Por questões óbvias de segurança, a área reservada ao público fica a exatos 6,27 km do Falcon 9 da SpaceX, o primeiro veículo reutilizável capaz de pôr pessoas na órbita da Terra. Dessa distância, o som dos motores chega após 18 segundos.

Com o ruído, vem o tremor. Ele balança a arquibancada, faz o peito vibrar e dá uma leve dor de cabeça – que também é culpa da ansiedade de ver quatro humanos acelerando até 28 mil km/h. São passageiros diferentes: turistas, sem associação com agências espaciais ou Forças Armadas de qualquer país. O dia 15 de setembro de 2021 marca a primeira vez na história que uma tripulação sem nenhum astronauta profissional entrou na órbita da Terra.

Entre 2001 e 2009, o espaço recebeu um bilionário por ano – número que deve quintuplicar em 2021. Fomos ao lançamento da Inspiration 4 no Kennedy Space Center para entender o que é real, o que é utopia e o que é marketing na corrida pelo turismo espacial privado.

Fortunas astronômicas: o que é fato e o que é ficção na corrida do turismo espacial

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Funcionários da Blue Origin expressam preocupação com segurança dos veículos

Na manhã desta quarta-feira (13), a Blue Origin, empresa de Jeff Bezos, realizou seu segundo voo tripulado. Quatro pessoas estavam a bordo da cápsula New Shepard, que partiu às 11h50 (horário de Brasília) de uma base no Texas. A viagem durou cerca de dez minutos e proporcionou aos viajantes a sensação de gravidade zero por quatro minutos. William Shatner, que interpreta o Capitão Kirk no filme Star Trek (Jornada nas Estrelas), estava entre os tripulantes. Com 90 anos, o artista se tornou a pessoa mais velha a ir ao espaço.

No dia 30 de setembro, um grupo de 21 funcionários e ex-funcionários da Blue Origin divulgaram uma carta, publicada no site de denúncias Lioness, expressando preocupação com a segurança dos veículos da empresa. O documento também foi enviado à Administração Federal de Aviação americana (FAA), que regula os aspectos da aviação civil e transporte espacial nos EUA.

21 atuais e ex-empregados da empresa espacial de Jeff Bezos publicam carta afirmando que há mais de 1.000 documentos relatando problemas nos foguetes – mas eles são ignorados para manter ritmo rápido de lançamentos.

Funcionários da Blue Origin expressam preocupação com segurança dos veículos

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