O javali tem forma de porco com cabeça grande, pernas curtas e presas afiadas; é um animal que faz um grunhido alto, mas tem uma visão falha. Os javalis são animais muito sociais que vivem em grupos chamados de sondas, são mamíferos polígamos, onívoros, inteligentes e fortes. Os javalis normalmente pesam aproximadamente 100 kg e […]
Pesquisadores criaram e testaram com sucesso uma forma de visão artificial. Após receber um implante cerebral, Bernardeta Gómez, de 57 anos, pôde identificar letras, linhas e formas simples – e conseguiu até jogar uma versão simplificada do jogo Pac-Man.
Gómez perdeu a visão há 16 anos por uma lesão do nervo óptico chamada neuropatia óptica tóxica. Em uso inédito da tecnologia, a equipe de pesquisadores implantou um arranjo de 96 microeletrodos, com 4 mm por 4 mm, no córtex visual da ex-professora de biologia, para fazê-la enxergar.
Durante os experimentos, Gómez usou óculos especiais, equipados com uma câmera. Os dados visuais coletados pelos óculos eram codificados e enviados para os eletrodos. Eles estimulavam diretamente o cérebro da voluntária, que transformava os sinais elétricos em imagens.
Os pesquisadores ativaram os eletrodos gradualmente nos testes, para aumentar a complexidade da estimulação à medida que o cérebro de Gómez aprendia a distinguir as imagens. Ela começou visualizando pontos, avançou para a identificação de barras (exemplificada neste vídeo) e, posteriormente, pôde perceber um rosto humano.
Os experimentos aconteceram durante um período de seis meses e foram relatados em um estudo publicado recentemente na revista Journal of Clinical Investigation. Segundo os pesquisadores, não houve complicações para a implantação e posterior retirada dos eletrodos. Também não se percebeu influência do implante para além do córtex visual, e os eletrodos não prejudicaram a função de neurônios próximos.
Pesquisadores inseriram um conjunto de eletrodos no córtex visual da voluntária; dispositivo estimulou diretamente os neurônios, enviando sinais elétricos que o cérebro interpretou como imagens
Os ratos nascem de olhos fechados, e só os abrem 12 dias depois. Mas, mesmo antes disso, suas retinas enviam impulsos elétricos para o cérebro – simulando o que o animal vai enxergar quando estiver de olhos abertos.
Foi o que descobriram pesquisadores da Universidade Yale, que analisaram a atividade neuronal de cobaias recém-nascidas (1). Para fazer isso, eles criaram ratos geneticamente modificados, cujos neurônios emitem luz na presença de sinais elétricos (essa técnica se chama optogenética, e foi desenvolvida ao longo da última década por várias equipes de cientistas).
Assim que os bichinhos nasciam, eram anestesiados e recebiam uma incisão muito pequena na cabeça – que permitia observar os neurônios, e a luz que eles emitiam, com um microscópio. O interessante acontece entre o oitavo e o décimo primeiro dia de vida, quando os sinais emitidos pelas retinas se tornam bem definidos: seguem o mesmo padrão que animais adultos geram quando estão correndo de olhos abertos.
Fonte 1. Retinal waves prime visual motion detection by simulating future optic flow. M Crair e outros, 2021.
Retina emite sinais elétricos, durante três dias, para preparar o cérebro do animal.