Proteína é associada à demência em idosos, aponta estudo

É natural. Com a idade avançada, há um declínio progressivo das funções cognitivas. Nossa memória e raciocínio deixam de operar com a eficiência de sempre. Mas, em alguns casos, a perda é catastrófica, mais rápida e com uma intensidade maior. E aí já estamos falando de demência: uma série de sintomas neurológicos que podem destruir a capacidade de comunicação, de entendimento e provocar uma amnésia completa no indivíduo, como acontece nos que têm Alzheimer. 

Genética e hábitos de vida contam para determinar quem vai desenvolver demência senil. Mas um novo estudo identificou um fator que associa esses transtornos a uma roleta-russa. É a presença da proteína TDP-43. Em excesso, ela contribui para um risco maior de se ter doenças degenerativas nos idosos. 

Em excesso no cérebro, a TDP-43, envolvida com o DNA, aumenta o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas.

Proteína é associada à demência em idosos, aponta estudo

publicado em superinteressante

Uma única proteína pode transformar algumas formigas operárias em rainhas

Em contextos específicos, algumas formigas podem passar do status de operária ao de rainha, posição também chamada gamergate. Agora, um estudo publicado na revista Cell sugeriu que uma única proteína pode controlar essa transição social, que envolve uma série de mudanças fisiológicas.

Vamos partir do início: formigas vivem em sociedades organizadas por castas. A figura central de uma colônia é a formiga rainha: uma fêmea fértil, responsável por gerar novos indivíduos para o formigueiro. Os machos cumprem sua parte na reprodução, ao acasalarem com a rainha. Enquanto isso, as formigas operárias trabalham duro – protegendo a colônia, garantindo alimentos e cuidando dos ovos da rainha. Elas são fêmeas inférteis e compõem a casta mais numerosa dos formigueiros.

Na maioria das espécies de formigas, não existe qualquer fenômeno parecido com ascensão social. Geralmente, quem nasce formiga operária contenta-se com seu destino e morre formiga operária. Mas existe uma espécie que é um pouco diferente: a formiga-saltadora-de-jerdon (Harpegnathos saltator).

O que acontece é que essas formigas podem trocar de função na colônia. Quando a rainha morre, as operárias começam a disputar a realeza entre si, atacando umas às outras. A vencedora torna-se uma gamergate (ou “pseudorrainha”) e assume o protagonismo do formigueiro. Ela deixa o trabalho de forrageamento de lado, adquire maior expectativa de vida e se torna fértil. Assim, sua missão de vida torna-se comandar a colônia e produzir ovos.

Durante as disputas pela liderança, as operárias passam por uma série de mudanças fisiológicas na tentativa de aproximarem seus corpos ao de uma rainha. Os ovários da formiga triunfante aumentam, e o cérebro encolhe até 25% em comparação ao seu tamanho original. Estudos anteriores já investigaram essa transição corporal e social da espécie, mas ainda não estava claro o que desencadeia tudo isso.

Em colônias de formigas-saltadoras-de-jerdon, operárias disputam a liderança após a morte da rainha. A transição social envolve mudanças fisiológicas – e pode ser desencadeada por uma única molécula.

Uma única proteína pode transformar algumas formigas operárias em rainhas

publicado originalmente em superinteressante

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