Suplementos vitamínicos não previnem doenças

Os suplementos de vitaminas são uma febre: no Brasil, 59% dos lares possuem pelo menos uma pessoa que os utiliza, e um levantamento da InterPlayers calcula que as vendas de produtos para imunidade aumentaram 28% nos últimos 12 meses. Nos Estados Unidos, onde esse mercado movimenta cerca de 30 bilhões de dólares por ano, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos, ligada ao governo, encomendou uma revisão das evidências sobre a eficácia de multivitamínicos, principalmente em relação à prevenção de câncer e doenças cardiovasculares. Resultado: não há provas de um efeito protetor. “Pessoas saudáveis ​​devem receber os nutrientes adequados comendo uma variedade de alimentos com moderação, em vez de tomar suplementos”, indica a entidade. +Leia também: Vitaminas para queda de cabelo? Melhor não tomar, alertam médicos 

Alimentos vitaminados

Uma dieta variada ainda é a melhor forma de obter os nutrientesVitamina K – Vegetais verdes folhosos (brócolis, espinafre, alface, rúcula, repolho etc.) – Soja – Nabo Vitamina E – Nozes, avelã e amêndoa – Óleos de soja e de milho – Tomate – Vegetais verdes Vitamina C – Frutas cítricas (limão, laranja, tangerina, acerola etc.) – Brócolis, couve e salsa – Pimentão – Goiaba, caju e kiwi Vitamina D – Fígado bovino – Gema de ovo – Salmão, sardinha, atum e cavalinha – Cogumelos – Espinafre Vitamina A – Cenoura e abóbora – Fígado bovino – Leite e derivados – Gema de ovo – Óleo de peixe – Frutas alaranjadas Vitamina B – Ovo – Vísceras (fígado, coração, língua…) – Derivados do leite – Folhas verdes – Cereais integrais +Leia Também: Vitaminas para a imunidade: mitos e verdades

Perigo para o pulmão?

betacaroteno, antioxidante precursor da vitamina A naturalmente encontrado em alimentos de cor alaranjada, também está presente em cápsulas por aí. Mas o uso do suplemento isolado parece ser problemático. Estudos robustos apontam que, enquanto a versão natural da dieta protege o DNA das células e reduz o risco de câncera suplementação em altas doses aumenta a propensão a tumores no pulmão — sobretudo entre fumantes.

Revisão de estudos indica que não há benefícios e uso generalizado pode até fazer mal

Suplementos vitamínicos não previnem doenças

publicado em Veja saúde

Atenção aos suplementos esportivos “naturais”

Faz parte do cotidiano de muitos praticantes de esportes tomar suplementos para auxiliar no desempenho físico. Tendo uma prescrição correta e um acompanhamento profissional, tudo certo! Mas a entidade europeia que elabora as diretrizes sobre o coração ( Sociedade Europeia de Cardiologia – ESC) soou um alarme sobre o uso indiscriminado desses produtos, inclusive os “naturais”. Não são poucos os atletas de alta performance que julgam poder tomar sem controle e orientação médica. “Alguns suplementos nutricionais, incluindo vários extratos vegetais e naturais, podem representar um sério risco à saúde, e os competidores até arriscam violar as regras antidoping”, diz o comunicado. E o coração é um dos órgãos que podem ser afetados pelo abuso desses suplementos. A ESC também chama a atenção para substâncias experimentais, que ainda não foram devidamente testadas pela ciência. Sua utilização pode ser ainda mais perigosa e gerar danos irreversíveis à saúde. E isso vale não só para os atletas. 

+Leia Também: Estudo revela lesões no fígado causadas por suplementos naturais

Para que servem

Quais são e o que fazem os suplementos mais consumidosProteicos Na quantidade certa, contribuem para a construção e o reparo muscular. Exageros podem acarretar sobrecarga nos rins. Colágeno Proteína que dá sustentação a pele, músculo e osso, repõe a falta da versão naturalmente produzida pelo corpo. Multivitamínicos Especialistas indicam só mesmo quando há confirmação da carência de nutrientes e antioxidantes. Cafeína Reduz a fadiga e melhora o desempenho. Só que o excesso prejudica os resultados e ameaça o coração. Ômega-3 Minimiza a inflamação a que o corpo do atleta estaria mais sujeito. Mas cabe consultar o profissional antes.

O uso do termo “natural” não permite o consumo indiscriminado destes produtos, alerta Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC)

Atenção aos suplementos esportivos “naturais”

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Colina: conheça o nutriente essencial para gestantes e crianças

O suplemento de ácido fólico costuma fazer parte da rotina das gestantes. Mas, quando se trata da colina, a maioria das mulheres provavelmente nunca nem ouviu falar sobre ela. Isso é uma pena, pois o nutriente é tão importante quanto o ácido fólico para o período em que a criança está sendo formada e durante toda a sua infância. Ele participa da formação do tubo neural, estrutura que dará origem ao cérebro e à medula espinhal do pequeno, além de ser muito importante no desenvolvimento cognitivo, ou seja, como ele irá responder a estímulos e ao aprendizado. Graças a todos esses benefícios, a Sociedade Brasileira de Pediatria preconiza que esse nutriente é essencial para o desenvolvimento infantil.

A colina está presente em alimentos como fígado de frango e de boi, ovos e bacalhau fresco, mas é muito difícil obtermos a quantidade diária recomendada por meio da dieta. Tanto é que, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição dos Estados Unidos, 90% da população americana, em geral, não consome doses suficientes. Para os adultos, que também se beneficiam muito com o nutriente, já que ele é importante para a saúde do fígado e do cérebro, o ideal são 550 mg, mesma dose indicada para as lactantes. Já as crianças precisam de 250 mg e as gestantes, 450 mg. 

Por essa razão, a suplementação é muito bem-vinda, especialmente dos três meses antes da concepção até os 2 anos de idade da criança, os chamados 1100 dias. E não faltam evidências científicas provando a sua importância. Algumas delas foram obtidas através de estudos realizados na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, que avaliaram os efeitos da suplementação de colina por gestantes na função cognitiva de seus filhos. As voluntárias foram divididas em dois grupos, o primeiro recebeu 480 mg diários a partir do início do terceiro trimestre de gestação e o segundo, 930 mg na mesma fase e a ingestão nos dois casos se manteve até o parto. As crianças foram avaliadas até os 13 meses de idade para analisar a velocidade de processamento da informação, uma medida que prediz o QI da criança aos 4 anos. Aos 7 anos, novos testes foram realizados para avaliar a atenção sustentada das crianças. A atenção sustentada está relacionada a uma série de processos cognitivos, como a resolução de problemas e memória de trabalho, que estão positivamente associadas ao desempenho escolar. E os resultados mostraram que quanto maior a quantidade de colina ingerida pela mãe, melhor a performance da criança nos testes.

Pouco conhecido, ele é uma peça importante no desenvolvimento do bebê, durante a gestação, e da criança, após o nascimento

Colina: conheça o nutriente essencial para gestantes e crianças

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O impacto da suplementação na gravidez

Por Thais Manarini

Uma pesquisa do Hospital Materno-Infantil de Brasília e da Bayer acaba de calcular os efeitos da falta de suplementação nutricional na gestação no Brasil: são mais de 1,4 milhão de ocorrências como parto prematuro, anemia e defeitos no desenvolvimento do bebê e um custo de 2,47 bilhões de reais devido a essas complicações e suas consequências para o sistema de saúde.

A análise se debruçou sobre estimativas do número de gestantes e nascidos vivos no Brasil em 2019 em atendimentos realizados pelos SUS.

“Ela mostra que intervenções nutricionais resultam em impactos duradouros e pela vida toda”, resume Cristina Hegg, diretora de marketing para o negócio de Consumer Health da Bayer no Brasil.

“Prover os nutrientes essenciais na gravidez colabora com gerações mais saudáveis, que precisarão recorrer menos a hospitais no futuro, diminuindo a sobrecarga sobretudo na rede pública”, defende.

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Eles não podem faltar

  • Ferro
  • Ácido fólico
  • Zinco
  • Vitamina D
  • Cálcio

De olho nas complicações

Faltam nutrientes, sobram encrencas na gestação:

Malformações
Associados à falta de ácido fólico e vitamina B12, os defeitos no fechamento do tubo neural podem causar lesões nervosas, paralisia e mesmo morte nos bebês.

Pré-eclâmpsia
A elevação da pressão arterial, uma complicação perigosa para a mamãe, pode ser prevenida pela suplementação de cálcio, zinco e vitaminas D, C e E.

Anemia
As gestantes são um dos grupos mais suscetíveis à carência de ferro. Não à toa, anemia é um problema detectado em uma a cada duas grávidas no mundo.

Parto prematuro
ômega-3 na dieta materna reduz o risco de a criança nascer antes da hora. E há indícios de que, pela amamentação, promove ganhos cognitivos ao bebê.

O aporte correto de nutrientes previne danos à mãe e ao bebê — e gastos evitáveis para o sistema

O impacto da suplementação na gravidez

publicado originalmente em Veja saúde

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