Abelhas e borboletas estão em declínio no Brasil, mostra levantamento

Insetos geralmente não são protagonistas de campanhas de conservação ambiental – e você pode achá-los feios e nojentos. Mas eles também precisam ser protegidos: são parte importante dos ecossistemas e polinizadores exclusivos de muitas culturas agrícolas. E estão em declínio, aqui no Brasil.

Foi o que observou um levantamento feito por pesquisadores da Unicamp (SP) e das universidades federais de São Carlos (SP) e do Rio Grande do Sul. Eles reuniram 75 casos sobre abundância e biodiversidade de insetos, registrados anteriormente por outros cientistas. E descobriram que a maioria aponta para uma redução desses animais.

A lista de insetos do levantamento inclui aquáticos (como as libélulas) e terrestres (como abelhas, vespas, formigas, borboletas e besouros). As informações foram obtidas em 45 estudos – a maioria na Mata Atlântica, nenhum no Pantanal e na Caatinga – e a partir de conversas com outros 156 pesquisadores, que responderam questionários e contribuíram com suas experiências.

O levantamento consultou 45 estudos e 156 pesquisadores. A maioria das tendências observadas, entre insetos terrestres, aponta para uma redução.

Abelhas e borboletas estão em declínio no Brasil, mostra levantamento

publicado em superinteressante

Dança das abelhas é aplicada na comunicação entre robôs

Abelhas têm um tipo de comunicação peculiar. Para avisar as companheiras de colmeia sobre a localização das flores com mais néctar, elas executam uma espécie de dança.

Funciona assim: a abelha se remexe a partir de um ponto, desenhando uma espécie de semicírculo. Em seguida, percorre de novo o mesmo trecho reto e volta em outro semicírculo, mas desta vez pelo lado oposto. Observando o gingado da colega, as outras operárias sabem dizer a distância, a direção e até a qualidade da fonte de alimento anunciada.

Essa linguagem despertou o interesse de pesquisadores da área da robótica, que se inspiraram na técnica para criar um novo tipo de comunicação entre máquinas.

Um primeiro robô traça uma forma no chão e, assim como nos insetos, a orientação da forma e o tempo para desenhá-la informam a um segundo robô a direção e a distância. A técnica pode ser usada em situações em que o trabalho do robô é necessário, mas as comunicações tradicionais por rede não são tão viáveis, como em uma zona de desastre ou no espaço.

Com base nessa comunicação entre os insetos, os robôs entendem a direção e distância do objetivo – e acertam em 90% das vezes.

Dança das abelhas é aplicada na comunicação entre robôs

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Abelhas usam distanciamento social para conter infecção na colmeia

Um ácaro chamado Varroa destructor é uma grande ameaça para as abelhas. Ele é um ectoparasita, que enfraquece esses insetos aderindo aos seus corpos – e pode infestar e dizimar colônias inteiras. Agora, um estudo mostrou que as abelhas europeias – Apis mellifera, aquelas de corpo preto e amarelo – recorrem ao distanciamento social quando a colmeia está sob ameaça do ácaro, mudando a maneira como utilizam o espaço e interagem umas com as outras. A pesquisa foi publicada na revista Science Advances.

Uma colônia de abelhas se divide em grupos. Além da abelha rainha e dos zangões, responsáveis pela reprodução na colmeia, existem as operárias. Estas, como o nome indica, trabalham em atividades fundamentais para o funcionamento da colmeia – o que varia conforme sua idade. As operárias forrageiras, por exemplo, são as abelhas mais velhas e coletam pólen, néctar e água para a colônia.

Os pesquisadores do novo estudo examinaram, a partir de vídeos, o comportamento de abelhas em colmeias que foram infectadas pelo Varroa destructor. Eles perceberam que, em colônias infectadas pelo ácaro, as abelhas forrageiras dançavam (girando e balançando) nos favos longe do centro da colmeia – diferententemente do que costumam fazer. (A dança é um meio de comunicação para as abelhas Apis mellifera: indica fontes de alimento ou novos locais para a instalação do enxame, por exemplo.)

“As forrageadoras são umas das principais vias de entrada dos ácaros [em uma colmeia]”, explica Alessandro Cini, coautor do estudo, ao jornal The Guardian. Então, quanto mais elas se afastam do centro da colmeia – onde ficam as larvas e abelhas mais jovens –, menor é a propagação dos ácaros. As abelhas praticam uma forma de distanciamento para conter a infecção na colônia.

Pesquisadores estudaram colônias infectadas com o ácaro Varroa destructor – e constataram que um determinado grupo de abelhas passa a evitar o centro da colmeia, para não espalhar a doença

Abelhas usam distanciamento social para conter infecção na colmeia

publicado originalmente em superinteressante

Cientistas treinam abelhas para farejar Covid-19

Os insetos treinados na Holanda já conseguem identificar fluidos corporais de pessoas infectadas pelo coronavírus. A habilidade poderia agilizar o diagnóstico ou identificar partículas contaminadas no ambiente.

Pesquisadores da Universidade de Wageningen, na Holanda, têm treinado abelhas em laboratório para detectar amostras de animais com Covid-19. O estudo utilizou fluidos corporais de visons (mamíferos parentes das doninhas) e humanos, saudáveis ou contaminados pelo Sars-Cov-2. Segundo a universidade, mais de 150 abelhas foram treinadas para diferenciar a amostra…

Cientistas treinam abelhas para farejar Covid-19

publicado originalmente em superinteressante