Índice da USP que avalia qualidade da dieta inclui ultraprocessados

Por Fabiana Schiavon

Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) desenvolveram um novo índice para avaliar a qualidade da dieta da população brasileira. O material foi feito com base nas recomendações de alimentação saudável propostas pela American Heart Association (AHA), entidade norte-americana que financia pesquisas na área de cardiologia e estabelece diretrizes voltadas à prevenção e ao tratamento de doenças cardiovasculares. O trabalho foi publicado na revista científica Frontiers in Nutrition.

“Este é o primeiro índice de qualidade da dieta que considera recomendações de uma dieta saudável para saúde cardiovascular e que inclui ultraprocessados em sua métrica”, explica Leandro Cacau, que criou a ferramenta durante seu doutorado, realizado com apoio da Fapesp no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Nutrição em Saúde Pública da FSP-USP. O estudo foi orientado pela professora do Departamento de Nutrição Dirce Maria Lobo Marchioni. O novo índice consiste em 11 grupos de alimentos, dos quais possuem efeitos benéficos na saúde cardiovascular: frutas, vegetais, peixes e frutos do mar, cereais integrais, leguminosas (feijão), nozes e castanhas, além de laticínios. 

A inclusão desse tipo de alimento no índice reconhece o papel deles no risco de doenças cardiovasculares

Índice da USP que avalia qualidade da dieta inclui ultraprocessados

publicado em Veja saúde

Tem agrotóxico até em alimentos ultraprocessados

A análise foi feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e trouxe resultados preocupantes: quase 60% dos produtos testados tinham traços de herbicidas como glifosato, um dos mais usados no mundo e classificado como “provavelmente carcinogênico” pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (Iarc).

Numa bisnaguinha, item de grande apelo entre as crianças, foram constatados resíduos de oito agrotóxicos diferentes. “Embora as empresas aleguem se manter dentro dos limites permitidos, o que é verdade, elas precisam ter um controle maior da matéria-prima utilizada na fabricação para zerar esses níveis”, defende Rafael Arantes, nutricionista do Idec. “Não se pode menosprezar o efeito cumulativo e os riscos da exposição crônica a essas substâncias.”

Estudo inédito acende alerta ao encontrar resíduos de substâncias potencialmente perigosas nesses produtos

Tem agrotóxico até em alimentos ultraprocessados

publicado originalmente em Veja saúde

%d blogueiros gostam disto: