Dormir com alguém pode melhorar a qualidade do sono, sugere estudo

Uma pesquisa da Universidade do Arizona indicou que dormir acompanhado pode melhorar a qualidade do sono. Cerca de mil adultos dos Estados Unidos responderam a pesquisas sobre a sua rotina de sono, bem como questionários de qualidade de vida.

Comparados com as pessoas que dormiam sozinhas, os que dividiam a cama com um cônjuge relataram menos cansaço e mais facilidade para dormir – também apresentaram índices mais baixos de depressão, ansiedade e estresse. 

Por outro lado, os que compartilhavam a cama com filhos na maioria das noites relataram insônias mais severas e menos controle do sono do que os solitários.

Geralmente, as pessoas em bons relacionamentos amorosos apresentam melhor saúde física e mental do que os solteiros. Sendo assim, não está claro se as melhorias são fruto do sono conjunto ou da qualidade do romance em geral.

A maioria dos estudos que discutem as diferenças na companhia do sono se baseiam em auto relatos – assim como este. Os próprios participantes contam como percebem seu descanso. São poucas as pesquisas que abordam a influência nas fases neurológicas do sono. Mas elas existem. 

Pesquisa da Universidade do Arizona indica que quem passa as noites acompanhado tende a dormir melhor e ter mais saúde mental – mas ainda não está claro se existe um efeito direto, ou apenas uma correlação, entre as coisas. Entenda por que.

Dormir com alguém pode melhorar a qualidade do sono, sugere estudo

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Mosquitos cansados preferem dormir a comer

Cientistas descobriram que mosquitos sonolentos preferem recuperar o sono perdido a procurar comida no dia seguinte. O estudo mostra que até mesmo insetos dependem de um sono adequado.

Essa ação de recuperar o sono perdido é chamada de “rebote do sono”. Quando um indivíduo não dorme a quantidade necessária de horas, ou fica sob estresse elevado quando acordado, o corpo pode precisar de mais horas de sono no dia seguinte. O rebote de sono acontece com humanos e animais, inclusive insetos como moscas de fruta e mosquitos.

Os pesquisadores tomaram precaução extra ao desenvolver os protocolos para o estudo. A observação pode afetar o resultado do experimento, especialmente ao analisar os mosquitos.

Esses pequenos insetos sentem a presença de pessoas através do nosso calor corporal, movimento, vibrações e até do gás carbônico que exalamos ao respirar. É difícil observar o sono deles quando eles te enxergam como uma ceia de Natal.

Os cientistas montaram o experimento em uma parte mais tranquila do campus da Universidade de Cincinnati, onde não havia circulação de pessoas, e instalaram câmeras e sensores infravermelhos para gravar os movimentos dos insetos sem incomodá-los.

Mosquitos dormem muito em laboratório. Algo entre 16 e 19 horas por dia, dependendo da espécie. Mas não é fácil reconhecer um mosquito cochilando – quando não estão rondando atrás de alimento, eles se empoleiram por longos períodos para conservar energia.

Os insetos também sentem os efeitos da privação do sono – e não ficam muito dispostos quando dormem mal.

Mosquitos cansados preferem dormir a comer

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Sono…por Fernando Pessoa

“Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não se dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta, é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta.”

✨Fernando Pessoa

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Melatonina: suplemento não é solução para insônia e pode ser prejudicial

Por Fabiana Schiavon

Alguns meses após a liberação da venda de melatonina – substância conhecida como hormônio do sono – pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as prateleiras das farmácias se encheram de opões do produto.

Especialistas e a própria agência, no entanto, concordam que não há evidências de que essas cápsulas promovam benefícios diretos a quem sofre de insônia.

Há casos bem específicos em que a melatonina é prescrita por médicos, e consumir fora desse padrão pode ser arriscado.

Primeiro é preciso entender o que é a melatonina. Trata-se de um hormônio produzido naturalmente pelo organismo e que serve como regulador e indutor do sono, entre outras funções. Ela também aparece em alguns alimentos.

A produção é realizada pela glândula pineal – localizada no cérebro – e começa quando o sol se põe ou quando o corpo percebe a queda da luz e entende que deve se preparar para dormir. Acompanhar esse ciclo de claro e escuro ajuda a ir para a cama mais cedo e acordar mais disposto na manhã seguinte.

+ LEIA TAMBÉM: Remédios para dormir: quando são necessários e quais os riscos?

Ao contrário de vitaminas e minerais, cujas concentrações podem ser medidas no sangue com um exame simples, a melatonina não tem como ser aferida tão facilmente.

“Ela é um hormônio. Então não é possível dizer se uma pessoa precisa de reposição e em qual medida”, explica a neurologista Dalva Poyares, pesquisadora do Instituto do Sono (SP).

Não é solução para a insônia

Segundo os médicos, ter aprovação e regulação da Anvisa ajuda a controlar a qualidade, a produção e a venda desse produto no Brasil, antes vendido apenas em farmácias de manipulação. As pílulas chegavam, ainda, por pessoas que viajavam a outros países.

De qualquer forma, os especialistas seguem preocupados com a possibilidade de o consumo ocorrer de forma errada.

Cerca de 35% das pessoas que sofrem de insônia usam medicações, como a melatonina, sem acompanhamento médico, informa Caio Bonadio, médico psiquiatra da Vigilantes do Sono.

“Dormir mal não significa somente ter insônia. Existem cerca de 50 doenças do sono catalogadas. Como o nosso corpo produz a melatonina naturalmente, é preciso fazer uma avaliação médica completa antes de decidir prescrevê-la”, reitera o especialista, pesquisador do tema.

Aprovado pela Anvisa, produto passa a ser encontrado na farmácia e vendido sem prescrição. Especialistas temem uso incorreto e consequências sérias à saúde

Melatonina: suplemento não é solução para insônia e pode ser prejudicial

publicado originalmente em Veja saúde

Sono de bebês pode impactar no risco de obesidade na infância, diz estudo

Recém-nascidos que dormem por mais tempo e acordam menos durante à noite teriam um risco menor de sobrepeso na infância, sugere estudo conduzido por pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos. Uma hora a mais de sono reduziu em 26% a probabilidade do excesso de peso, de acordo com os resultados publicados no periódico científico Sleep.

Para chegar a essa conclusão, o grupo de pesquisa monitorou os padrões de sono de 298 bebês, nascidos entre os anos de 2016 e 2018. Com a ajuda de um aparelho posto nos tornozelos dos recém-nascidos, as atividades e os repousos foram avaliados por meio do exame de actigrafia.

Os pesquisadores coletaram informações de três noites de cada bebê, em dois momentos do desenvolvimento: no primeiro e no sexto mês. Enquanto isso, os pais mantiveram diários do sono, com o registro das horas dormidas e de quantas vezes os filhos acordavam durante à noite.

Pesquisadores acompanharam ritmos de sono de 298 bebês nascidos entre os anos de 2016 e 2018

Sono de bebês pode impactar no risco de obesidade na infância, diz estudo

publicado originalmente em Veja saúde

Sono ruim pode prejudicar o andar e a coordenação

Cientistas do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), que usam movimentos humanos para treinar robôs para centros de reabilitação, descobriram mais um impacto da privação do sono na saúde.

“Notamos que, no fim do semestre, período em que se dorme menos, os estudantes iam mal nas experiências de caminhada e controle da postura”, conta o pesquisador Arturo Forner-Cordero, da sede paulistana da entidade.

Encucados, ele e a equipe conduziram testes específicos nessa turma e observaram que a privação de sono e o jet lag social — dormir e acordar mais tarde nos fins de semana — afetava a coordenação motora dos voluntários.

De testes para treinar robôs em um centro de pesquisas brasileiro, veio um novo aprendizado sobre a influência do sono na saúde

Sono ruim pode prejudicar o andar e a coordenação

publicado originalmente em Veja saúde

Será que ruído branco e sons da natureza facilitam o sono?

Chiados, barulhos de chuva e de cachoeira e outros sons do cotidiano aparecem em aplicativos, no YouTube e em aparelhos específicos como soluções para cair no sono. Especialistas avaliam que, apesar da popularidade que a tática alcançou, não há evidências científicas suficientes para comprovar sua eficácia.

Uma revisão publicada recentemente na revista científica Sleep Medicine Reviews cita 38 estudos relacionados especificamente ao uso do ruído branco, que se caracteriza por um som contínuo, mais próximo de um chiado ou um rádio fora de estação. A conclusão é de que as evidências sobre a capacidade de essa técnica facilitar o adormecimento são insuficientes – além disso, ela pode afetar negativamente a qualidade do sono e a audição.

Nessa seara de sons para dormir, outros populares são o ruído rosa e o marrom ou browniano (em referência ao cientista inglês Robert Brown)As duas cores são variações do branco, definidas a partir da frequência (medidas em hertz) e da amplitude do som (volume).

Aplicativos oferecem barulhos de chuva e mar, som de ventilador e chiados para ajudar a adormecer. Mas a estratégia não tem respaldo científico

Será que ruído branco e sons da natureza facilitam o sono?

publicado originalmente em Veja saúde

Sono…por Fernando Pessoa

“Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não se dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta, é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta.”

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A qualidade do sono afeta a eficácia da vacina contra o coronavírus?

O pleno funcionamento do sistema imunológico depende de vários fatores, sendo o sono um dos mais importantes. É durante esse período de descanso que as defesas do nosso organismo são aperfeiçoadas. Mas será que pregar os olhos também influencia na eficácia das vacinas – incluindo a que protege contra o coronavírus?

De acordo com a biomédica Daniela Santoro Rosa, pesquisadora do Instituto do Sono, em São Paulo, nos últimos anos diversos estudos têm mostrado que existe uma interação importante entre o repouso e o sistema imune.

Já se sabe que dormir bem é essencial
para o bom funcionamento da imunidade. Mas será que esse hábito tem impacto na ação da vacina da Covid-19?

A qualidade do sono afeta a eficácia da vacina contra o coronavírus?

publicado originalmente em Veja saúde

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