Vendo toda essa gente dando o rosto a tapa pelo que acreditavam,penso quando teremos a mesma atitude e coragem…
Buscar a justiça e a Paz nem sempre é meigo e tranquilo,pode ser bem turbulento e difícil,bem mais difícil será explicar aos que virão que deixamos escapar por omissão o que tão heróica e sofridamente foi conquistado.
Que os Seres Superiores e nosso senso de humanidade nos ajudem a enxergar uma solução.
Quanta ternura em palavras,nunca me esqueci do poema,nunca deixei de ser “ratinha”…e agora já na maturidade busco também como Casimiro e todos os poetas, trazer um tiquinho de doçura ,verdade e beleza através da escrita.
✨✨ Meu respeito, carinho e gratidão a todos que disponibilizam um pouco do seu tempo para enfeitar e colorir com as letras esse nosso mundo💕❤️
Meus oito anos
Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias De despontar da existência! – Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é – lago sereno, O céu – um manto azulado, O mundo – um sonho dourado, A vida – um hino d’amor!
Que auroras, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingênuo folgar! O céu bordado d´estrelas, A terra de aromas cheia, As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar!
Oh! dias de minha infância! Oh! meu céu de primavera! Que doce a vida não era Nessa risonha manhã! Em vez das mágoas de agora, Eu tinha nessas delícias De minha mãe as carícias E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas, Eu ia bem satisfeito, Da camisa aberto o peito, – Pés descalços, braços nus – Correndo pelas campinas À roda das cachoeiras, Atrás das asas ligeiras Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos Ia colher as pitangas, Trepava a tirar as mangas, Brincava à beira do mar; Rezava às Ave-Marias, Achava o céu sempre lindo, Adormecia sorrindo E despertava a cantar!
[…]
Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! – Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!
O Ney Matogrosso prá mim na época ( criança ainda) era uma figura curiosa, colorida e com músicas que amávamos cantar.
Hoje,posso ver a importância desta banda e deste Artista na configuração cultural e social deste país.Vanguardista e ousado,peitou preconceitos e dogmas pisando firme e abrindo caminhos para novas gerações.
Me entristece e envergonha ver o que fizemos com tanto desprendimento e coragem… vendo voltar a tona épocas sombrias que deveriam ter ficado nos porões do passado.
Mas sou um bixo teimoso…com sangue latino e sei que tem muitos Ney Matogrosso por aí…vamos despertar!Conformismo ficou prá trás…se há quase 50 anos estávamos evoluindo, não aceito que possamos regredir assim…afinal a Lei Universal nos empurra para a Evolução e o Progresso.